O maior acelerador de part�culas do mundo, o LHC do Cern (Organiza��o Europeia para a Pesquisa Nuclear), anunciou nesta ter�a-feira a descoberta de uma nova classe de part�culas, os pentaquarks - cuja exist�ncia se suspeitava, mas nunca havia sido confirmada pelos cientistas.
O pentaquark "� composto de quarks, ou seja, os constituintes b�sicos de pr�tons e n�utrons, reunidos em uma configura��o que, em mais de cinquenta anos de pesquisa experimental, nunca tinha sido observada", disse o porta-voz do LHCb, Guy Wilkinson, em comunicado.
"O estudo de suas propriedades pode nos permitir entender melhor como compreender a mat�ria comum, isto �, os pr�tons e n�utrons de que todos n�s somos compostos", acrescentou.
Desde 3 de junho, ap�s dois anos de manuten��o e reparos, o LHC come�ou uma fase de novas experi�ncias com uma energia quase duplicada em rela��o ao alcan�ado durante o primeiro per�odo de explora��o que durou tr�s anos e permitiu em 2012 confirmar a exist�ncia do b�son de Higgs, que � considerado a pedra angular da estrutura fundamental da mat�ria.
"O experimento LHCb no Large Hadron Collider do Cern anunciou hoje a descoberta de uma categoria de part�culas chamada pentaquarks", explicaram os cientistas em comunicado.
Enterrado a cerca de 100 metros de profundidade ao longo do anel do LHC, est�o quatro "experi�ncias" - quatro detectores respons�veis pelo controle das colis�es que os cientistas devem, em seguida, analisar.
Um deles, o LHCb procura compreender as diferen�as entre mat�ria e antimat�ria, analisando alguns quarks.
Em 1964, o f�sico norte-americano Murray Gell-Mann revolucionou a compreens�o da estrutura da mat�ria postulando a exist�ncia de part�culas conhecidas conhecidas como quarks.
"O modelo de quarks permite a exist�ncia de outros estados compostos de quarks, incluindo pentaquarks compostos por quatro quarks e um antiquark. At� agora, por�m, nenhuma observa��o conclusiva da exist�ncia dos pentaquarks havia sido notificada", informou o Cern.
As experi�ncias anteriores que procuravam os pentaquarks n�o tinham conseguido encontrar resultados convincentes.
O resultado diferente para o LHCb � fruto, segundo o Cern, de uma experi�ncia "capaz de buscar pentaquarks de muitos �ngulos diferentes".
"� um pouco como se os estudos anteriores tivessem procurado silhuetas no escuro, enquanto o LHCb realizou sua pesquisa em plena luz do dia, e de todos os �ngulos", detalhou o Cern.
O pr�ximo passo na an�lise � estudar como os quarks est�o vinculados no interior dos pentaquarks.