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Estado de Minas

Cameron descarta terceiro mandato em 2020 e anuncia poss�veis sucessores


postado em 24/03/2015 17:01

O primeiro-ministro brit�nico, David Cameron, defendeu de forma surpreendente, nesta ter�a-feira, a ideia de n�o concorrer ao terceiro mandato. Ele insistiu que se trata de uma mudan�a "razo�vel", mesmo ap�s ser avisado de que o pronunciamento minou sua autoridade, a algumas semanas da elei��o.

Numa entrevista exibida pela BBC, na segunda-feira, ele foi ainda mais longe ao indicar tr�s poss�veis sucessores no Partido Conservador, ao arriscar uma disputa por lideran�a que tiraria a aten��o da campanha eleitoral.

"H� um momento em que seria bom ver um novo par de olhos, algu�m novo. O terceiro mandato n�o � algo que eu esteja em busca", disse Cameron.

O aparente improviso com que fez essa declara��o, na cozinha da resid�ncia oficial, situada em Downing Street, foi inesperado, sobretudo se for considerado que a reelei��o dele � quase certa na elei��o de sete de maio.

O Partido Trabalhista, um dos tr�s de oposi��o, tecnicamente empatado nas pesquisas de opini�o, alegou que o primeiro-ministro foi arrogante.

"� t�pico do David Cameron ser arrogante, a ponto de presumir um terceiro mandato de seu partido, em 2020, antes que se tivesse dado ao p�blico brit�nico a chance de dar seu veredito na elei��o", disse Douglas Alexander, coordenador da campanha do Partido Trabalhista.

Diverg�ncia alimentada por partido de coaliz�o

A dire��o do partido Liberal Democrata, aliado de Cameron na coaliz�o liderada pelo Conservador, disse que o premi� estava sendo "inacreditavelmente presun�oso".

Sem fazer campanha na ter�a, Cameron disse que tinha dado "uma resposta muito direta a uma pergunta muito direta".

"Dizer que voc� quer governar durante um segundo mandato, por cinco anos, � algo bastante razo�vel e sensato", afirmou Cameron, que comentou a seguir: "Eu n�o tenho garantia alguma de que isso vai acontecer".

Analistas alertaram, por�m, que Cameron se arriscou ao minar sua autoridade. V�rios especialistas foram consultados e avaliam que, mesmo se for reeleito, ele ser� questionado sobre sua lideran�a.

"O estopim na disputa interna por lideran�a", foi a manchete no "The Times".

O analista Matthew Engel escreveu, no "Financial Times": "A percep��o de que � prov�vel ele governar por mais cinco anos, assim como Barack Obama, e depois caminhar na dire��o do horizonte, � inaceit�vel". Ele acrescentou: "A incompet�ncia j� � latente. Ser� que ele n�o tirou qualquer li��o do longo e desagrad�vel obscurantismo de Tony Blair?".

Blair foi o mais bem-sucedido primeiro-ministro de orienta��o trabalhista, sendo eleito em tr�s ocasi�es, a partir de 1997, mas foi for�ado a sair antes do esperado, por imposi��o do ent�o ministro da Fazenda, Gordon Brown.

O an�ncio feito por Blair, em 2004, de que aquele seria seu �ltimo ano como primeiro-ministro, foi visto como fatal -- Brown tomou a declara��o do rival como o estopim para dar in�cio � sua campanha e tirar Blair do principal cargo executivo no pa�s. Blair renunciou em 2007, ap�s uma d�cada morando na resid�ncia oficial.

"Muito barulho por nada", diz prefeito de Londres

Primeira-ministra a ficar mais tempo no posto ao longo do s�culo XX, a l�der no Partido Conservador, Margaret Thatcher, disse que gostaria de "continuar por mais e mais tempo", mas foi destitu�da pelo partido, ap�s governar por 11 anos.

Cameron indicou tr�s poss�veis candidatos � sucess�o, como Boris Johnson (prefeito de Londres), Theresa May (secret�ria da Casa Civil) e George Osborne (ministro da Fazenda).

A mulher e os dois homens t�m sido aventados para o cargo, mas, em suas declara��es, o primeiro-ministro deu mais ou menos �nfase �s ambi��es de cada um dos pretendentes.

Osborne disse que as afirma��es do premi� foram "renovadoras", enquanto Johnson lamentou haver "muito barulho por nada".

"Cinco anos � um per�odo muito longo, e tenho certeza de que ele [Cameron] vai cumprir um mandato magn�fico nos pr�ximos anos", disse o prefeito londrino, que emendou: "Provavelmente, o pr�ximo l�der no Partido Conservador ser� um beb� n�o-nascido".


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