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Estado de Minas

Ataque contra Charlie Hebdo reaviva fantasma de jihadismo na Europa

Segundo especialistas, assassinato de chargistas servir� de propaganda para o movimento e facilitar� recrutamento de novos combatentes


postado em 08/01/2015 11:01 / atualizado em 08/01/2015 11:26

O ataque sangrento contra a revista francesa Charlie Hebdo confirmou o temor de que os jihadistas poderiam atingir o cora��o da Europa e, em particular, um pa�s em guerra contra os grupos extremistas do Oriente M�dio e do Sahel. Os assassinatos de chargistas cujos desenhos indignaram muitos mu�ulmanos servir�o de propaganda aos movimentos jihadistas, e facilitar�o o recrutamento de novos combatentes, advertem v�rios especialistas interrogados pela AFP.

"Este ataque foi cometido para provocar uma onda de choque no cen�rio internacional", afirma Lina Khatib, diretora do centro Carnegie para o Oriente M�dio. "Sua execu��o espetacular quer demonstrar a influ�ncia dos movimentos jihadistas na Europa", acrescenta. O atentado, que n�o foi reivindicado e que deixou 12 mortos, confirma o medo de atentados no Ocidente em meio � ascens�o do grupo Estado Isl�mico (EI) no Iraque e na S�ria e ao lan�amento de uma coaliz�o internacional com forte participa��o ocidental para combat�-lo.


Tendo esta guerra como pano de fundo, os servi�os de intelig�ncia ocidentais alertaram contra o risco dos jihadistas que voltam aos seus pa�ses de origem na Europa. A Fran�a est� particularmente exposta, j� que participa dos ataques a�reos no Iraque contra o EI e mobilizou um dispositivo militar de grande porte em cinco pa�ses do Sahel contra diversos grupos islamitas. Nos �ltimos meses, tanto o EI quanto a Al-Qaeda na Pen�nsula Ar�bica (AQPA) convocaram em v�rias ocasi�es seus partid�rios a atacar a Fran�a.


A revista da AQPA, "Inspire', encorajou seus simpatizantes a atecar na Fran�a, e inscreveu na lista de pessoas a serem eliminadas o redator chefe da Charlie Hebdo, St�phane Charbonnier, conhecido como Charb, abatido no atentado de quarta-feira. Outros cartunistas emblem�ticos da revista tamb�m morreram: Cabu, Wolinski e Tignous.


Desde a publica��o, em 2006, de caricaturas do profeta Maom�, a revista sat�rica havia recebido muitas amea�as e inclusive foi atacada com coquet�is molotov em 2011.


EI beneficiado


"O objetivo tamb�m � fazer uma mensagem chegar aos Estados, em particular aos integrantes da coaliz�o internacional, para que vejam que s�o vulner�veis", explica Lina Khatib. E, por isso, "os criminosos escolheram uma zona central em Paris, que � muito simb�lica". Nas redes sociais, simpatizantes da Al-Qaeda e, sobretudo, do Estado Isl�mico comemoraram o ataque, e utilizavam hashtags em �rabe como "Paris arde" ou "a invas�o de Paris".

Estes simpatizantes tamb�m publicaram fotos de Charbonnier com uma edi��o da Charlie Hebdo que mostra uma caricatura rindo dos mu�ulmanos radicalizados. "Por isso o mataram", comenta um deles no Twitter.


Seja um ataque motivado exclusivamente pela quest�o das caricaturas ou um atentado destinado a punir os pa�ses em guerra contra os jihadistas, o ocorrido ser� um catalizador para atrair novos simpatizantes � causa jihadista, segundo Max Abrahms, um especialista americano em terrorismo.


"Este ataque ser� considerado um sucesso. E quanto mais os grupos terroristas d�o a impress�o de sair ganhando, mais f�cil � recrutar pessoas", explica. O EI, conhecido por seus massacres, sequestros e agress�es no Iraque e na S�ria, sair� beneficiado, embora n�o seja diretamente respons�vel pelo ataque, destaca este professor de ci�ncia pol�tica.

Porque "o que na verdade permitiu ao EI contar com uma base t�o ampla s�o seus �xitos em termos de conquista de territ�rios e de massacre de um grande n�mero de pessoas".


Um contexto semelhante pode inspirar mais de um. "O EI e outros grupos considerar�o o ataque como um �xito que deve ser repetido", adverte Abrahms.


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