
A recupera��o dos destro�os do Boeing da Malaysia Airlines, abatido em julho sobre o leste da Ucr�nia, come�ou neste domingo, quatro meses ap�s a trag�dia que provocou 298 mortes.
Funcion�rios da autoproclamada rep�blica de Donetsk come�aram o trabalho cortando os grandes peda�os com a ajuda de uma serra de metal perto da aldeia de Grabove, em uma �rea controlada pelos separatistas pr�-russos, de acordo com um jornalista da AFP. As primeiras partes foram levantadas por um guindaste e colocadas no reboque de um caminh�o.
"Esperamos terminar a opera��o em 10 dias", declarou uma autoridade separatista na presen�a de jornalistas. "Come�amos com as pe�as maiores e vamos continuar com as menores".
O voo MH17, que fazia o trajeto Amesterd�-Kuala Lumpur, foi atingido possivelmente por um m�ssil em 17 de julho quado sobrevoava uma �rea sob controle separatista no leste da Ucr�nia.
Os detritos devem ser transferidos para a Holanda - pa�s com o maior n�mero de v�timas, 193 - para serem examinados pelo Bureau de Investiga��o e Seguran�a (OVV), encarregado de investigar as causas da trag�dia.
A Ucr�nia e o Ocidente afirmam que o avi�o foi abatido por um m�ssil terra-ar fornecido pela R�ssia aos separatistas pr�-russos. Moscou nega e acusa as tropas ucranianas.
Depois da trag�dia, americanos e europeus refor�aram suas san��es contra a R�ssia.
Em um primeiro relat�rio de 9 de setembro, o OVV considerou que o Boeing 777 havia sido perfurado em pleno voo por "proj�teis de alta energia", sem confirmar a teoria do m�ssil. Um relat�rio final est� previsto para o ver�o de 2015.
Restos humanos
A recupera��o dos destro�os foi muito adiada em parte devido a inseguran�a em uma regi�o onde os combates entre as for�as de seguran�a ucranianas e os separatistas s�o frequentes, apesar de uma tr�gua assinada por ambos os lados em 5 de setembro.
Os combates, normalmente ouvidos a cerca de quinze quil�metros do local da queda, no entanto, pararam na manh� deste domingo, informou a AFP.
As opera��es de evacua��o foram realizadas em meio a um forte nevoeiro e muito frio por quinze funcion�rios do minist�rio das Situa��es de Emerg�ncia das autoridades separatistas sob a supervis�o de especialistas holandeses, com coletes � prova de balas e jaquetas amarelas fluorescentes, e observadores da Organiza��o para a Seguran�a e Coopera��o na Europa (OSCE), em casacos azuis e capacetes brancos.
O ch�o estava coberto de destro�os. Peda�os de fuselagem, um assento, uma pe�a de motor eram especialmente vis�veis na zona guardada por separatistas armados.
"N�s n�o sabemos ainda se todos os restos da carca�a ser�o levados � Holanda", declarou Wim van der Weegen, um porta-voz do OVV, � AFP, em Haia.
"Temos de levar em conta que a �rea de busca � muito grande. Temos uma lista que identifica as pe�as mais importantes para a investiga��o e s�o essas que t�m a prioridade", acrescentou ele, sem querer estender sua natureza.
Muitos restos humanos e objetos pessoais das v�timas foram recolhidos anteriormente. At� agora, os restos mortais de 289 v�timas foram identificadas e o ministro das Rela��es Exteriores holand�s, Bert Koenders, alertou que os restos de outras nove pessoas podem nunca ser encontrados.
"Se os restos humanos forem encontrados durante as opera��es, ser�o, naturalmente, recuperados", garantiu Weegen.