(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ataque terrorista contra revista francesa deixa 12 mortos em Paris


postado em 07/01/2015 16:58

Doze pessoas morreram e onze ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque de homens armados e aos gritos de "Al� � grande" contra a sede do seman�rio sat�rico Charlie Hebdo, localizada em Paris.

No ataque, foram mortos os renomados chargistas Wolinski, Charb, Cabu e Tignous.

O presidente Fran�ois Hollande dirigiu-se at� o local do atentado e confirmou tratar-se de um ataque terrorista, o mais violento registrado na Fran�a em 40 anos.

Segundo testemunhas, homens armados com kalashnikovs e um lan�a-foguetes invadiram a reda��o da revista de humor Charlie Hebdo e de forma determinada, demonstrando sangue-frio e coordena��o, dispararam contra os funcion�rios da publica��o, visando especialmente aos desenhistas.

De acordo com fontes policiais, os autores do ataque gritaram "Vingamos o Profeta!", em refer�ncia a Maom�, alvo de charges publicadas h� alguns anos pela revista, o que provocou revolta no mundo mu�ulmano.

Este ataque sem precedentes, o mais sangrento cometido na Fran�a em d�cadas, fez pensar rapidamente em uma vingan�a dos radicais isl�micos contra o jornal que publicou, em 2006, caricaturas do profeta Maom�.

Os atacantes pareciam ter seguido orienta��es dadas pelo grupo Estado Isl�mico (EI), contra o qual a Fran�a atua militarmente no Iraque.

A reda��o do seman�rio, surpreendida em plena confer�ncia de reda��o, foi dizimada. Quatro de seus caricaturistas - Charb, Cabu, Tignous e Wolinski -, muito conhecidos na Fran�a, est�o entre os mortos, assim como dois policiais, um dos quais foi executado a sangue grio quando estava ca�do no ch�o, ferido.

Ao abandonar o pr�dio, os agressores atacaram um motorista e bateram em um homem com o carro roubado.

O atentado deixou outros 11 feridos - quatro deles com gravidade -, segundo um novo balan�o divulgado ao fim da tarde (hora local) pelo procurador de Paris, encarregado da investiga��o, Fran�ois Molins.

A pol�cia iniciou uma busca pelos agressores pelas ruas de Paris e as autoridades pediram � popula��o que evitasse circular e utilizar transportes p�blicos.

As autoridades tamb�m anunciaram que a regi�o parisiense foi colocada em estado de alerta m�ximo.

V�rios momentos da a��o foram registrados por celulares de pessoas presentes na cena da trag�dia.

"Ouvi disparos, vi pessoas encapuzadas que fugiram em um carro", declarou � AFP Michel Goldenberg, que tem um escrit�rio vizinho na rua Nicolas Apert, onde fica a sede da revista.

Hollande convocou uma reuni�o de crise com seus assessores no pal�cio presidencial.

"Tudo foi organizado para neutralizar o mais r�pido poss�vel os tr�s criminosos que est�o na origem deste ato b�rbaro", afirmou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, sem especificar o papel desempenhado pelas pessoas envolvidas.

"� um atentado terrorista, n�o h� d�vida", disse Hollande, definindo o atentado como "um ato de uma barb�rie excepcional".

Bandeiras tremulavam a meio-pau tanto no Pal�cio do Eliseu, sede do Executivo, quanto nas duas c�maras do Parlamento.

Segundo fontes policiais, homens envolvidos no atentado contra a revista demonstraram calma, determina��o e efici�ncia de quem passou por treinamento militar intenso, afirmam fontes policiais.

As imagens gravadas por celulares evidenciam que o ataque foi bem planejado, de acordo com um membro dos servi�os de seguran�a.

"Vemos claramente pela maneira que portam suas armas que agem discretamente, bem ao estilo militar, com frieza. Eles receberam treinamento. Eles n�o agiram por impulso", afirmou.

"O mais impressionante � a sua atitude. Eles foram treinados na S�ria, no Iraque ou em outro lugar, talvez at� mesmo na Fran�a, mas o certo � que eles foram treinados", enfatizou, destacando tamb�m o sangue-frio dos terroristas.

Coincid�ncia ou n�o, a Charlie Hebdo fez a divulga��o em sua edi��o desta quarta-feira do novo romance do controvertido escritor Michel Houellebecq, um dos mais famosos autores franceses no exterior.

A obra de fic��o pol�tica fala de uma Fran�a islamizada em 2022, depois da elei��o de um presidente da Rep�blica mu�ulmano.

"As previs�es do mago Houellebecq: em 2015, perco meus dentes... Em 2022, fa�o o Ramad�!", ironiza a publica��o junto a uma charge de Houellebecq.

A revista de humor tem sido amea�ada desde que publicou charges do profeta Maom� em 2006.

Em novembro de 2011, a sede da publica��o foi destru�da por um inc�ndio criminoso, j� definido como atentado pelo governo na �poca.

Em 2013, um homem de 24 anos foi condenado � pris�o com sursis por ter pedido na internet que o diretor da revista fosse decapitado por causa da publica��o das caricaturas do profeta mu�ulmano.

O ataque desta quarta-feira contra a Charlie Hebdo foi condenado em todo o mundo como um ato de terrorismo contra a liberdade de express�o.

O presidente americano, Barack Obama, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o presidente da Comiss�o Europeia, Jean-Claude Juncker, e o Vaticano foram un�nimes em condenar o atentado, definido pela maioria como um "ato de barb�rie".

O papa Francisco expressou "sua firme condena��o ao horr�vel atentado" cometido nesta quarta-feira, em Paris, contra a publica��o e pediu a todos os cat�licos a "se opor com todos os meios � propaga��o do �dio e a toda forma de viol�ncia".

A Liga �rabe, Al Azhar, principal autoridade sunita, e o Conselho Franc�s do Culto Mu�ulmano (CFCM) igualmente condenaram o ataque.

Em Lyon (centro-oeste) e em Toulouse (sudoeste), mais de dez mil pessoas foram �s ruas para homenagear as v�timas do ataque, segundo estimativas das for�as de ordem. Em Paris, mais de 5.000 manifestantes se reuniram na Pra�a da Rep�blica, perto da sede do seman�rio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)