Cinco meses ap�s o plantio, o Chile come�ou nesta ter�a-feira a colheita dos primeiros 400 p�s de maconha autorizados para uso medicinal, em um programa in�dito que visa aliviar a dor de 200 pessoas que lutam contra o c�ncer.
Com quase dois metros de altura e plantadas em vasos de pl�stico, as plantas foram apresentadas em um local fortemente protegido do munic�pio de La Florida, ao sul de Santiago, base do inovador projeto feito em parceria com a Funda��o Daya.
A cerim�nia ocorreu em meio � grande expectativa jornal�stica, em um pa�s onde a compra de maconha n�o � permitida e a cannabis � considerada uma droga pesada, embora o consumo privado seja permitido.
O projeto "foi desenvolvido ao longo de meses. Primeiro plantando as sementes, ent�o cultivamos estas plantas e hoje come�amos a colheita que acabar� por levar-nos � produ��o do �leo medicinal usado para trazer al�vio aos primeiros 200 pacientes" com c�ncer, explicou Rodolfo Carter, prefeito de La Florida.
Ap�s a obten��o de uma licen�a especial, �nica e exclusiva para este projeto, a iniciativa come�ou em outubro passado com o plantio de 850 sementes, que viraram os 400 p�s que come�aram a ser colhidos nesta ter�a-feira.
A partir deles ser� extra�do um �leo de c�nhamo para entrega gratuita a 200 pacientes com c�ncer, visando amenizar as dores provocadas pela doen�a.
Dos 200 pacientes selecionados, 100 s�o moradores do munic�pio de La Florida, uma das �reas mais povoadas de Santiago, enquanto o restante foi selecionado pela Funda��o Daya.
Todos foram submetidos a tratamentos agressivos para aliviar o c�ncer, como quimioterapia ou radioterapia, que muitas vezes n�o conseguem apaziguar a dor f�sica e emocional causada pela doen�a.
Paralelamente a esta iniciativa, tramita no Congresso chileno um projeto de lei para descriminalizar o auto-cultivo de maconha para fins recreativos e medicinais, que prop�e manter a proibi��o do uso em vias p�blicas e estabelece o porte m�ximo de 10 gramas por pessoa.
As plantas colhidas nesta ter�a-feira foram cultivadas em uma �rea aberta de cerca de 100 metros quadrados. Vem agora o processo de secagem e armazenagem antes que a maconha seja enviada para um laborat�rio, onde o �leo ser� desenvolvido.
A droga est� prevista para ficar pronta em janeiro de 2016, e deve ser entregue aos pacientes com c�ncer dentro de um ano.