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Estado de Minas

Tribunal reconhece culpa de Pistorius por neglig�ncia


postado em 12/09/2014 14:31

Ao final de um julgamento que se arrastou por seis meses, o atleta paral�mpico sul-africano Oscar Pistorius foi condenado nesta sexta-feira pelo homic�dio culposo, sem inten��o de matar, de sua namorada Reeva Steenkamp, um veredicto que pode acarretar pena de pris�o.

Pistorius permanecer� em liberdade sob fian�a at� o an�ncio da senten�a, previsto para o dia 13 de outubro.

Na quinta-feira, a ju�za Thokozile Masipa tinha absolvido o atleta da acusa��o de crime premeditado, pela qual corria o risco de pris�o perp�tua, por falta de "provas irrefut�veis".

Masipa afirmou nesta sexta-feita que o atleta havia agido com neglig�ncia ao disparar quatro tiros contra a porta fechada do banheiro de sua casa, em 14 de fevereiro de 2013, noite do dia dos namorados no pa�s e em grande parte do mundo.

"Uma pessoa razo�vel teria previsto a possibilidade de que quem estivesse atr�s da porta poderia morrer devido aos tiros, e teria tomado medidas para evitar as consequ�ncias. O acusado nesta quest�o n�o levou em conta estas consequ�ncias", afirmou a ju�za.

Ap�s o veredicto, o atleta, de 27 anos, ficou olhando fixamente para a frente.

Na galeria eram emitidos gemidos e gritos dos amigos de Reeva Steenkamp, incluindo Desi Myers, cujos l�bios tremiam de emo��o.

Barry Steenkamp, pai da modelo formada em Direito e que havia sido eleita uma das mulheres mais bonitas do mundo pela revista FHM, segurou a cabe�a entre as m�os, enquanto sua esposa, June, apertava os l�bios e sacudia a cabe�a.

"N�o acho que foi um bom veredito. Eles acreditam na hist�ria dele, eu n�o", lamentou June em entrevista ao canal americano NBC.

"Todas as pessoas que acompanharam o caso ficaram incr�dulas", resumiu o pai da modelo.

Agora espera-se que a ju�za anuncie a pena em algumas semanas. Como descartou a premedita��o, ter� grande liberdade para decidir a puni��o que ir� impor a Pistorius.

Como��o e al�vio

Anteriormente, v�rios ju�zes se mostraram surpresos pelo fato de a ju�za ter descartado a premedita��o, e previram que o caso ir� provavelmente para al�m deste veredicto.

O professor de direito penal James Grant, da Universidade Wits, afirmou que o Estado pode apelar se pensar que ocorreu um erro legal.

"Todos est�o um pouco surpresos", indicou a advogada Audrey Berndt. A ju�za "deveria ter explicado seu racioc�nio um pouco mais", acrescentou.

Masipa, cuja carreira a levou de uma inf�ncia em um munic�pio pobre de Johannesburgo � alta corte do pa�s, descreveu Pistorius como "uma testemunha muito ruim", que se mostrava evasivo ao ser interrogado.

A promotoria disse respeitar a decis�o, mas deixou claro que estava "decepcionada" com o veredito no julgamento de um "crime grave".

J� a fam�lia de Pistorius fez quest�o de agradecer a ju�za por ter descartado a acusa��o de homic�dio doloso.

"Sempre tivemos conhecimento dos fatos e nunca duvidamos da vers�o de Oscar sobre este tr�gico acidente", declarou Arnold Pistorius, tio do atleta, ao ler um comunicado na sala de audi�ncia do tribunal de Pretoria onde est� sendo realizado o julgamento.

"Em nome da fam�lia, quero expressar o nosso profundo reconhecimento perante a ju�za que considerou Oscar n�o culpado de homic�dio doloso (com inten��o de matar)", acrescentou.

Choro e descontrole

Em paralelo � morte de sua namorada, Oscar Pistorius tamb�m foi julgado por outras tr�s acusa��es menores, relacionadas a armas de fogo.

O atleta foi declarado culpado de ter atirado por neglig�ncia em um restaurante muito movimentado, mas foi absolvido de posse ilegal de muni��o e de ter aberto fogo a partir de um carro.

O incidente no restaurante, em Johannesburgo, ocorreu semana antes de matar a tiros sua namorada.

Pistorius foi acusado de pedir para ver uma arma no restaurante Tasha's, e de ter disparado ao manipul�-la embaixo da mesa.

"Ele pode n�o ter apertado o gatilho intencionalmente (...) mas isso n�o o absolve do crime de manejar com neglig�ncia uma arma de fogo", disse a ju�za Masipa, sustentando que "o acusado tinha familiaridade suficiente com as armas de fogo".

O processo pela morte de Reeva Steenkamp, acompanhado com grande interesse na �frica do Sul e em muitos outros pa�ses durante seis meses, tamb�m trouxe � tona a vida particular deste homem que foi motivo de gl�ria nacional por muitos anos.

Durante o julgamento, Pistorius perdeu em algumas ocasi�es o controle, chorou e inclusive vomitou ao ouvir que a cabe�a de sua namorada explodiu pelo impacto das balas.

Oscar Pistorius alcan�ou fama mundial durante os Jogos Ol�mpicos de Londres em 2012, quando competiu com suas pr�teses ao lado de atletas sem defici�ncia. Aos 11 meses o atleta teve ambas as pernas amputadas abaixo dos joelhos.


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