Addis Ababa, 27 - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu aos l�deres da Eti�pia para acabarem com a repress�o � liberdade de imprensa e � abertura pol�tica, no momento em que inicia sua visita ao pa�s - bastante criticada por grupos de direitos humanos que afirmam que a viagem legitima um governo opressivo.
"Quando todas as vozes est�o sendo escutadas, quando as pessoas sabem que est�o sendo inclu�das no processo pol�tico, isso faz o pa�s mais bem sucedido", disse Obama durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro da Eti�pia, Hailemariam Desalegn.
A viagem marca a primeira visita de um presidente norte-americano em atividade na Eti�pia, que vive um crescimento na economia, ap�s ser conhecido como um pa�s marcado pela pobreza e fome.
No final desta segunda-feira, Obama participou de uma reuni�o com l�deres africanos sobre a crise no Sud�o do Sul, afirmando-os que espera que a discuss�o ajude a "trazer o tipo de paz que as pessoas do Sud�o do Sul precisam desesperadamente".
"As condi��es no local est�o ficando muito, muito piores", declarou Obama durante a coletiva de imprensa. Ele disse que se um acordo de paz n�o for alcan�ado at� o prazo final, em 17 de agosto, os EUA e seus aliados ter�o de "considerar que outras ferramentas tem".
As op��es em considera��o incluem o aumento das san��es econ�micas ao pa�s e um embargo de armas.
Obama chegou na Eti�pia no final do domingo, ap�s viagem ao Qu�nia, pa�s aonde nasceu seu pai. A crise no Sud�o do Sul e os desafios de direitos humanos pontuaram a viagem que tinha o objetivo de celebrar a visita do primeiro presidente negro dos EUA no continente africano.
Apesar do progresso na Eti�pia, h� grandes preocupa��es em rela��o as liberdades pol�ticas no pa�s, no qual nas �ltimas elei��es, em maio, o partido do governo ganhou todas as cadeiras no Parlamento.
Obama afirmou que foi sincero em suas discuss�es com os l�deres africanos sobre a necessidade de permitir que oponentes pol�ticos ajam livremente. Ele tamb�m defendeu sua decis�o de viajar para a Eti�pia, comparando com a rela��o dos EUA com a China, outro pa�s que enfrenta problemas de direitos humanos.
"Ningu�m questiona nossa necessidade de relacionamento com pa�ses grandes que podemos ter diferen�as nessas quest�es", ele disse. "Isso tamb�m se aplica no continente africano", comentou. Fonte: Associated Press.