O papa Francisco disse que Deus lhe deu uma "s� inconsci�ncia" para encarar reformas na Igreja cat�lica, segundo uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal argentino La Naci�n.
O pont�fice argentino declarou que n�o gosta de "falar em faxina" para definir seu trabalho na institui��o e afirmou que considera a oposi��o interna "um bom sinal", embora tenha se manifestado disposto a "seguir em frente".
"Deus nisso � bom comigo, me d� uma dose saud�vel de inconsci�ncia. Vou fazendo o que tenho que fazer", disse o l�der da Igreja Cat�lica.
Sobre as reformas, afirmou que "o IOR (Instituto para as Obras de Religi�o) est� funcionando de forma fenomenal" e que "a economia (da Igreja) est� indo bem".
"� a reforma espiritual � o que neste momento me preocupa mais, a reforma do cora��o", ponderou.
- Dissid�ncias saud�veis -
Em rela��o aos setores eclesi�sticos resistentes �s reformas, Francisco disse que "� saud�vel ventilar as ideias, muito saud�vel. Que n�o as digam escondidos quando n�o estiverem de acordo", opinou.
"Considero as resist�ncias como pontos de vista distintos, n�o como uma coisa suja", ressaltou.
Questionado sobre as for�as conservadoras, sobretudo nos Estados Unidos, em raz�o do �ltimo s�nodo da fam�lia temem um desmoronamento da doutrina tradicional no tratamento da homossexualidade, respondeu que o pronunciamento final "� um processo".
"Ningu�m falou de matrim�nio homossexual no s�nodo. Falamos sobre uma fam�lia que tem um filho ou filha homossexual, como educ�-los, como se ajuda essa fam�lia a levar em frente essa situa��o um pouco in�dita", esclareceu.
Sobre outro tema pol�mico, o dos divorciados, o pont�fice se perguntou: "O que faremos com eles? Que porta pode ser aberta? N�o � uma quest�o se lhes v�o dar comunh�o. A solu��o � a integra��o".