
Segundo o c�digo penal venezuelano, se for considerada culpada, Machado ser� punida com com uma pena de oito a 16 anos de pris�o, de acordo com o comunicado oficial, que n�o detalha quando come�ar� o julgamento. "Hoje me indiciaram pelo delito conspira��o. Todas as acusa��es e supostas provas s�o totalmente falsas e eu as rejeito", declarou Machado ao sair do tribunal, acrescentando que as acusa��es contra ela s�o uma inf�mia.
O l�der opositor Henrique Capriles qualificou a decis�o de "circo montado por Nicol�s" Maduro para desviar a aten��o da opini�o p�blica. "Sempre inventam algo para ocultar a verdade e n�o enfrentar os reais problemas do pa�s. Querem nos fazer acreditar que aqui em nosso pa�s n�o acontece nada".
A ex-deputada, que est� impedida por lei de sair da Venezuela, se apresentou para depor em audi�ncia judicial que durou cerca de tr�s horas no Minist�rio P�blico, no centro de Caracas.
Este suposto plano para atentar contra Maduro, um dos v�rios denunciados no �ltimo a�o, � investigado desde mar�o passado depois de uma den�ncia de deputados governistas, que acusam tamb�m outros opositores e o embaixador americano na Col�mbia, Kevin Whitaker.
Machado foi acompanhada do l�der da opositora Mesa da Unidade Democr�tica (MUD), Jes�s Torrealba, o prefeito metropolitano, Antonio Ledezma, deputados opositores e dezebas de simpatizantes. "Maria coragem", afirmavam alguns cartazes exibidos pelas pessoas sob o olhar de dezenas de membros das for�as de seguran�a que protegiam o lugar.
A opositora �, junto com Leopoldo L�pez, dirigente pol�tico preso por acusa��es de promover viol�ncias nos protestos antigovernamentais que, de fevereiro a maio deixaram 43 mortos, uma das promotoras da campanha "A Sa�da", que buscava a ren�ncia de Maduro com manifesta��es de rua.
Em v�rias ocasi�es, a oposi��o questionou a independ�ncia dos Poderes P�blicos na Venezuela e denunciou que se utiliza a justi�a para perseguir a dissid�ncia.
Com 47 anos, Machado foi destitu�da em mar�o passado como deputada da Assembleia Nacional depois de participar no Conselho Permanente da OEA ocupando o assento do Panam�, o que criou uma diverg�ncia diplom�tica e a ruptura por parte da Venezuela das rela��es bilaterais, que foram retomadas em 1o. de julho.
