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Estado de Minas

M�dico e cronista do Charlie Hebdo relata o drama, minutos ap�s o atentado terrorista

'N�o pude salv�-los', disse Patrick Pelloux em entrevista, contando como recebeu o telefonema de colegas pedindo que fosse � reda��o da revista e a dor de ver a barb�rie


postado em 08/01/2015 15:52 / atualizado em 08/01/2015 16:51

Patrick Pelloux concedeu entrevista a emissora francesa iTélé, contando o drama vivido nessa quarta-feira(foto: iTélé/Youtube/Reprodução)
Patrick Pelloux concedeu entrevista a emissora francesa iT�l�, contando o drama vivido nessa quarta-feira (foto: iT�l�/Youtube/Reprodu��o)
"N�o pude salv�-los...", lamenta Patrick Pelloux. O m�dico e colaborador da Charlie Hebdo,chegou ao jornal minutos depois do ataque que dizimou a reda��o da revista sat�rica e, com a voz embargada, deu um depoimento comovente sobre a trag�dia.

Excepcionalmente, Pelloux n�o participou da reuni�o de pauta do seman�rio. Presidente da Associa��o de M�dicos de Emerg�ncia da Fran�a, ele assistia na mesma hora, n�o muito longe do jornal, a uma reuni�o dedicada a melhorar a coordena��o entre os servi�os de emerg�ncia m�dica e os bombeiros.

"Estava nesta reuni�o quando Jean-Luc, o gr�fico (do Charlie Hebdo), me ligou e disse: "voc� tem que vir r�pido, atiraram em n�s com kalachnikov", contou Patrick Pelloux, entrevistado por telefone pela AFP.

"Achei que era uma brincadeira... Mas n�o era. Quando cheguei, foi assustador", contou, solu�ando. O ataque deixou 12 mortos, entre eles oito jornalistas e dois policiais, e 11 feridos.

"Chegamos tr�s minutos depois com um coronel dos bombeiros de Paris, que foi heroico, p�s em andamento todo o socorro. E enquanto cuid�vamos das v�timas, eles (os assassinos) continuavam matando gente na rua...".

"N�o pude salv�-los", lamentou Pelloux, chorando a morte dos colegas. Para alguns, "n�o havia mais nada a fazer porque atiraram na cabe�a".

'Estupidez n�o vencer�'


Quanto a Charb, diretor da revista morto ao lado dos outros cartunistas, Cabu e Wolinski, "acho que deve ter se levantado e chamado de imbecis ou sido r�spido, ou tentado tirar suas armas. Na posi��o em que morreu, estava entrela�ado � cadeira, � como se tivesse sido morto quando estava se levantando. Eu o conhe�o bem, era meu irm�o, e sei que deve ter feito isso...".

Os feridos, entre os quais est�o o cartunista Riss e os jornalistas Philippe Lan�on e Fabrice Nicolino, estavam melhor na manh� desta quinta-feira, segundo Pelloux. No est�dio do canal iT�l�, Patrick Pelloux contou, ainda, ter ligado para o presidente Fran�ois Hollande imediatamente ap�s o ataque: "Liguei para o presidente, ele passou ao telefone em seguida. Disse, "chego j�'".

"O presidente quis nos ver neste verao quando viu que o jornal tinha dificuldades. Fomos v�-lo. O presidente queria mudar a lei para que os jornais continuem existindo", disse. A solidariedade manifestada desde o atentado "me faz ser otimista", explicou � AFP o m�dico e cronista. As "milhares de pessoas" que se manifestaram na quarta-feira e "as palavras de Fran�ois Hollande, de David Cameron e de Barack Obama s�o algo muito importante".

"As duas coisas que fazem os integristas fugir s�o a cultura e a liberdade de imprensa. Os pa�ses democr�ticos devem faz�-las viver", disse, acrescentando que o Charlie Hebdo ser� publicado na pr�xima quarta-feira, como de h�bito. "Todos temos nossas afli��es, nossa dor, nossos medos, mas vamos faz�-lo de toda forma porque a estupidez n�o vencer�", concluiu.


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