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Estado de Minas

Brasil reavalia rela��es com Indon�sia ap�s execu��o de Rodrigo Gularte


postado em 29/04/2015 06:10

A Indon�sia executou nesta quarta-feira (ter�a-feira no Brasil) oito condenados � morte por tr�fico de drogas, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, e o governo brasileiro est� avaliando como prosseguir� sua rela��o com o pa�s asi�tico depois do cumprimento da senten�a.

Segundo o ministro interino das Rela��es Exteriores, S�rgio Fran�a Danese, Bras�lia est� "avaliando" como prosseguir� sua rela��o com a Indon�sia ap�s a morte de Gularte, o segundo cidad�o brasileiro executado por narcotr�fico na na��o asi�tica.

Em coletiva de imprensa, em Bras�lia, Danese disse que o Brasil p�s em an�lise seus v�nculos com a Indon�sia e que, depois de tantas apela��es infrut�feras de clem�ncia, est� "justamente procedendo a esta avalia��o de qual ser� a atitude com rela��o a este pa�s".

Atualmente, as rela��es diplom�ticas entre os dois pa�ses se mant�m em n�vel de encarregados de neg�cios, desde o fuzilamento, em janeiro, de outro brasileiro, Marco Archer Moreira, tamb�m condenado por tr�fico de drogas.

Ap�s a morte de Archer, a presidente Dilma advertiu que haveria consequ�ncias nas rela��es bilaterais. Pouco depois da aplica��o da senten�a, a chefe de Estado, que ainda n�o nomeou um novo embaixador em Jacarta, recha�ou as credenciais do diplomata proposto por Jacarta.

Danese disse que n�o h� previs�o de "mudan�as nas embaixadas".

Em nota publicada nesta ter�a-feira, a Presid�ncia da Rep�blica anunciou ter recebido "com profunda consterna��o a not�cia da execu��o" de Gularte, de 42 anos, uma senten�a aplicada depois da meia-noite na Indon�sia (14H00 de Bras�lia).

Gularte foi preso em 2004, ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de coca�na escondidos em pranchas de surfe. Apesar dos boletins m�dicos para demonstrar que ele sofria de esquizofrenia e n�o poderia ser executado, a promotoria declarou n�o haver impedimentos para avan�ar no processo e o brasileiro foi morto junto com um cidad�o indon�sio e outros seis estrangeiros - dois australianos e quatro africanos -, todos condenados por tr�fico de drogas.

Depois da morte de seus cidad�os, Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a Austr�lia anunciou que chamar� para consultas seu embaixador em Jacarta.

"Respeitamos a soberania da Indon�sia, mas condenamos o que aconteceu", disse o premi� australiano, Tony Abbott, que anunciou a medida como um gesto �s fam�lias dos executados.

De acordo com um pastor que acompanhou a execu��o, os oito condenados se negaram a usar uma venda nos olhos e entoaram cantos religiosos pouco antes do fuzilamento por um pelot�o em uma �rea no meio da selva.

Sem clem�ncia

O procurador-geral da Indon�sia, Muhammad Prasetyo, defendeu as execu��es afirmando que a medida faz parte da "guerra" do pa�s contra as drogas.

"Estamos em guerra contra os horr�veis crimes vinculados �s drogas, que amea�am a sobreviv�ncia da nossa Na��o", declarou Prasetyo � imprensa em Cilacap, cidade portu�ria que d� acesso � ilha de Nusakambangan, onde aconteceram as execu��es.

Prasetyo minimizou a decis�o da Austr��ia de convocar seu embaixador para consultas, porque segundo ele esta � uma decis�o "tempor�ria". O ministro indon�sio das Rela��es Exteriores, Retno Marsudi, afirmou que o pa�s deseja manter as "boas rela��es" com o pa�s, um de seus principais s�cios comerciais.

Apesar das press�es internacionais e dos pedidos de clem�ncia de familiares, apenas uma cidad� filipina acabou sendo poupada na �ltima hora.

"Os milagres se tornam realidade!" - declarou � r�dio DZMM Celia Veloso, m�e da condenada Mary Jane Veloso, que acabou sendo poupada. "Estamos t�o felizes. N�o posso nem acreditar. Minha filha continua viva".

Os familiares dos condenados foram v�-los pela �ltima vez nesta ter�a-feira em Nusakambangan, "a Alcatraz indon�sia".

"N�o voltarei a v�-lo. Eles o levar�o � meia-noite e o fuzilar�o", indicou antes do an�ncio � imprensa Raji Sukumaran, m�e do australiano Sukumaran, de 34 anos.

Os condenados receberam a notifica��o da execu��o na noite de s�bado, com um pr�-aviso de ao menos 72 horas.

Tamb�m condenado � morte por tr�fico de drogas, o franc�s Serge Atlaoui, de 51 anos, foi retirado no fim de semana da lista de execu��es iminentes em consequ�ncia de um recurso judicial.

Mas o porta-voz do procurador-geral indon�sio, Tony Spontana, reafirmou nesta ter�a-feira � AFP que se o recurso for rejeitado, Atlaoui ser� executado sozinho, em uma tentativa de n�o gerar expectativas.

O presidente indon�sio, Joko Widodo, intransigente sobre a aplica��o da pena de morte por tr�fico de drogas, ignora os apelos de clem�ncia e as press�es diplom�ticas internacionais para evitar as execu��es.

Na ter�a-feira, Austr�lia, Uni�o Europeia e Fran�a realizaram um pedido conjunto � Indon�sia e apontaram que uma a��o deste tipo ter� um impacto em sua reputa��o internacional.

O condenado australiano Andrew Chan, de 31 anos, se casou na segunda-feira com a namorada indon�sia, durante uma cerim�nia com parentes e amigos no complexo penitenci�rio, seu �ltimo desejo.

O presidente indon�sio alega que o pa�s enfrenta uma situa��o de emerg�ncia ante o problema das drogas e precisa de uma "terapia de choque".

A pena capital por narcotr�fico ou at� mesmo pela posse de pequenas quantidades de droga tamb�m � aplicada em outros pa�ses do sudeste da �sia, como Mal�sia, Vietn�, Tail�ndia e Cingapura.


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