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Estado de Minas

Vaticano suspende padre que se revelou homossexual e admitiu ter um companheiro

An�ncio ocorreu um dia antes do in�cio do s�nodo - reuni�o de autoridades cat�licas - sobre a fam�lia


postado em 03/10/2015 16:58

(foto: AFP Photo/Tiziana Fabi)
(foto: AFP Photo/Tiziana Fabi)

O Vaticano declarou neste s�bado que considera muito grave o fato de que um padre polon�s tenha anunciado sua homossexualidade � imprensa, um dia antes do in�cio do s�nodo sobre a fam�lia, e decidiu suspend�-lo de suas fun��es.

O padre Krysztof Olaf Charamsa, de 43 anos, nascido em Gdynia, na Pol�nia, revelou ser gay a dois jornais, e admitiu ter um companheiro. "Sei que terei de renunciar a meu minist�rio, apesar de ser a minha a vida", declarou ao jornal italiano Corriere della Sera.

"Sei que a Igreja me ver� como algu�m que n�o soube cumprir com seu dever (castidade), que se extraviou e, se n�o fosse pouco, n�o com uma mulher e sim com um homem!", acrescentou.

O Vaticano n�o demorou a reagir. A escolha de fazer uma declara��o t�o impactante um dia antes da abertura do s�nodo � muito grave e irrespons�vel", afirmou o padre Federico Lombardi, "porque tenta submeter � assembleia dos bispos a uma press�o midi�tica injustificada".

"Evidentemente, o monsenhor Krysztof Olaf Charamsa n�o poder� continuar desempenhando suas fun��es precedentes na Congrega��o para a Doutrina da F�", um organismo subordinado ao Vaticano e encarregado de vigiar o respeito do dogma cat�lico.

O padre polon�s tem o t�tulo de monsenhor gra�as a suas fun��es na Congrega��o para a Doutrina da F�, que � a antiga Santa Inquisi��o.

O Vaticano afirmou que os superiores hier�rquicos de sua diocese dever�o decidir se conserva sua condi��o de padre, algo que parece pouco prov�vel, depois que Charamsa admitiu ter um companheiro.

O padre polon�s afirmou ainda que sobre a quest�o da homossexualidade, "a Igreja est� muito atrasada em rela��o aos conhecimentos que a humanidade alcan�ou", afirmou, assegurando que "n�o se pode esperar outros 50 anos".

"� hora da Igreja abrir os olhos ante os homossexuais crentes e entender que a solu��o que prop�e, isto �, a abstin�ncia total e uma vida sem amor, n�o � humana", enfatizou.

"O clero � amplamente homossexual e tamb�m, infelizmente, homof�bico at� a paranoia, porque est� paralisado pela falta de aceita��o de sua pr�pria orienta��o sexual", acrescentou, desta vez falando � revista Newsweek.

"Desperta, Igreja, deixe de perseguir os inocentes. N�o quero destruir a Igreja, quero ajud�-la e, principalmente, quero ajudar os perseguidos. Minha sa�da do arm�rio tem de ser um chamado para o s�nodo, para que a Igreja pare com suas paranoias em rela��o �s minorias sexuais", sentenciou.

"Gostaria de dizer ao s�nodo que o amor homossexual � um amor familiar, que necessita de uma fam�lia. Todos, incluindo os gays, as l�sbicas, os transexuais, t�m no cora��o o desejo de amor de fam�lia".

O padre polon�s confessa que sempre se sentiu homossexual, mas, que a princ�pio, n�o se aceitava e repetia o que a Igreja impunha, "o princ�pio segundo o qual a homossexualidade n�o existeel principio seg�n el cual 'la homosexualidad no existe'".

Depois de conheer seu companheiro, teve "a sensa��o de se converter num padre melhor, de realizar melhores serm�es, de ajudar melhor as pessoas, e de ser cada vez mais feliz", contou � Newsweek.

O fato de ter admitido que possui um companheiro coloca o padre polon�s, de fato, em contradi��o com os votos que pronunciou no momento de sua ordena��o como padre e ele deveria, portanto, voltar � condi��o de laico, explicou um vaticanista contactado por la AFP.

O papa Francisco abrir� neste domingo um segundo s�nodo sobre a fam�lia, onde se debater� a quest�o da homossexualidade. O tema divide profundamente a a Igreja cat�lica, e alguns consideram a quest�o um transtorno que � preciso combater, enquanto que outros acreditam que � uma realidade que deve ser levada em conta.


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