A Pol�cia Federal americana (FBI, na sigla em ingl�s) iniciou nesta segunda-feira uma investiga��o depois que um policial atirou e matou, no s�bado, um jovem negro desarmado no estado do Missouri (centro dos EUA), provocando violentos confrontos � noite e aumentando a tens�o racial.
O major James Knowles, do sub�rbio de St. Louis, na localidade de Ferguson, prometeu uma investiga��o imparcial e rigorosa sobre a morte na noite de s�bado do estudante Michael Brown, de 18 anos.
"A �nica coisa que eu posso dizer agora para a comunidade � que mantenha a calma", disse o major Knowles em entrevista � rede CNN. "Compreendo a raiva e irrita��o das pessoas, mas (essas rea��es) n�o somam nada.
O escrit�rio do FBI em St. Louis investiga poss�veis viola��es dos direitos humanos na morte de Brown, com base em elementos obtidos pela pol�cia do condado, revelou a imprensa local.
O secret�rio de Justi�a, Eric Holder, destacou que a investiga��o � "muito importante para preservar a confian�a entre a pol�cia e a comunidade".
O prefeito de Ferguson, James Knowles, prometeu uma investiga��o profunda e imparcial sobre a morte no s�bado de Michael Brown.
"A �nica coisa que posso dizer a minha comunidade agora � que permane�a calma", declarou Knowles � rede de televis�o CNN. "Eu entendo a revolta e a raiva das pessoas, mas isso n�o � construtivo", afirmou.
"Queremos que as pessoas confiem no processo... Sendo o governo (da cidade), n�o estaremos envolvidos nesta investiga��o porque queremos que as pessoas confiem no processo", explicou.
A pol�cia do condado de St. Louis afirmou que dois policiais ficaram feridos durante a noite de domingo e 32 pessoas foram presas por agress�es, roubo e saques. As escolas locais cancelaram nesta segunda-feira o que seria seu primeiro dia de aula ap�s o ver�o.
Imagens publicadas pelo jornal St. Louis Post-Dispatch mostraram a loja de conveni�ncia de um posto de gasolina em Ferguson - uma cidade de 21.000 habitantes, dois ter�os deles afro-americanos - sendo saqueada e incendiada.
As pessoas tamb�m invadiram uma loja Walmart e estabelecimentos menores e atearam fogo em outros locais
A viol�ncia come�ou depois que uma grande multid�o, em sua maioria afro-americanos, se reuniu no domingo para uma vig�lia no local onde Brown foi morto por um policial de Ferguson.
As informa��es sobre a morte de Brown s�o desencontradas. Uma testemunha identificada como Dorian Johnson afirmou � rede de televis�o KMOV News 4 que caminhava com Brown quando um policial os confrontou e sacou a arma.
O policial atirou em Brown, que "se virou e colocou as m�os para cima", disse Johnson.
"Ele come�ou a se abaixar e o policial ainda se aproximou com a arma na m�o e disparou v�rios outros tiros".
O chefe de pol�cia do condado de St. Louis, Jon Belmar, declarou em uma entrevista coletiva no domingo que Brown foi morto depois de agredir fisicamente um policial e tentar tomar a sua arma.
Belmar n�o informou se o agente era branco.
Tens�o entre a pol�cia e a comunidade
A imprensa local destacou que o incidente traz � tona as tens�es entre as for�as policiais, majoritariamente brancas, e a comunidade afro-americana.
"A morte de outro afro-americano pelas m�os desses que juraram proteger e servir a comunidade onde ele vivia � de partir o cora��o", declarou Cornell Williams Brooks do NAACP, declarou o Post-Dispatch reported.
"Michael Brown se preparava para come�ar a universidade, e agora sua fam�lia se prepara para enterrar seu filho - sua vida foi interrompida em um encontro tr�gico com a pol�cia", acrescentou.
A m�e de Brown, Lesley McSpadden, declarou � rede de televis�o KMOV que seu filho havia acabado de se formar no ensino m�dio.
"Voc� sabe como foi dif�cil faz�-lo permanecer na escola e se formar? Voc� sabe quantos homens negros se formam? N�o s�o muitos", declarou.
"Porque s�o rebaixados a este tipo de n�vel, onde eles sentem que n�o t�m motivo para viver", completou.
Benjamin Crump - o advogado que representou a fam�lia de Trayvon Martin, o adolescente negro baleado e morto na Fl�rida por George Zimmerman, um vigia volunt�rio, em fevereiro de 2012 - declarou no Twitter que foi contratado pela fam�lia de Brown para represent�-la.
Zimmerman, que alegou leg�tima defesa, foi absolvido no ano seguinte, provocando indigna��o entre aqueles que acreditavam que suas a��es tinham motivos raciais.