O Airbus A321 que caiu no s�bado no Egito estava "em excelente estado t�cnico" e apenas uma "a��o externa" pode explicar o acidente, assegurou nesta segunda-feira um diretor da companhia a�rea Metrojet, que tamb�m excluiu erro humano.
Contudo, a ag�ncia federal russa encarregada pelo transporte a�reo, Rosaviatsia, contestou as primeiras conclus�es da Metrojet, considerando "prematuras". "N�o h� nenhuma raz�o para tirar conclus�es sobre as causas da destrui��o em voo da aeronave", declarou seu diretor, Alexandre Neradko, considerou que "muito trabalho" ainda � necess�rio na an�lise dos destro�os e das caixas-pretas.
Neste sentido, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reiterou que "nenhuma pista pode ser exclu�da", mas que "n�o se pode brincar de adivinha��o".
No Cairo, a an�lise das caixas pretas foi iniciada.
Em S�o Petersburgo, as fam�lias das v�timas come�aram a identificar os seus entes queridos ap�s a chegada de um primeiro avi�o transportando 140 corpos.
Um segundo avi�o com os corpos de outras v�timas deve decolar ainda nesta segunda-feira �s 18h00 GMT (16h00 de Bras�lia) do Cairo, segundo anunciou Vladimir Svetelsky, funcion�rio do minist�rio das Situa��es de Emerg�ncia russo.
O contato com o avi�o acidentado, que se dirigia para S�o Petersburgo, foi perdido quando ele voava a mais de 30.000 p�s (mais de 9.000 metros), uma altitude de cruzeiro.
"O avi�o estava em excelente estado t�cnico", declarou durante uma coletiva de imprensa o diretor geral da companhia, Alexandre Smirnov.
"N�s exclu�mos uma falha t�cnica ou ainda um erro de pilotagem", acrescentou, ressaltando que "a �nica causa poss�vel � uma a��o externa".
Ele n�o comentou sobre que a��o ou fator externo poderia ter causado a trag�dia.
A aeronave da companhia Metrojet, que pertence ao transportador Kogalymavia, caiu no Sinai eg�pcio nas primeiras horas de s�bado, 23 minutos ap�s sua decolagem do balne�rio de Sharm El-Sheikh.
A cat�strofe a�rea, a pior conhecida pela R�ssia, fez 224 mortos (217 passageiros e sete tripulantes).
"Tudo leva a crer que desde o in�cio da cat�strofe, a tripula��o perdeu o controle total" do avi�o, afirmou Smirnov.
"O avi�o estava incontrol�vel, ele n�o voava, ele caia, e a passagem de uma situa��o de voo para uma situa��o de queda se explica aparentemente pelo fato de o avi�o ter sofrido danos a sua estrutura", explicou sem fornecer mais detalhes.
Ele indicou ainda que os pilotos "n�o tentaram entrar em contato por r�dio com os controladores a�reos no ch�o".
No domingo, o chefe dos peritos aeron�uticos envolvidos na investiga��o, Viktor Sorotchenko, indicou que o avi�o havia se despeda�ado no ar, o que explicava os destro�os espalhados por uma �rea de 20 km2.
As autoridades eg�pcias e russas disseram que ainda n�o poderiam anunciar a causa do acidente, mas a hip�tese de um ataque permanece plaus�vel, ap�s a reivindica��o pelo ramo eg�pcio do grupo jihadista Estado Isl�mico (EI), que anunciou no s�bado que havia destru�do o avi�o em resposta aos bombardeios russos na S�ria.
Em Washignton, o chefe da intelig�ncia americana, James Clapper, considerou "improv�vel" que o grupo Estado Isl�mico tenha os meios para abater um avi�o comercial em pleno voo, mas afirmou que n�o poderia "excluir" essa possibilidade.
Homenagem �s v�timas
Pela primeira vez desde a trag�dia, o presidente Vladimir Putin apareceu a televis�o. Durante um encontro com seu ministro dos Transportes, Maxime Sokolov, agradeceu os habitantes de S�o Petersburgo e insistiu na necssidade de ter informa��es "objetivas sobre o que passou".
"� uma terr�vel trag�dia. Neste momento, � importante sentir (...) o apoio de todo o pa�s", acrescentou o presidente russo.
Imediatamente ap�s a chegada dos primeiros corpos no aeroporto de S�o Petersburgo, na madrugada desta segunda-feira, eles foram levados para um cremat�rio para o processo de identifica��o.
Para facilitar a identifica��o, familiares dos passageiros fornecem desde s�bado amostras de DNA em um centro de crise pr�ximo ao aeroporto, onde um memorial improvisado foi criado em homenagem aos mortos.
Milhares de pessoas prestaram homenagem domingo � noite em S�o Petersburgo, a segunda maior cidade da R�ssia, aos 217 passageiros e sete tripulantes que morreram no desastre, todos eram russos, exceto tr�s ucranianos.
Um oficial do ex�rcito indicou � AFP domingo � noite que 168 corpos haviam sido encontrados.
Desde o an�ncio do desastre, todos os olhos se voltaram para a Metrojet, uma pequena companhia que freta avi�es.
Uma investiga��o foi aberta na R�ssia para verificar poss�veis viola��es dos regulamentos e buscas foram realizadas nas instala��es da empresa.
"Estamos certos de que nossos aparelhos est�o em bom estado de funcionamento e que o n�vel de nossos pilotos corresponde aos padr�es internacionais, ou at� mais", insistiu nesta segunda-feira a porta-voz da Metrojet, Oxana Golovina.