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Estado de Minas

Procurador acusa presidente Kirchner de acobertar Ir� no caso Amia


postado em 14/01/2015 21:22

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu chanceler, H�ctor Timerman, foram denunciados nesta quarta-feira pelo procurador que cuida do caso do atentado � Associa��o Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, em 1994, por um suposto plano para acobertar o Ir� de suas responsabilidades.

A dura den�ncia de 300 p�ginas do procurador Alberto Nisman � o �ltimo epis�dio de uma s�rie de confrontos entre funcion�rios de alto perfil do governo com a Justi�a argentina.

Nisman pediu a declara��o indagat�ria e um embargo preventivo de bens, no valor de 200 milh�es de pesos (cerca de US$ 23 milh�es) de Kirchner, de Timerman, do deputado governista Andr�s Larroque e do pessoal da Secretaria de Intelig�ncia da Presid�ncia da Na��o.

No documento, o procurador do caso Amia denunciou a presidente e outros funcion�rios de alto escal�o do governo por considerar que, em 2011, come�ou-se a "negociar um plano de impunidade e para acobertar os foragidos iranianos acusados da explos�o da mutual judaica".

De acordo com a den�ncia de Nisman enviada � corte federal do magistrado Ariel Lijo, o governo da presidente Kirchner bolou um "sofisticado plano criminoso" destinado a favorecer o Ir� e a desvincular definitivamente os suspeitos que s�o procurados pela Justi�a argentina.

O procurador classificou de "manobra" a estrat�gia do governo, que levou � assinatura de um Memorando de Entendimento com Teer�, em 2013, com a participa��o do chanceler H�ctor Timerman, do deputado nacional Andr�s Larroque e do l�der comunal Luis D'El�a.

Depois da repercuss�o da den�ncia, o procurador Nisman foi citado para comparecer, na pr�xima segunda-feira, � Comiss�o de Legisla��o Penal da C�mara de Deputados para que responda sobre sua investiga��o no Congresso.

Em 18 de julho passado, completou-se 20 anos do ataque que deixou 85 mortos e 300 feridos no centro de Buenos Aires.

As homenagens �s v�timas aconteceram em uma comunidade judaica dividida entre a cr�tica e o apoio ao governo argentino por sua postura frente ao Ir� e pelo que muitos consideram como "poucos avan�os" para esclarecer a origem do atentado.

Desde 2011, a presidente Cristina Kirchner n�o assiste aos atos de anivers�rio da Amia.

Den�ncia surpreende

A den�ncia foi recebida com cautela por grupos da comunidade judaica e classificada como algo "rid�culo" por parte do secret�rio-geral da Presid�ncia, An�bal Fern�ndez.

A Delega��o de Associa��es Israelitas Argentinas (Daia), que re�ne 140 institui��es judaicas do pa�s, manifestou sua "como��o e surpresa" com a den�ncia contra o governo argentino e convocou uma reuni�o extraordin�ria para esta quinta.

"Recebemos essa not�cia com profunda preocupa��o. Para a Daia, a causa Amia � uma quest�o de Estado. A preocupa��o que temos passa, porque tem um procurador, (...), em uma situa��o que, para n�s, � uma reviravolta inesperada", disse seu presidente Julio Schlosser.

O secret�rio-geral da Presid�ncia, An�bal Fern�ndez, atribuiu a den�ncia a problemas internos dentro da Secretaria de Intelig�ncia.

"A presidente tem o poder de firmar tratados, e o Congresso deve aprov�-los. � sem sentido o que est� acontecendo (...) Por que n�o chamou para indaga��o todos os senadores e deputados que votaram?" - perguntou o ex-senador, referindo-se a um acordo.

Nisman sustenta que h� provas de que a posi��o oficial foi motivada "pelo petr�leo iraniano", porque "se buscava restabelecer rela��es comerciais de Estado a Estado, sem preju�zo das trocas que j� existiam em n�vel privado".

A assinatura do memorando de entendimento com o Ir� - denunciado como "inconstitucional" pela Amia e por outras organiza��es judaicas - tensionou as rela��es entre o governo kirchnerista e essa comunidade, de cerca de 300 mil membros. � a maior da Am�rica Latina.

O governo Kirchner defendeu o acordo bilateral com o Ir� para investigar os acusados de planejar o ataque.

Cinco ex-funcion�rios iranianos, entre eles um ex-presidente, atuais ministros e lideran�as religiosas locais, t�m uma ordem de captura internacional da Interpol contra eles, a pedido da Justi�a argentina.


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