Dois diretores da rede venezuelana de farm�cias Farmatodo foram acusados na quarta-feira de "desestabiliza��o econ�mica" e est�o detidos em um pr�dio do servi�o de intelig�ncia nacional, anunciaram as autoridades.
"O Minist�rio P�blico decretou priva��o de liberdade para o presidente executivo e para o vice-presidente de opera��es da rede Farmatodo, Pedro Luis Angarita Azp�rua e Agust�n Antonio �lvarez Costa, respectivamente, que foram detidos em 31 de janeiro por supostamente incorrer em irregularidades para expedir produtos de primeira necessidade", afirma um comunicado oficial.
De acordo com a nota, fiscais da Superintend�ncia para a Defesa dos Direitos Socioecon�micos inspecionavam no s�bado "uma farm�cia da rede em Caracas, onde detectaram existiam v�rias caixas de pagamento que n�o estavam operacionais, enquanto uma longa fila de pessoas aguardavam".
A situa��o levou o MP a imputar os delitos de "boicote e desestabiliza��o da economia" previstos na Lei Org�nica de Pre�os Justos, afirma o comunicado.
Os imputados foram detidos e colocados � disposi��o do Minist�rio P�blico, que determinou a transfer�ncia para o Servi�o Bolivariano de Intelig�ncia Nacional (Sebin, pol�cia pol�tica).
No domingo, o presidente Nicol�s Maduro anunciou que os executivos da rede Farmatodo, uma das maiores distribuidoras de rem�dio e artigos de higiene do pa�s, haviam sido detidos para interrogat�rios, acusados de ocultar diversas mercadorias.
A Venezuela enfrenta uma severa crise econ�mica, que inclui uma recess�o durante 2014, uma infla��o de 64% e a escassez de pelo menos um de cada tr�s produtos b�sicos.
Al�m disso, a queda de mais de 60% do pre�o do petr�leo amea�a piorar ainda mais as condi��es na Venezuela, que obt�m 96% de suas divisas das exporta��es petroleiras e que depende fortemente das importa��es para garantir o abastecimento de produtos.
Mas o presidente venezuelano alega que a crise no pa�s � uma "guerra econ�mica" provocada por setores da oposi��o de direita, interessados, segundo Maduro, em desestabilizar o governo e promover uma explos�o social.
Depois da deten��o dos executivos da Farmatodo, Maduro ordenou tamb�m uma interven��o na rede de supermercados populares 'D�a a D�a' e a deten��o de seus diretores e donos, acusados de uma suposta especula��o com a falta de mercadorias � disposi��o da popula��o.