Serra Leoa declarou nesta quarta-feira que cerca de 100 corpos e 200 pacientes foram encontrados e retirados de suas resid�ncias durante o confinamento de tr�s dias para conter a epidemia de Ebola que atinge a �frica Ocidental.
Quase seis milh�es de pessoas em todo o pa�s ficaram confinadas dentro de casa por 72 horas desde sexta-feira, quanto 28.000 volunt�rios bateram de porta em porta, dando conselhos e identificando novos casos e mortes suspeitas que n�o foram registradas pelas autoridades.
"Mais de 92 corpos foram descobertos em todo o pa�s durante o confinamento de tr�s dias do pa�s", declarou Karamoh Kabbah, vice-ministro para Assuntos Pol�ticos, em entrevista coletiva na capital Freetown.
Ele disse que 77 dos corpos foram recolhidos na �rea ocidental, uma divis�o que inclui a cidade de 1,2 milh�o de habitantes.
"Foram identificados mais de 200 casos suspeitos, dos quais, at� o momento, 130 foram confirmados", acrescentou.
A maior epidemia de Ebola j� registrada na hist�ria infectou at� agora mais de 6.000 pessoas na �frica Ocidental e matou quase metade delas, de acordo com os dados mais recentes da Organiza��o Mundial de Sa�de.
A febre causada pelo v�rus pode derrubar suas v�timas em poucos dias, provocando dor muscular, v�mitos, diarreia e, em muitos casos, hemorragia interna e externa.
Em Serra Leoa, o Ebola j� infectou 1.813 pessoas, matando 593.
Kabbah confirmou uma estimativa anterior de que as equipes que foram de porta em porta conseguiram cobrir cerca de 80% das resid�ncias em um pa�s onde grande parte da popula��o vive em �reas remotas e �s vezes em aldeias inacess�veis.
Mas ele disse que a a��o gerou preocupa��es sobre os m�todos utilizados pelas for�as de seguran�a na imposi��o de quarentenas, sem entrar em detalhes.
O ministro da Sa�de, Abubakarr Fofanah, afirmou que nem todos os corpos recolhidos haviam sido confirmados como v�timas do Ebola.
"Mesmo antes do surto, as pessoas estavam morrendo de tuberculose, mal�ria, hipertens�o e at� mesmo como um resultado da idade avan�ada", disse.
"Embora o governo n�o tenha a inten��o de mascarar os n�meros de mortes provocadas pelo Ebola, tamb�m � consciente do fato de que h� muitas outras causas de morte no pa�s", explicou.