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Estado de Minas

ONU condena bombardeio a hospital que matou 19 no Afeganist�o


postado em 03/10/2015 20:55

Um suposto ataque a�reo americano a um hospital da cidade afeg� de Kunduz matou 19 pessoas neste s�bado, informou a organiza��o humanit�ria M�dicos sem Fronteiras (MSF), um bombardeio que a ONU classificou de indesculp�vel.

Os Estados Unidos prometeram "uma investiga��o completa do ataque" ao hospital, que vinha funcionando al�m de sua capacidade, durante combates em que o talib� tomou por v�rios dias o controle da capital provincial.

O ataque deixou o pr�dio em chamas e dezenas de pessoas gravemente feridas. Fotografias publicadas pela MSF mostram funcion�rios da ONG em estado de choque.

Segundo a MSF, o bombardeio prosseguiu por mais de 30 minutos depois que a ONG avisou aos ex�rcitos americano e afeg�o que estava sendo atingida por proj�teis.

O alto comiss�rio para os Direitos Humanos das Na��es Unidas, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu uma investiga��o completa e transparente dos fatos, e assinalou que, diante de uma corte de Justi�a, "o bombardeio a um hospital pode ser considerado crime de guerra".

"Este fato � totalmente tr�gico, indesculp�vel e, inclusive, criminoso", acrescentou Zeid em um comunicado.

O secret�rio de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que foi aberta uma "investiga��o exaustiva" do bombardeio, mas n�o informou se o ataque foi realizado pelas for�as americanas.

Carter assinalou que "as for�as americanas, em apoio �s for�as de seguran�a afeg�s, operam perto do local, assim como os talib�s".

O Minist�rio da Defesa afeg�o lamentou o ataque, mas informou que "um grupo de terroristas armados vinha usando o pr�dio do hospital como posi��o para atingir for�as afeg�s e civis".

No momento do bombardeio, 105 pacientes e pessoal sanit�rio e mais de 80 funcion�rios internacionais e locais se encontravam no hospital.

A organiza��o informou, na v�spera, que 59 crian�as estavam sendo atendidas no centro.

"As for�as americanas realizavam um ataque a�reo em Kunduz contra pessoas pessoas que amea�avam as for�as da coaliz�o, o que pode ter provocado danos colaterais em um centro m�dico nas proximidades do alvo", declarou � AFP o coronel Brian Tribus, porta-voz da miss�o da Otan no Afeganist�o.

Um residente local contou que seis amigos, todos m�dicos e enfermeiros, estavam desaparecidos, e que familiares das pessoas internadas estavam com medo de sair de casa por causa dos disparos entre o Ex�rcito e o talib�.

Consterna��o

O centro de traumatologia da MSF em Kunduz � a �nica instala��o m�dica na regi�o que pode tratar les�es graves.

"Estamos profundamente consternados com o ataque, com a morte de nossos funcion�rios, e com o alto pre�o infringido a um centro de sa�de de Kunduz", declarou o diretor de opera��es da MSF, Bart Janssens.

"Nossa equipe m�dica est� proporcionando os primeiros socorros e o tratamento de pacientes feridos. Pedimos a todas as partes que respeitem a seguran�a das instala��es de sa�de e de seu pessoal", acrescentou.

Kunduz est� mergulhada numa crise humanit�ria, com milhares de civis encurralados pelo fogo cruzados das duas for�as, as tropas do governo e os rebeldes talib�s.

No momento, n�o se conhece com exatid�o o n�mero de v�timas dos combates travados naquela localidade, mas autoridades disseram ontem que ao menos 60 pessoas morreram e 400 ficaram feridas.

Em um comunicado, os talib�s acusaram "as for�as americanas b�rbaras" de terem realizado o ataque contra o hospital "de forma deliberada, matando e ferindo dezenas de m�dicos, enfermeiras e pacientes".

Desde que foram expulsos do poder, em 2001, por uma coaliz�o liderada pelos Estados Unidos, os talib�s concentram seus ataques em seus redutos do sul.

Mas no �ltimos meses, refor�aram suas posi��es na zona de Kunduz, uma cidade estrat�gica na rota para o Tadjiquist�o.

O Ex�rcito assegurou ter recuperado o controle de Kunduz, o que est� longe de significar uma vit�ria a longo prazo de Cabul contra os talib�s.

Durante tr�s dias de ocupa��o, muitos moradores fugiram, e a possibilidade de retorno ao regime fundamentalista dos talib�s (1996-2001) assustou especialmente as mulheres.

A breve tomada de Kunduz, de 300 mil habitantes, constituiu o primeiro grande �xito do novo l�der dos talib�s, o mul� Akhtar Mansur, nomeado ap�s o an�ncio, em julho, da morte de seu antecessor, o mul� Omar. A designa��o provocou divis�es internas no grupo.


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