A pol�cia turca dispersou com g�s lacrimog�neo e jatos de �gua quase mil manifestantes na Pra�a Taksim de Istambul, em um 1� de Maio tenso no pa�s, ao mesmo tempo que ativistas defendem ao redor do mundo os direitos trabalhistas em uma era de austeridade.
As for�as de seguran�a enfrentaram os manifestantes no distrito de Besiktas, em Istambul. Os trabalhadores foram convocados por sindicatos e partidos pol�ticos da oposi��o.
O governo conservador-isl�mico proibiu as manifesta��es na emblem�tica pra�a Taksim, centro nervoso das v�rias semanas de protestos contra o governo em 2013 do ent�o primeiro-ministro e agora presidente Recep Tayyip Erdogan.
Segundo o governador de Istambul, Vali Sahin, 203 pessoas foram detidas e seis policiais e 18 manifestantes ficaram feridos.
As autoridades temem qualquer manifesta��o p�blica antes das elei��es legislativas de 7 de junho.
As ruas do centro de Istambul estavam bloqueadas e as esta��es de metr� pr�ximas da Pra�a Taksim estavam fechadas. O governo suspendeu o servi�o de balsas entre as �reas europeia e asi�tica do pa�s e os helic�pteros privados foram proibidos de circular, para permitir o deslocamento dos aparelhos da pol�cia.
Taksim � cen�rio de confrontos no Dia do Trabalho desde que dezenas de pessoas morreram no 1� de Maio de 1977, um dos per�odos mais conturbados da Turquia moderna.
"Em 1977 aconteceu um massacre. Simplesmente queremos estar l� para recordar o dia. N�o podemos fazer de outra forma, � muito simb�lico para n�s", disse Umar Karatepe, l�der da confedera��o sindical DISK.
"O presidente, este homem que usurpa todos os nossos direitos, n�o pode nos dizer que n�o podemos celebrar o 1� de Maio, � inaceit�vel", completou.
Este � o primeiro Dia do Trabalho no pa�s desde a aprova��o no Parlamento de uma pol�mica lei que concede � pol�cia mais poderes para reprimir os protestos.
Em Mil�o, It�lia, violentos confrontos explodiram nesta sexta-feira entre a pol�cia e dezenas de pessoas que usavam m�scaras contra gases durante uma manifesta��o contra a Exposi��o Universal (Expo) que foi inaugurada na cidade italiana.
Os manifestantes incendiaram v�rios carros e latas de lixo e jogaram pedras e outros objetos contra a pol�cia, que respondeu com g�s lacrimog�neo.
O movimento cidad�o 'No Expo' criticam o que consideram um gasto desnecess�rio de dinheiro p�blico com o evento, que permanecer� aberto at� outubro, em um per�odo de austeridade, que afeta duramente os trabalhadores.
- "Dia hist�rico" -
Em Teer�, milhares de oper�rios sa�ram �s ruas para exigir melhores condi��es de trabalho e a prefer�ncia nacional na contrata��o, informou a ag�ncia Ilna.
Esta � a primeira vez nos �ltimos anos que o Ir� tem uma manifesta��o nestas caracter�sticas no Dia do Trabalho.
Na Coreia do Sul, dezenas de milhares de trabalhadores participaram nas manifesta��es, com a amea�a de uma greve geral se o governo prosseguir com o plano de reforma do mercado de trabalho.
Na Gr�cia, que tem o maior �ndice de desemprego da Eurozona (25,7%), milhares de pessoas lotaram o centro de Atenas para protestar contra as medidas de austeridade impostas pela Uni�o Europeia desde a crise da d�vida.
A manifesta��o contou com a presen�a do ministro das Finan�as, Yanis Varoufakis, um duro cr�tico do programa de cortes imposto a Atenas.
Na Espanha, com desemprego de 23%, os dois principais sindicatos convocaram manifesta��es em 80 cidades para protestar contra os cortes, o alto desemprego e a redu��o dos sal�rios.
Em Moscou, 140.000 trabalhadores e estudantes compareceram � Pra�a Vermelha, com bandeiras e bal�es, em um evento que lembra o per�odo sovi�tico.
O partido governista R�ssia Unida espera 2,5 milh�es de pessoas nas ruas em todo o pa�s por ocasi�o do Dia do Trabalho.
Em Berlim, os sindicatos anunciaram a presen�a de 400.000 pessoas nas ruas.
- Cuba e Am�rica Latina -
Os presidentes de Cuba e Venezuela, Ra�l Castro e Nicol�s Maduro, presidiram em Havana o desfile de 1� de Maio, marcado por pedidos de unidade pelo "socialismo".
Castro e Maduro saudaram milhares de pessoas durante o desfile, que durou uma hora.
"Unidos na constru��o do socialismo" foi o tema da manifesta��o, que aconteceu em Havana e outras prov�ncias.
No Equador foram registradas manifesta��es a favor e contra o governo de Rafael Correa, enquanto na Bol�via o presidente Evo Morales decretou o aumento de 15% do sal�rio m�nimo para celebrar o Dia do Trabalho.
Uma medida similar, mas limitada ao setor t�xtil - o que mais emprega no pa�s - foi adotada pelo presidente haitiano Michel Martelly, mas os sindicatos consideraram o aumento "muito insuficiente".
Em Santiago, os sindicatos chilenos deram um forte apoio � reforma trabalhista promovida pela presidente Michelle Bachelet, com marchas reunindo dezenas de milhares de trabalhadores, que terminaram com um balan�o de 30 presos e dois jornalistas feridos.
Em Honduras, cerca de 4.000 trabalhadores marcharam para protestar contra a presen�a de bases militares norte-americanas no territ�rio e a viol�ncia, que faz do pa�s o campe�o mundial em homic�dios.
Em Bogot� e outras cidades colombianas, milhares de pessoas convocadas pela Central �nica de Trabalhadores exigiam melhores condi��es de trabalho e expressaram apoio � greve dos professores nacionais que come�ou h� pouco mais de uma semana.
Na Guatemala, ativistas e estudantes repudiaram a corrup��o do governo e exigiram a ren�ncia do presidente Otto Perez e da vice-presidente Roxana Baldetti, ap�s a revela��o de um esquema de fraude no sistema fiscal.