Ao menos 130 palestinos morreram nas opera��es do ex�rcito israelense neste domingo, o dia mais sangrento desde o in�cio do conflito, quando 13 soldados israelenses tamb�m foram mortos e um militar hebreu, segundo o movimento Hamas, foi sequestrado.
Em fun��o da escalada do conflito, o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas convocaram uma reuni�o de emerg�ncia para a noite deste domingo a pedido do presidente palestino Mahmud Abbas.
Os l�deres palestinos e a Liga �rabe acusaram Israel de cometer um "massacre atroz" no bairro de Shajaya, na periferia leste da cidade de Gaza, enquanto o secret�rio-geral da ONI Ban Ki-moon se prepara para um giro na regi�o para tentar acabar com o conflito que deixou quase 500 mortods.
Para o Ex�rcito israelense este tamb�m � o dia mais mortal: treze soldados israelenses da Brigada Golani foram mortos na madrugada de domingo em combates na Faixa de Gaza, o que eleva a 18 o n�mero de militares mortos.
O bra�o armado do movimento palestino Hamas tamb�m reivindicou o sequestro de um soldado israelense, desatando uma onda de comemora��es nas ruas da Cidade de Gaza.
"O soldado israelense Shaul Aaron est� nas m�os das Brigadas Ezzedine al-Qassam", o bra�o armado do movimento islamita, declarou o porta-voz Abu Obeida em an�ncio feito pela televis�o.
O ex�rcito israelense afirmou que a informa��o estava sendo investigada.
Dois civis israelenses morreram desde o lan�amento, em 8 de julho, da opera��o Protective Edge, que tem o objetivo de neutralizar as capacidades militares do Hamas na Faixa de Gaza.
Massacre em Shajaya
Segundo os servi�os de emerg�ncia, ao menos 62 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas nos bombardeios contra o bairro de Shajaya, os mais mortais desde o conflito de 2008-2009 no territ�rio palestino.
E com 100 mortos em toda a Faixa de Gaza, este tamb�m � o dia mais sangrento desde o lan�amento da nova ofensiva.
Em Shajaya, um jornalista da AFP descreveu cenas de carnificina e caos, como um homem que teve a cabe�a arrancada. As ruas estavam cheias de carros queimados, incluindo uma ambul�ncia, e v�rios corpos continuam a ser retirados dos escombros sem cessar.
"O bombardeio brutal e a ofensiva terrestre em Shajaya s�o crimes de guerra contra civis palestinos e representam uma escalada perigosa que poder� ter s�rias consequ�ncias", denunciou a Liga �rabe.
O governo palestino tamb�m condenou "de maneira firme o massacre atroz cometido pelas for�as de ocupa��o israelenses contra os civis inocentes de Shajaya", chamando a comunidade internacional a "reagir imediatamente contra este crime de guerra".
Frente ao n�mero alarmante de mortos, o Ex�rcito israelense justificou sua ofensiva contra este bairro localizado perto da fronteira.
"Shajaya � uma �rea civil, onde o Hamas tem posicionado seus foguetes, os seus t�neis, centros de comando", afirmou o Ex�rcito, ressaltando que "h� dias temos avisado os civis de Shajaya para que deixem o local".
Uma fr�gil tr�gua humanit�ria, intermediada pelo Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV), para evacuar de Shajaya os mortos e feridos foi rompida de forma intermitente.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu considerou que a opera��o militar visando a destruir os t�neis utilizados pelo Hamas em Gaza poder� terminar "rapidamente", sem, contudo, fixar datas.
Tamb�m afirmou que a comunidade internacional apoia a opera��o israelense.
"Estamos realizando uma opera��o complexa, intensa e de profundidade dentro da Faixa de Gaza, que � apoiada pelo mundo. O apoio � muito forte dentro da comunidade internacional", garantiu.
A imprensa israelense ainda apoia em grande parte a ofensiva, mas alguns t�tulos questionam se o governo estava verdadeiramente preparado para todos os cen�rios.
Estrat�gia de sa�da
Na esperan�a de obter um cessar-fogo, Abbas, al�m de pedir uma reuni�o de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a, ficou de se reunir em Doha com o l�der exilado do Hamas, que exige o levantamento completo do bloqueio a Faixa de Gaza, a abertura da fronteira de Rafah com o Egito e a liberta��o de prisioneiros.
Uma proposta eg�pcia para um cessar-fogo havia sido rejeitada pelo movimento isl�mico palestino.
Na frente diplom�tica, Ban Ki-moon chegou neste domingo a Doah, onde pediu que Israel fa�a de tudo para n�o causar mais v�timas civis.
"Israel deve fazer muito mais para proteger os civis. Enquanto vinha para Doha, outros civis, entre eles crian�as, morreram em bombardeios militares israelenses em Shajaya", lamentou o chefe da ONU, condenando "esta a��o atroz".
J� presidente Barack Obama, preocupado com o n�mero crescente de mortos no conflito de Gaza, anunciou que enviar� a seu secret�rio de Estado, John Kerry, ao Cairo para tentar negociar um cessar-fogo.
Este conflito, o mais sangrento desde 2009 no enclave palestino sob cerco h� anos, � o quarto entre o Hamas e Israel em menos de uma d�cada.
Mais de 3.000 pessoas se manifestaram pacificante contra a ofensiva israelense em Amsterd�, na Holanda, assim como em Rabat, no Marrocos, depois dos violentos protestos pr�-palestinos registrados na v�spera na Fran�a.
