
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta ter�a-feira aos l�deres mundiais para estabelecer um novo rumo ante os perigos do aquecimento global, ao abrir uma reuni�o de c�pula sobre o clima, com a participa��o de mais de 120 chefes de Estado e de Governo.
"A mudan�a clim�tica � a quest�o crucial de nossa era. Est� definindo nosso presente. Nossa resposta definir� nosso futuro", afirmou Ban no discurso de abertura da reuni�o em Nova York, onde s�o esperados an�ncios de compromissos que facilitem a conclus�o de um acordo na confer�ncia internacional de 2015 em Paris.
"Pe�o a todos os governos a comprometer-se em um acordo universal e significativo sobre o clima em Paris em 2015, e a cumprir com sua parte justa para limitar o aumento da temperatura global a dois graus Celsius", afirmou o secret�rio-geral das Na��es Unidas.
Durante a reuni�o, que acontece na v�spera da abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente americano deve discursar, assim como v�rios presidentes latino-americanos. Muitos cientistas afirmam que, com os n�veis de emiss�es de gases que provocam o efeito estufa, as temperaturas ter�o aumentado ao final do s�culo XXI em mais de quatro graus na compara��o com a era pr�-industrial. Caso um acordo seja assinado em Paris, este entraria em vigor apenas em 2020.
Ativistas consideram a reuni�o em Nova York um ponto de inflex�o na luta contra o aquecimento global. No domingo, quase 600.000 pessoas sa�ram �s ruas em v�rias cidades do mundo. Em Nova York, a passeata reuniu 310.000 manifestantes.
O ator Leonardo Leonardo Di Caprio, designado pela ONU como mensageiro da paz contra o aquecimento global, participou na manifesta��o em Nova York e esta presente na abertura da reuni�o."Como um ator, eu finjo para viver. Eu interpreto personagens fict�cios, muitas vezes resolvendo problemas fict�cios", disse. "Eu acredito que a humanidade tem olhado para a mudan�a do clima da mesma maneira, como se fosse fic��o", completou.
A ONU prev� tr�s sess�es plen�rias paralelas. Ban Ki-moon far� um resumo ao final do dia com os resultados obtidos, que ser�o adicionados �s pr�ximas reuni�es, em dezembro em Lima e depois em Paris.
Mobiliza��o
Mas a batalha para chegar a um acordo internacional est� longe do fim. China e �ndia, que s�o ao lado dos Estados Unidos os maiores emissores de gases do efeito estufa, n�o enviaram seus principais l�deres ao encontro e estar�o representados apenas por um vice-primeiro-ministro, Zhang Gaoli, no caso de Pequim, e do ministro do Meio Ambiente, no caso indiano.
Pequim e Nova D�lhi resistem a reduzir as emiss�es porque n�o aceitam desacelerar o crescimento e insistem que os pa�ses mais ricos devem pagar a maior parcela da conta.
Antes da reuni�o, a secret�ria para o clima da ONU, Christiana Figueres, disse n�o esperar que muitos pa�ses apresentassem metas com n�meros, mas destacou a presen�a de todos os atores importantes: governos, munic�pios, empresas, grupos financeiros e ONGs.
"Devemos trabalhar para mobilizar dinheiro e mobilizar os mercados. Vamos investir nas solu��es clim�ticas dispon�veis. Precisamos de todas as institui��es financeiras p�blicas para este desafio. E precisamos trazer o setor financeiro privado", disse Ban Ki-moon.
Quase 250 presidentes de empresas participam na reuni�o de Nova York, que parte com a vantagem, segundo a ONU, de evitar os erros de Copenhague-2009, onde os chefes de Estado e de Governo chegaram apenas no �ltimo momento.