O Hamas realizou nesta sexta-feira uma s�rie de execu��es sum�rias e p�blicas de palestinos acusados de colaborar com Israel, onde uma crian�a foi morta pela primeira vez desde o in�cio da guerra.
Centenas de crian�as e adolescentes morreram do lado palestino desde 8 de julho. Mas a morte de uma crian�a israelense pode provocar intensas repres�lias de Israel.
"O Hamas pagar� caro por este ataque. (O Ex�rcito e a intelig�ncia) v�o intensificar suas opera��es at� atingirem o objetivo" das opera��es militares, advertiu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse o porta-voz Ofir Gendelman.
O menino de quatro anos morreu atingido por um morteiro disparado da Faixa de Gaza no setor de Sdot Negev, no leste do territ�rio, segundo a Pol�cia e o Ex�rcito.
Um ataque a�reo israelense matou nesta sexta tr�s palestinos no centro da Faixa de Gaza. As tr�s v�timas fatais estavam em uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, onde outras cinco pessoas ficaram feridas.
Os confrontos entre os dois lados recome�aram na ter�a-feira passada, ap�s o fracasso das negocia��es no Egito, e desde ent�o morreram 79 pessoas na Faixa de Gaza.
No total, 2.095 palestinos morreram desde o in�cio da atual ofensiva israelense, iniciada em 8 de julho, sendo 70% civis, segundo a ONU. Israel perdeu 64 militares e quatro civis no conflito.
Nesta sexta-feira, seis dos supostos traidores do Hamas foram executados diante de uma mesquita, no momento em que centenas de fi�is deixavam o local, por homens vestidos com o uniforme das Brigadas Ezzedin al-Qasam, bra�o armado do Hamas.
Outros 11 "colaboracionistas" foram executados perto da sede da pol�cia no centro de Gaza, informaram testemunhas e o site Majd, ligado ao Hamas. Um outro foi executado em uma pra�a pr�xima.
As execu��es aconteceram um dia depois de uma s�rie de duros golpes impostos pelo Ex�rcito israelense ao movimento que controla a Faixa de Gaza.
Israel e o Hamas retomaram as hostilidades na ter�a-feira � noite. O primeiro ataque da avia��o israelense teve como alvo um edif�cio de Gaza e matou a mulher e dois filhos do l�der das Brigadas Al-Qassam, Mohamed Deif, que teria sobrevivido ao bombardeio.
No entanto, tr�s companheiros de Deif no comando do Hamas morreram na quinta-feira em um ataque em Rafah, na fronteira com o Egito.
Em resposta, as brigadas de Al-Qassam amea�aram dobrar o n�mero de lan�amentos de foguetes.
O Hamas investiga outros poss�veis traidores. O site Majd informava nesta sexta-feira que a "resist�ncia", termo utilizado para designar os grupos armados que lutam contra Israel em Gaza, "refor�ou a luta contra a colabora��o com o inimigo que comete assassinatos".
De acordo com o portal, que n�o cita o nome de nenhum dirigente da for�a de seguran�a em Gaza, as execu��es desta sexta-feira aconteceram ap�s um "procedimento judicial".
A ONG Human Right Watch indica que o Hamas executou mais de 30 "colaboracionistas" durante e depois da ofensiva israelense de 2008/2009.
- Fracasso das negocia��es -
As negocia��es indiretas entre Israel, que exige a desmilitariza��o do territ�rio palestino, e o Hamas, que pede o fim do bloqueio imposto � Faixa desde 2006, est�o "mortas", anunciou o Hamas na quarta-feira.
Mas o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, reuniu nesta sexta-feira em Doha pela segunda vez em 24 horas o presidente palestino, Mahmud Abbas, e o l�der do movimento islamita no ex�lio, Khaled Meshaal.
O governo israelense busca o apoio diplom�tico dos Estados Unidos para a resolu��o do Conselho de Seguran�a da ONU que est� sendo preparada por Gr�-Bretanha, Fran�a e Alemanha.
O texto pede um cessar-fogo imediato e duradouro, assim como a suspens�o do bloqueio israelense.
Tamb�m prop�e um mecanismo para vigiar o cessar-fogo e supervisionar a entrada de produtos em Gaza, em resposta �s preocupa��es de seguran�a de Israel.
A nota pede ainda o retorno do controle de Gaza � Autoridade Palestina de Abbas, expulsa do territ�rio em 2007 pelo Hamas, que um ano antes venceu as elei��es legislativas.
O texto estipula a suspens�o das restri��es econ�micas e humanit�rias a Gaza para permitir um grande esfor�o de reconstru��o.
A reconstru��o da Faixa de Gaza exigir� anos, considerando-se que o bloqueio aos materiais de constru��o seja retirado. Mais de 200 escolas foram danificadas e cerca de 435.000 palestinos est�o refugiados em instala��es da ONU, sem ter para onde ir.