Israel e o Hamas protagonizaram novos confrontos fatais nesta segunda-feira, ap�s um domingo sangrento na Faixa de Gaza e apesar dos apelos da comunidade internacional por uma tr�gua.
O Conselho de Seguran�a da ONU pediu no domingo "o fim imediato das hostilidades", que j� deixaram 509 palestinos mortos, a maioria civis. Vinte israelenses faleceram - 18 deles soldados - desde o in�cio do conflito, no dia 8 de julho.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em um comunicado que a opera��o se desenrolava conforme o planejado e inclusive superava as expectativas em rela��o � destrui��o de t�neis subterr�neos do Hamas - que controla a Faixa - em dire��o a Israel.
Na manh� desta segunda-feira, 15 palestinos, nove deles de uma mesma fam�lia, perderam a vida em um ataque a�reo israelense contra sua casa em Rafah (sul da Faixa).
Em Khan Yunes, tamb�m no sul, foram encontrados os cad�veres de 28 pessoas sob os escombros.
No domingo, mais de 140 palestinos faleceram, a metade deles em Shejaiya, um bairro perif�rico do leste da cidade de Gaza (norte) que nesta segunda-feira continuava sendo atacado duramente pelo ex�rcito israelense.
As 67 instala��es da ONU come�avam a ser insuficientes para os 87.000 deslocados, e mulheres e crian�as n�o encontravam lugar para se sentar nem mesmo nos corredores.
Ao sul de Israel, o ex�rcito matou mais de dez combatentes palestinos que conseguiram se infiltrar por dois t�neis subterr�neos.
As localidades israelenses localizadas perto da Faixa de Gaza foram colocadas em estado de alerta e seus habitantes foram advertidos a n�o sair de suas casas.
Um total de 27 foguetes ca�ram sobre Israel sem deixar v�timas. Mais de 1.500 proj�teis foram disparados a partir da Faixa de Gaza desde o in�cio das hostilidades.
Na frente diplom�tica, o Conselho de Seguran�a da ONU pediu o retorno "ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012" entre Israel e o Hamas e convocou "o respeito �s leis humanit�rias internacionais, especialmente sobre a prote��o de civis".
O presidente americano, Barack Obama, disse que enviar� seu secret�rio de Estado, John Kerry, ao Cairo nesta segunda-feira e declarou buscar um cessar-fogo.
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, atualmente no Oriente M�dio, denunciou a a��o atroz do ex�rcito israelense em Shejaiya.
Ban visitar� nos pr�ximos dias Kuwait, Cairo, Jerusal�m, Ramallah (Cisjord�nia) e Am�.
Crime contra a humanidade
O presidente palestino, Mahmud Abas, que se reuniu no domingo em Doha com Ban Ki-moon, classificou em uma mensagem televisionada o bombardeio de Shejaiya de "crime contra a humanidade", cujos autores devem ser julgados e punidos.
Os sindicatos e a Organiza��o para a Liberta��o da Palestina (OLP) de Abbas convocaram uma greve geral na Cisjord�nia, onde durante a tarde est�o previstas manifesta��es contra a ofensiva.
O ex�rcito israelense justificou sua a��o sangrenta de domingo ao afirmar que o Hamas havia colocado civis na linha de mira ao instalar seus s�tios militares.
Para Israel, o dia de domingo tamb�m foi sombrio: treze soldados da brigada de elite Golani morreram em combate, elevando a 18 o n�mero de militares mortos, uma quantidade sem precedentes desde a guerra do L�bano de 2006. Tamb�m h� 90 militares feridos, segundo a r�dio israelense.
Dois civis israelenses faleceram desde o in�cio da opera��o "Barreira Protetora".
O bra�o armado do Hamas afirmou no domingo ter sequestrado um soldado israelense, mas a informa��o foi desmentida pelo embaixador israelense da ONU, Ron Prosor.
Israel mobilizou 53.200 homens dos 65.000 reservistas autorizados pelo governo para a ofensiva neste pequeno territ�rio de 362 km2, onde vivem na mis�ria 1,8 milh�o de habitantes.
A nova espiral de viol�ncia foi desencadeada ap�s o sequestro e o assassinato de tr�s estudantes israelenses em junho, atribu�dos por Israel ao Hamas, seguidos pelo assassinato de um jovem palestino, queimado vivo em Jerusal�m.
