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Aos cem anos, teoria da relatividade de Einstein continua atual


postado em 19/10/2015 19:22

A teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que transformou nossa compreens�o do universo e seus fen�menos, comemora seu centen�rio este ano sem ter perdido vigor. Todos os experimentos realizados para verifica��o conseguem comprov�-la.

"Einstein mudou nossa percep��o das coisas mais fundamentais, que s�o o espa�o e o tempo, e nos abriu os olhos ao cosmos e alguns de seus objetos mais interessantes, como os buracos negros", explicou � AFP David Kaiser, professor de f�sica e de hist�ria da ci�ncia do famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O famoso f�sico que passou os �ltimos anos de sua vida na Universidade de Princeton, no leste dos Estados Unidos, apresentou sua teoria em 25 de novembro de 1915 na Academia Prussiana de Ci�ncias. O documento foi publicado em mar�o de 1916 na revista Annalen Der Physik.

A Relatividade Geral, uma das teorias mais revolucion�rias da hist�ria, representou um salto imenso sobre a lei da gravita��o universal de Isaac Newton de 1687, ao mostrar que "o espa�o e o tempo n�o s�o imut�veis, mas fen�menos din�micos submetidos a uma evolu��o, assim como outros processos do Universo", explica Michael Turner, professor de f�sica e cosmologia da Universidade de Chicago.

Einstein avan�ou a teoria da relatividade em 1905 ao descrever a distor��o de tempo e espa�o por um objeto que se move a uma velocidade pr�xima � velocidade da luz, o que em si � imut�vel. Tamb�m produziu sua famosa equa��o E = mc2, que desafiou as hip�teses da �poca, segundo as quais a energia e a massa eram diferentes. Ele demonstrou que tratava-se da mesma coisa, sob formas diferentes.

Precursor do GPS

Dez anos mais tarde, a Relatividade Geral ofereceu uma vis�o mais ampla ano explicar que a gravidade � uma curvatura no espa�o-tempo na presen�a de uma massa. Assim, o tempo passa mais lentamente na proximidade de um campo gravitacional como o de um planeta do que no vazio do espa�o.

Este corol�rio foi verificado comparando dois rel�gios at�micos, um deles na Terra e outro num avi�o em grande altitude, que mostrou-se ligeiramente mais atrasado.

O GPS � uma aplica��o deste fen�meno. Os sat�lites t�m rel�gios extremamente precisos ajustados para levar em conta esta diferen�a de tempo, sem a qual os GPS n�o poderiam funcionar.

Segundo a teoria da Relatividade Geral, a luz tamb�m se curva por causa de campos gravitacionais potentes, algo que o astr�nomo brit�nico Arthur Eddington confirmou com suas observa��es em 1919.

Einstein tamb�m previu que as estrelas no final da vida, quando j� esgotaram seu combust�vel nuclear, entram em colapso sob sua pr�pria gravidade. Sua envoltura externa explode numa supernova, e seu cora��o se transforma num objeto muito denso chamado "estrela de n�utrons" ou "pulsar", que gira muito r�pido sobre si mesma. Assim, estas estrelas podem transformar-se num buraco negro, cujo gigantesco campo gravitacional curva tanto o espa�o que a luz n�o pode escapar.

Segundo Einstein, estes corpos celestes, devido a sua massa, teriam que provocar ondula��es no espa�o-tempo, assim como uma pedra forma ondas na �gua.

Trata-se das ondas gravitacionais que os astr�nomos esperam observar diretamente, explica Kaiser. "Isso confirmaria uma das �ltimas grandes previs�es de Einstein, que ainda n�o foi verificada", conta.

Alguns instrumentos constru�dos com esta finalidade, como o Observat�rio LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nos Estados Unidos, ou o interfer�metro laser VIRGO na Europa, poderiam detectar essas ondas nos pr�ximos anos, estima o pesquisador.

Teoria das cordas

No entanto, o maior desafio � conciliar a teoria da relatividade geral com a f�sica qu�ntica, os dois grandes pilares da f�sica moderna. A f�sica qu�ntica, ao contr�rio da relatividade, funciona perfeitamente para descrever os fen�menos em n�vel at�mico, com v�rias aplica��es que v�o desde o transistor aos computadores, mas n�o funciona no n�vel do Universo.

Para o professor Turner, a teoria mais promissora para tal concilia��o � a teoria das cordas, segundo a qual as bases fundamentais da mat�ria n�o seriam as part�culas, mas uma esp�cie de cordinhas el�sticas que vibram em diferentes frequ�ncias.

"Esta teoria poderia responder eventualmente � pergunta fundamental da natureza do tempo e o espa�o (...) e sugere a exist�ncia poss�vel de outras dimens�es", explicou � AFP.

Segundo o especialista, "a teoria das cordas � como uma grande cesta vazia na qual podemos colocar as esperan�as e os sonhos", enquanto "ficamos prontos para a pr�xima etapa, para o pr�ximo Einstein".


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