Os sistemas montanhosos s�o cruciais para o fornecimento de �gua no mundo e exigem que um acordo para enfrentar as mudan�as clim�ticas disponha de mais financiamento para sua prote��o, disseram especialistas reunidos nesta quinta-feira em Lima.
No dia internacional das montanhas, um grupo de especialistas de v�rias regi�es insistiram em que a comunidade internacional incorpore apropriadamente o cuidado com elas, como um aspecto vital para abrandar efeitos da mudan�a clim�tica.
"A biodiversidade e os servi�os h�dricos que as montanhas oferecem exigem que sejam apropriadamente incorporadas nos objetivos da COP21", disse o diretor do Instituto Internacional de Montanhas, Andrew Taber, referindo-se � confer�ncia em Paris que fixar�, em 2015, um novo acordo global sobre o clima.
Como "torres de �gua do mundo", elas prov�m mais da metade de �gua doce pot�vel do planeta, al�m da necess�ria para a ind�stria, uso dom�stico e energia hidrel�trica, segundo a ONU.
"A cada dia, as montanhas est�o sob mais amea�as pelas mudan�as clim�ticas", destacou Maria Helena Semedo, vice-diretora geral da Organiza��o das Na��es Unidas para Agricultura e Alimenta��o (FAO).
Semedo tamb�m afirmou que "� necess�rio conseguir mais financiamento para a prote��o tanto de pequenos agricultores como de bosques montanhosos" que se mostram cruciais para regular a �gua e evitar desmoronamentos tr�gicos.
A ministra de Assentamentos Humanos do But�o, Derji Choden, disse que em seu pa�s "70% do territ�rio est� coberto por montanhas" e que muitas das geleiras existentes na regi�o dos Himalaias Orientais est�o em processo de derretimento devido ao aquecimento global.
"O desenvolvimento a partir de combust�veis f�sseis � coisa do passado. Espero que possamos entrar em uma etapa de energia limpa e que proteja os ambientes naturais e as popula��es", pediu Flavia Munaaba, ministra do Meio Ambiente de Uganda.
Reunidos na Confer�ncia do Clima da ONU (COP20), os delegados de 195 pa�ses devem concordar com um projeto para um novo pacto mundial contra o aquecimento global, que ser� adotado em 2015 em Paris.