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Estado de Minas

Traficantes confessam ter matado e queimado estudantes desaparecidos


postado em 07/11/2014 22:37

Pistoleiros do narcotr�fico detidos pela pol�cia confessaram o assassinato dos mais de 40 estudantes mexicanos desaparecidos, cujos corpos foram queimados, em um crime que comoveu o pa�s, informou nesta sexta-feira a procuradoria-geral.

Segundo o procurador-geral mexicano, Jes�s Murillo Karam, os estudantes foram assassinados ap�s policiais corruptos entregarem o grupo a membros do narcotr�fico. Seus corpos, incinerados, foram colocados em sacos de lixo e jogados em um rio.

No total, 43 estudantes da escola Ayotzinapa, do estado de Guerrero, estavam desaparecidos desde que foram atacados pela pol�cia da cidade de Iguala, na noite de 26 de setembro, sendo entregues posteriormente a um grupo de traficantes.

De acordo com tr�s pistoleiros, mais de 40 jovens foram levados durante a noite, em tr�s ve�culos, para o lix�o da cidade vizinha de Cocula, onde cerca de 15 j� chegaram mortos por asfixia.

"Os demais foram interrogados pelos criminosos para determinar quem eram e os motivos de sua ida a Iguala", antes de sua execu��o.

"Os corpos foram queimados na parte baixa do lix�o", precisou Karam em entrevista coletiva.

Os estudantes estavam em Iguala para arrecadar fundos para sua escola, e invadiram dois �nibus com a inten��o de voltar para casa. A cidade � um conhecido feudo do cartel das drogas "Guerreiros Unidos".

Segundo os pistoleiros, os corpos calcinados foram colocados em sacos de lixo e jogados em um rio pr�ximo. No lix�o, peritos encontraram cinzas e alguns vest�gios de ossos humanos.

Karam destacou que um dos sacos foi encontrado fechado, com restos humanos que dificilmente ser�o identificados.

Pelo "alto n�vel de degrada��o devido ao fogo ser� muito dif�cil extrair um DNA que permita a identifica��o, mas n�o pouparemos esfor�os at� esgotar todas as possibilidades cient�ficas", disse o procurador.

Murillo Karam lembrou que at� que hajam provas cient�ficas da morte dos estudantes, o grupo continuar� sendo considerado desaparecido.

O presidente do M�xico, Enrique Pe�a Nieto, prometeu punir todos os respons�veis pelo crime. "Aos pais dos jovens desaparecidos e � sociedade como um todo, eu lhes asseguro que n�o recuarei at� que se fa�a justi�a".

Estes "fatos apresentados indignam toda a sociedade mexicana", disse Pe�a Nieto, que manifestou sua solidariedade e apoio aos familiares dos jovens desaparecidos e reafirmou que "todos os culpados ser�o castigados com base na lei".

O desaparecimento dos estudantes causou a pior crise da presid�ncia de Pe�a Nieto, iniciada em 2012, com uma onda de protestos por todo o pa�s, e press�o internacional pela solu��o do caso.

Os pais dos estudantes insistiram em que seus filhos continuam vivos, recusando-se a aceitar os depoimentos dos acusados, divulgados pela Procuradoria.

"Enquanto n�o houver provas, nossos filhos est�o vivos", declarou Felipe de la Cruz, porta-voz do grupo de pais, em uma entrevista coletiva na escola da comunidade de Ayotzinapa.

"Eles nos dizem a sua verdade, mas para n�s � mais uma mentira", disse Felipe de la Cruz.

Os pais pediram ao governo que prossiga com as buscas de seus filhos, e que permita a assist�ncia t�cnica da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos.

Na ter�a-feira, a Pol�cia Federal mexicana deteve o prefeito de Iguala, Jos� Luis Abarca, e sua esposa, apontados como os autores intelectuais do ataque contra os estudantes.

Luis Abarca e a esposa, Mar�a de los �ngeles Pineda, eram os fugitivos mais procurados na investiga��o pelo desaparecimento dos estudantes.

Conhecidos como "o casal imperial", Luis Abarca e Mar�a Pineda tinham estreita liga��o com o cartel dos Guerreiros Unidos.


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