A Ag�ncia Europeia de Seguran�a A�rea (EASA) recomendou nesta sexta-feira que haja permanentemente dois tripulantes na cabine do piloto durante um voo, uma medida que v�rias companhias decidiram aplicar desde as primeiras evid�ncias sobre a queda do Airbus A320 da Germanwings.
Em uma recomenda��o tempor�ria publicada em seu site, a EASA considera que as companhias t�m de "reexaminar os riscos (...) associados com a sa�da de tripulantes da cabine de comando por necessidades operacionais ou fisiol�gicas durante fases n�o cr�ticas do voo".
A ag�ncia preconiza a presen�a de dois tripulantes na cabine do piloto durante um voo, incluindo ao menos um piloto com habilita��o.
Ela indicou em um comunicado em seu site ter elaborado "esta recomenda��o com base nas informa��es atualmente dispon�veis" sobre a cat�strofe a�rea que custou a vida de 150 pessoas, e no "aguardo dos resultados da investiga��o t�cnica realizada pelo Instituto franc�s de Investiga��o e An�lise (BEA)".
"Esta recomenda��o ser� revista � luz que qualquer nova informa��o a respeito deste incidente", diz a ag�ncia com sede em Col�nia, na Alemanha.
O objetivo � impedir que um piloto se encontre sozinho na cabine, e, desta forma, seja capaz de destruir sua aeronave em um movimento suicida, cen�rio considerado o mais prov�vel na queda do A320, nos Alpes franceses.
Obrigat�ria para as companhias a�reas americanas, mesmo antes do desastre, esta disposi��o tamb�m estava em vigor nas empresas finlandesa Finnair, irlandesa Ryanair e espanhola Iberia.
"Enquanto ainda estamos em luto pelas v�timas, todos os nossos esfor�os est�o focados em melhorar a seguran�a dos passageiros e membros da tripula��o", declarou Patrick Ky, chefe da EASA.
Mesmo antes da publica��o da recomenda��o da EASA, v�rias companhias a�reas europeias j� haviam decidido aplicar esta medida � luz das primeiras evid�ncias reveladas pela investiga��o sobre a queda do avi�o da Germanwings.
Neste sentido, o grupo Lufthansa, casa matriz da Germanwings, anunciou nesta sexta-feira que adotar� a regra da perman�ncia em todo momento de duas pessoas na cabine de seus avi�es, em conformidade com o que foi decidido pela federa��o alem� do setor a�reo (BDL).
O Canad� decidiu na quinta-feira tornar obrigat�ria a presen�a de dois membros da tripula��o na cabine, poucas horas depois da Air Transat e Air Canada decidirem agir voluntariamente neste sentido.
Portugal fez o mesmo nesta sexta-feira para os avi�es de "todas as companhias a�reas" cuja sede � em territ�rio portugu�s, uma regra que entra "em vigor imediatamente".
Veja a lista das companhias que decidiram desde quinta-feira aplicar esta medida:
- Todas as companhias alem�s: Lufthansa, AirBerlin, Condor, TuiFly e DHL/European Air Transport Leipzig
- As companhias austr�acas Austrian Airlines (filial do grupo alem�o Lufthansa) e Flyniki (filial da Air Berlin)
- As brit�nicas EasyJet e Thomson Airways (TUI)
- As belgas Brussels Airlines (filial da Lufthansa), Jetairfly (TUI) e Thomas Cook
- As canadenses: Air Canada, Air Transat e WestJet
- A francesa Corsair International (TUI France)
- A companhia da Let�nia AirBaltic
- As companhias n�rdicas Norwegian Air Shuttle, SAS e Icelandair
- A su��a Swiss (filial da Lufthansa)
- Por su vez, Air France e KLM anunciaram nesta sexta-feira que ir�o implementar o quanto antes a recomenda��o da Ag�ncia europeia.
At� o momento, a EASA n�o impunha esta medida, mas preconizava que os pilotos deveriam permanecer na cabine durante todo o voo, menos em caso de necessidade fisiol�gica.
Nos voos de longa dist�ncia, o comandante de bordo � auxiliado por dois copilotos, e ao menos dois devem estar no cockpit.
O Airbus A320 da companhia alem� Germanwings, que voava de Barcelona a Dusseldorf, caiu na ter�a-feira nos Alpes franceses e matou as 150 pessoas que estavam a bordo.
A investiga��o, dirigida pela justi�a francesa, se estendeu na quinta-feira � Alemanha depois que o promotor franc�s Brice Robin revelou que a cat�strofe ocorreu provavelmente devido a um ato volunt�rio do copiloto.
Para o promotor, o copiloto aproveitou a aus�ncia por alguns minutos do comandante do voo para se trancar na cabine e realizar as manobras para derrubar o avi�o.