Uma pr�tica comum, que consiste em usar uma seringa para remover co�gulos de sangue em tratamentos para enfartes, pode aumentar o risco de derrames - � o que diz uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
O estudo, conduzido pela universidade McMaster e pela Universidade de Toronto, � o maior j� feito sobre o assunto at� hoje.
Ele foi apresentado na confer�ncia anual do Col�gio Americano de Cardiologia, em San Diego, e publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine.
Mais de 10 mil pacientes em 20 pa�ses fizeram parte do estudo cl�nico randomizado controlado.
Alguns pacientes que sofreram enfarte fizeram apenas uma angioplastia, ou interven��o coron�ria percut�nea, que abre uma art�ria obstru�da no cora��o usando um cateter bal�o.
Outros fizeram a angioplastia e uma trombectomia, na qual um cardiologista usa uma seringa amarrada a um tubo para criar suc��o e remover um co�gulo da art�ria, mostraram os estudos.
O resultado n�o encontrou "benef�cios na trombectomia, ou remo��o do co�gulo, e mostrou que pacientes enfartados que receberam o procedimento ficaram mais suscet�veis a sofrer um derrame", segundo a pesquisa.
J� que as diretrizes m�dicas atuais deixam a crit�rio dos m�dicos a escolha de passar ou n�o pelo procedimento da seringa, os autores do estudo disseram esperar que a pesquisa acarrete numa mudan�a de h�bitos.
"A mensagem deste estudo � que a trombectomia n�o deveria ser feita como um procedimento de rotina", disse Sanjit Jolly, l�der do estudo, professor associado de medicina da escola de medicina Michael G. DeGroote, da universidade McMaster.
"Esta ainda � uma terapia importante, mas dados os efeitos colaterais negativos observados em nossa investiga��o, seu uso deveria ser seletivo e visto como uma medida quando uma angioplastia inicial falha em desobstruir uma art�ria, mais do que uma estrat�gia de rotina".