A c�pula das mudan�as clim�ticas, que ser� realizada em Lima no m�s de dezembro, enfrentar� grandes obst�culos, mas resultar� em um esbo�o para um acordo global em 2015 que permitir� reduzir as emiss�es de gases de efeito estufa, explicou � AFP o ministro peruano do Ambiente, Manuel Pulgar Vidal.
As dificuldades de um acordo clim�tico global passam por muitas arestas e est�o relacionadas, segundo Pulgar, com o fato de que "o debate clim�tico � muito mais que um tema ambiental: � um debate econ�mico, de pobreza e de tecnologia".
"Sou otimista e o que se espera � que se possa obter um esbo�o de acordo que nos permita avan�ar com resultados concretos � COP de Paris", em dezembro de 2015, afirmou o ministro a respeito das metas da reuni�o em Lima.
A COP20 de Lima deve estabelecer as bases para um acordo final na luta para enfrentar os efeitos das mudan�as clim�ticas e reduzir a emiss�o de gases de efeito estufa que causam danos ao planeta.
Faltando menos de 120 dias para o in�cio da mais importante reuni�o sobre o desafios do aquecimento global, "h� sinais pol�ticos e econ�micos bons de que se pode avan�ar para um esbo�o de c�pula", ressaltou Pulgar, cujo papel na presid�ncia da COP ser� "agir com neutralidade e gerar confian�a" entre os participantes.
O desafio ambiental de longo prazo � alcan�ar o objetivo da ONU de limitar a 2� C o aumento da temperatura m�dia mundial do planeta com rela��o aos n�veis pr�-industriais.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudan�as Clim�ticas (IPCC, na sigla em ingl�s), o objetivo alcan�ado de um aquecimento de 2 graus Celsius com rela��o � �poca pr�-industrial poderia representar um corte no crescimento econ�mico mundial de 0,2% a 2% do PIB global.
Resolver este tema - que requer, entre outras medidas, a redu��o de emiss�es de CO2 - � um "desafio" e um "assunto pol�tico", afirmou a respeito o presidente peruano, Ollanta Humala, em um encontro com a chanceler alem� Angela Merkel na cidade de Bonn em 14 de julho, para preparar a COP20.
O presidente peruano pediu justi�a na luta contra as mudan�as clim�ticas, em que, segundo ele, n�o podem ser colocados no mesmo plano pa�ses industrializados e na��es em desenvolvimento.
O Peru, pa�s anfitri�o da c�pula a ser realizada entre 3 e 14 de dezembro, � um dos dez pa�ses de maior diversidade do planeta. O evento vai reunir chefes de Estado e de Governo, especialistas e 15.000 participantes de 195 pa�ses.
Depois do Brasil, o territ�rio peruano � coberto pela floresta amaz�nica mais extensa, a cadeia de montanhas tropical de maior superf�cie, 71% das coberturas de gelo tropicais, 84 das 104 zonas de vida identificadas no planeta e 27 dos 32 climas do mundo.
No entanto, � um dos pa�ses onde s�o vis�veis os efeitos das mudan�as clim�ticas. Nos �ltimos 30 anos, sua superf�cie de gelo recuou 40% e estima-se que na d�cada 2020-2030, as geleiras abaixo dos 5.000 metros de altitude ter�o desaparecido.
Um novo acordo clim�tico, juridicamente vinculante, deve ser o resultado da COP21, no final de 2015, mas "o que se aprovar em Paris n�o ser� exigido dos pa�ses at� 2020, pois este foi o mandato de Durban", destacou Pulgar.