As informa��es sobre a presen�a de comboios militares nas �reas separatistas da Ucr�nia s�o "muito preocupantes", declarou neste domingo a alta representante para Pol�tica Externa da Uni�o Europeia (UE), a italiana Federica Mogherini.
"As informa��es mais recentes da miss�o na Ucr�nia da Organiza��o para a Seguran�a e a Coopera��o na Europa (OSCE) sobre comboios nas regi�es controladas pelos separatistas - com um importante n�mero de armas pesadas, carros de combate e tropas sem distintivos (...) - s�o muito preocupantes", afirmou Mogherini, em um comunicado.
A diplomata tamb�m pediu a Moscou que impe�a a entrada de novos refor�os no pa�s vizinho.
"Pe�o � R�ssia que assuma plenamente sua responsabilidade a esse respeito, inclusive impedindo qualquer movimento de soldados, armas, ou combatentes procedentes de seu territ�rio para a Ucr�nia e retirando da Ucr�nia todas as tropas, armas e equipamentos sob seu controle", frisou.
Neste domingo, Kiev relatou v�rios disparos contra posi��es do Ex�rcito no leste do pa�s, com a morte de um civil e de dois policiais ucranianos.
EUA alertam sobre viola��o de acordo
Em nota divulgada hoje, a Casa Branca tamb�m manifestou sua grande preocupa��o com os informes da chegada de refor�os militares russos para os rebeldes do leste da Ucr�nia.
O governo advertiu que qualquer esfor�o dos separatistas para controlar mais territ�rio ser� uma "flagrante viola��o" do acordo de cessar-fogo.
"Estamos muito preocupados com os combates intensificados no leste da Ucr�nia, assim como com os in�meros informes (...) de que os separatistas apoiados pela R�ssia est�o deslocando grandes comboios de armamento pesado e tanques para as linhas de frente do conflito", disse neste domingo a porta-voz do Conselho de Seguran�a Nacional dos Estados Unidos, Bernadette Meehan, em um comunicado.
"Continuamos pedindo a todas as partes que cumpram estritamente o cessar-fogo. Qualquer tentativa das for�as separatistas de se apoderar de territ�rio adicional no leste da Ucr�nia seria uma flagrante viola��o dos acordos de Minsk", alertou.
Meehan insistiu em que Moscou honre os compromissos previstos no acordo de paz firmado entre Kiev e os separatistas, incluindo o fim dos fornecimentos militares aos separatistas e a retirada de todas suas tropas e armas da Ucr�nia.
"A R�ssia deve permitir a restaura��o da soberania ucraniana no lado ucraniano da fronteira internacional, monitorizado pela OSCE, e facilitar a liberta��o de todos os ref�ns", ressaltou.
"Continuamos a enfatizar que a ades�o ao marco de trabalho acordado em Minsk � a melhor oportunidade de conseguir uma solu��o pac�fica para o conflito no leste da Ucr�nia", completou.
OSCE relata mais de 40 tanques
Ap�s a divulga��o do informe da OSCE, no s�bado, jornalistas da AFP viram no in�cio da tarde um comboio em Makiivka que se dirigia para Donetsk, com cerca de 20 caminh�es militares sem identifica��o. Destes, 14 tinham canh�es.
Um morador contou � AFP ter visto passar, por volta das 9h (4h, no hor�rio de Bras�lia), sete canh�es autopropulsados na dire��o do aeroporto. H� meses, o local � um dos principais pontos de combate entre o Ex�rcito ucraniano e os separatistas. Os ve�culos tamb�m seguiam para Yasynuvata, importante cruzamento ferrovi�rio pr�ximo a Donetsk.
No s�bado � noite, os observadores da OSCE, presentes na Ucr�nia para supervisionar a aplica��o do cessar-fogo firmado em 5 de setembro entre Kiev e os separatistas, relataram ter visto "mais de 40 tanques e caminh�es", circulando em uma autoestrada na periferia leste de Makiivka.
Entre eles, havia 19 caminh�es militares da marca russa Kamaz, sem identifica��o, que transportavam canh�es de 122 mm e pessoal de uniforme verde-escuro sem ins�gnias. O comboio inclu�a seis caminh�es-tanque.
Os observadores tamb�m viram "um comboio de nove tanques - quatro T72 e cinco T64 -", que se deslocava para o sudoeste de Donetsk.
"A OSCE n�o indicou a origem desses equipamentos e tropas, mas os militares ucranianos n�o t�m qualquer d�vida a respeito", declarou neste domingo o porta-voz militar Andri Lysenko, em clara alus�o � R�ssia.
Lysenko disse ainda temer "provoca��es" destinadas a "criar um pretexto para a entrada, na regi�o de Donbass, das supostas for�as de manuten��o de paz russas".
Moscou nega estar envolvida nos combates no leste separatista.