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Estado de Minas

Em mensagem durante a missa de P�scoa, Francisco condena viol�ncia e persegui��o a crist�os

Pont�fice elogiou o acordo nuclear e expressa preocupa��o com os conflitos em diversos pa�ses


postado em 06/04/2015 08:00 / atualizado em 06/04/2015 08:15

(foto: AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE )
(foto: AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE )

Vaticano – Durante a b�n��o de P�scoa, o papa Francisco fez um discurso pol�tico e humanit�rio, mencionando diversos conflitos ao redor do mundo e fazendo um apelo contra o “derramamento de sangue absurdo”. “Aquele que carrega em si a for�a de Deus, seu amor e sua justi�a, n�o precisa usar a viol�ncia”, declarou, denunciando todos os grupos religiosos que recorrem � guerra, mas sem mencionar os movimentos jihadistas. O argentino pediu o fim das trag�dias e persegui��es em nome da religi�o na �frica e no Oriente M�dio. Debaixo de uma forte chuva, os fi�is se amontoaram sob um mar de guarda-chuvas de cores variadas

Sob uma tenda branca instalada na entrada da Bas�lica de S�o Pedro, Francisco, com o rosto p�lido e severo, presidiu a missa de P�scoa, a mais importante festa cat�lica, para uma multid�o de fi�is. Como a cada ano, canteiros de flores em cores brilhantes animavam a atmosfera. � esquerda do altar, um grande �cone de Cristo. Em seguida, ele fez um passeio em seu papam�vel aberto em meio � multid�o, antes de conceder sua b�n��o tradicional “para a cidade e para o mundo” (urbi et orbi).

NUCLEAR Enumerando as trag�dias, Francisco falou de “esperan�a” para descrever o acordo preliminar conclu�do em 2 de abril em Lausanne entre o Ir� e as grandes pot�ncias sobre o seu programa nuclear. Ele espera que o acordo “seja um passo definitivo rumo a um mundo mais seguro e mais fraterno”. O pont�fice desejou que uma “ora��o incessante suba de todas as pessoas de boa vontade por aqueles que perderam suas vidas – penso especialmente nos jovens que foram mortos na quinta-feira na universidade de Garissa, no Qu�nia – para todos aqueles que foram sequestrados”, em refer�ncia � morte de cerca de 150 estudantes, em sua maioria crist�os, por militantes do grupo extremista isl�mico somali Al-Shabaab. “Imploremos o dom da paz para a Nig�ria, para o Sud�o do Sul e para as diferentes regi�es do Sud�o e da Rep�blica Democr�tica do Congo”, acrescentou.

Os massacres e o n�mero massivo de refugiados na S�ria e no Iraque, o caos na L�bia e na Som�lia, com repercuss�es no Qu�nia, os enfrentamentos civis na Rep�blica Centro-Africana, os atentados anticrist�os em pa�ses como Paquist�o, a repress�o deles na China e na Coreia do Norte: � grande o n�mero de pa�ses onde os crist�os se veem amea�ados. O papa pediu a Cristo “para aliviar o sofrimento de tantos dos nossos irm�os perseguidos por causa do seu nome”. “O derramamento de sangue sem sentido e a viol�ncia b�rbara” tamb�m foram denunciados. Mencionando a L�bia, onde diversos grupos rivais lutam pelo poder, Francisco desejou uma “reconcilia��o nacional”.

O papa argentino apelou � comunidade internacional “para n�o ficar passiva � imensa trag�dia humanit�ria na S�ria e no Iraque”, e dos “muitos refugiados”. “Que termine o choque das armas e que seja restaurada a boa conviv�ncia entre os diferentes grupos que comp�em este pa�s amado”, falou, referindo-se � S�ria. O I�men tamb�m foi alvo do discurso, ao defender “uma vontade comum de paz”. Ele tamb�m fez men��o a outros conflitos, desejando “a retomada do processo de paz” entre israelenses e palestinos e “o compromisso de todas as partes para a paz na Ucr�nia”. Os crist�o devem “ser o g�rmen de uma outra humanidade”, “dispon�vel e respeitosa”, insistiu.

TERRA SANTA Em Jerusal�m, o patriarca latino da Cidade Sagrada, Fuad Twal, celebrou a missa de P�scoa na Igreja do Santo Sepulcro, no cora��o da Cidade Velha. Em sua homilia, a mais importante autoridade cat�lica na Terra Santa exortou os fi�is a permanecerem firmes e unidos mesmo na trag�dia. “Cada dia que passa no M�dio Oriente, somos testemunhas de acontecimentos tr�gicos”, disse. “Enterremos no t�mulo de Cristo nossas contradi��es, as nossas divis�es religiosas, nossas hostilidades, a nossa falta de f� e nossos medos”, declarou. “Deste t�mulo emana luz e paz. E aqui, nesta Terra Santa, devem florescer novamente a luz e a paz”, acrescentou o patriarca.

LUTO NO QU�NIA

O Qu�nia iniciou ontem tr�s dias de luto nacional em mem�ria �s 148 v�timas do ataque � universidade de Garissa. O pa�s, cuja popula��o � 80% crist�, celebra a P�scoa em meio a dor (foto): missas em todo o pa�s foram dedicadas �s v�timas do massacre de quinta-feira, em sua maioria estudantes crist�os. Um dos autores do ataque foi identificado como Abdirahim Mohammed Abdullahi. Segundo o Minist�rio do Interior,  o atirador � filho de um funcion�rio do governo e estava sumido desde 2013. Seus parentes relataram que ele era formado em direito pela Universidade de Nair�bi e teria se radicalizado e partido para a Som�lia para se unir ao grupo extremista Al-Shabaab, que efetuou o ataque. Abdullahi e mais tr�s agressores foram mortos pelas for�as de seguran�a.

REFUGIADOS EM FUGA


Quase 400 fam�lias, cerca de 2 mil pessoas, foram retiradas do campo de refugiados palestinos de Yarmouk (foto), no Sul de Damasco, capital s�ria. Na quarta-feira, o grupo extremista Estado Isl�mico (EI) entrou no campo e conquistou boa parte de seus territ�rio. Grupos palestinos e for�as do governo s�rio ainda combatem os militantes.O porta-voz da Ag�ncia das Na��es Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa), Christopher Guiness, indicou que “94 civis, incluindo 43 mulheres e 20 crian�as, conseguiram fugir do campo ontem”. Ele lan�ou um apelo “a todas as partes para que permitam que outras pessoas sejam evacuadas”. A ONU informou que est� impossibilitada de entregar comida em Yarmouk h� mais de uma semana.

OFENSIVA EM �DEN

Os rebeldes xiitas houthis que lutam contra for�as do presidente iemenita exilado Abd Rabo Hadi, conseguiram importantes avan�os para assumir o controle de �den, segunda maior cidade do pa�s assolado por uma guerra civil. �den abriga o principal porto do pa�s, que fica pr�ximo � entrada para o Mar Vermelho. Os houthis e seus aliados, militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tomaram “a sede da administra��o provincial, incluindo o escrit�rio do governador”, relatou � uma autoridade local. Em sua ofensiva, eles atacaram �reas residenciais, incendiaram e danificaram casas (foto), de acordo com testemunhas, que relataram mortos e feridos e a fuga de dezenas de fam�lias. Uma coaliz�o liderada pela Ar�bia Saudita realiza ataques a�reos para impedir o avan�o dos rebeldes, apoiados pelo Ir�.


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