Sete israelenses foram acusados nesta quarta-feira em Tel Aviv de pertencer a uma rede internacional de tr�fico de �rg�os e transplantes ilegais no Kosovo, Azerbaij�o, Sri Lanka e Turquia, informou o minist�rio da Justi�a israelense.
Eles s�o acusados de obter lucros por meio do tr�fico de �rg�os entre 2008 e 2014, indicou o minist�rio em um comunicado, acusando-os de explorar as "dificuldades econ�micas dos doadores e o desespero dos receptores".
Um dos acusados, Avigad Sandlar, procurava pacientes israelenses para lhes oferecer esses �rg�os obtidos no Kosovo, Azerbaij�o e Sri Lanka. Um outro, Boris Wolfman, era respons�vel pela identifica��o de potenciais doadores, que concordaram em vender um rim, no Kosovo e Azerbaij�o, antes de expandir suas atividades ao Sri Lanka e Turquia.
O terceiro acusado, Moshe Harel, tamb�m trabalhava no Kosovo com um m�dico turco, Yusuf Ercin Sonmez. Os dois j� haviam sido mencionados em um julgamento em 2013 por tr�fico de �rg�os no Kosovo, mas n�o foram indiciados por n�o terem sido colocados � disposi��o do tribunal europeu.
Outro acusado, Zaki Shapira, considerado um especialista no transplante de �rg�os, foi chefe do departamento de transplantes no hospital Beilinson, perto de Tel Aviv, at� se aposentar em 2003.
Ele fazia parte "integral" das atividades ilegais de outros r�us no Kosovo, Azerbaij�o e Sri Lanka, informou o minist�rio.
"Ele explorou sua fama para ajudar outras pessoas acusadas a atrair potenciais benefici�rios, cuidando dos tr�mites administrativos e verificando a qualidade dos hospitais e dos m�dicos que realizavam os transplantes", acrescentou.
Em abril de 2013, um tribunal europeu condenou cinco m�dicos kosovares a penas de at� oito anos de pris�o por tr�fico de �rg�os humanos no Kosovo. Os doadores eram recrutados na Europa e na �sia Central, sob a promessa de 15.000 euros, enquanto os receptores de �rg�os estavam dispostos a pagar at� 100.000 euros para tal interven��o.
Na acusa��o, Moshe Harel foi apresentado como sendo o c�rebro da rede de recrutamento de doadores e receptores de �rg�os, enquanto Yusuf Ercin Sonmez era suspeito de ter realizado os transplantes.