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Estado de Minas

Paris tem s�bado at�pico com lojas e pontos tur�sticos vazios


postado em 14/11/2015 17:10

Lojas de departamentos, grifes tradicionais, museus, torre Eiffel, avenida Champs Elys�es: estes emblem�ticos s�mbolos parisienses, disputados por turistas do mundo inteiro, estavam praticamente desertos neste s�bado, acertados em cheio pelos atentados da noite de sexta-feira.

Os ataques simult�neos castigaram o centro de Paris, capital que est� no primeiro lugar dos destinos tur�sticos do mundo, em um momento em que o governo fixou a meta ambiciosa de receber 100 milh�es de turistas estrangeiros em 2020.

No s�bado, os principais museus, entre eles o Louvre e o Pal�cio de Versalhes, v�rias salas de espet�culo, como a �pera, assim como a Eurodisney permaneceram fechados. A Torre Eiffel, s�mbolo de Paris, n�o abrir� at� nova ordem.

�s 9H30, em frente ao Louvre, apenas 15 pessoas aguardavam a abertura do museu. Entre eles, Lionel, um arquiteto de 45 anos, que veio de Genebra passar o fim de semana em Paris.

"N�o tenho vontade de voltar a Genebra ou de me esconder em um hotel", explicou. "Espero que abram. N�o se deve ser derrotista, sen�o n�o vamos ganhar deles", acrescentou, antes de o museu abrir para em seguida fechar as portas nas �ltimas horas da manh�.

As grandes lojas abriram as portas. Mas algumas delas decidiram por fim fechar horas depois.

Depois de ter manifestado sua "vontade de resistir", as Galeries Lafayette anunciaram em um comunicado que cederiam diante das "dificuldades de garantir uma qualidade de servi�o �tima".

Diante das vitrines, j� enfeitadas para o Natal, ningu�m parava. Os bonecos animados se mexiam para pedestres apressados. Os soldados da sequ�ncia de Guerra nas Estrelas pareciam solit�rios, firmes, com suas armaduras brancas.

No bulevar Haussmann, grande rua comercial, agora patrulhada por policiais, uma mulher passa falando ao celular: "N�o v� para as grandes lojas, de nada serve correr o risco de ir a um poss�vel alvo", recomenda a mulher ao seu interlocutor.

Em frente � Printemps, outra c�lebre grande loja de departamentos, s� os acessos adjacentes davam a leve impress�o de movimento, gra�as a um grupo de chineses que aguardava para entrar, encabe�ado por uma guia. Na sexta-feira, "estavam em Berlim e no domingo estar�o em Roma, n�o est�o sabendo de nada", diz a mulher.

"Durante tr�s horas, depois de (os atentados de janeiro) Charlie Hebdo, n�o havia ningu�m na loja, os clientes voltaram depois para as promo��es, mas agora o que chega � para as festas de fim de ano", disse uma vendedora, preocupada.

O caf� Starbucks do bulevar est� vazio. Desde a abertura, uma hora e meia antes, Brian, um dos gar�ons, s� contou tr�s clientes, que n�o demoraram em sair.

No mesmo momento, vendedoras da loja H&M; p�em precipitadamente cartazes que advertem: "para a seguran�a das nossas equipes e dos nossos clientes, estaremos fechados excepcionalmente hoje".

"S�o uns covardes, isto � tudo", protestou um cliente enquanto se distanciava.

Na pra�a da Conc�rdia, alguns turistas tiram fotos enquanto falam dos atentados da v�spera.

Apesar de tudo, os parisienses levam o cachorro para passear, compram jornal e saem para correr, enquanto militares com roupas de combate patrulham as esta��es ferrovi�rias.

"Tenho medo de olhar as pessoas no rosto, do que podem pensar ou fazer. Eu sou �rabe. D� para notar?", disse F�tima, em um bar.

Luc, de 46 anos, entra no mesmo bar: "N�o consigo entender. Dizem que frustraram atentados, que prenderam gente e agora tem caras que atiram contra todo mundo em uma casa de shows em plena Paris. N�o � normal que n�o sejamos capazes de proteger esta cidade".

Paranoia

Franck e Astrid, que chegaram da cidade francesa de Vichy (centro) para celebrar seus 16 anos de casados, encontraram o museu de cera Gr�vin fechado em "solidariedade �s v�timas", segundo sua diretora-geral, B�atrice Cristofari.

"Hesitamos, mas por fim decidimos sair", disse Franck.

Atacaram "um bar, um restaurante, uma casa de shows e o Stade de Fran�a (...) Vamos ficar com psicose, n�o h� alternativa", continuou Astrid.

Dois casais de amigos belgas, que vieram a Paris passar o fim de semana, s�o fatalistas, lembrando que ao menos dois de seus compatriotas morreram nos atentados.

"Vivemos com medo, mas n�o vamos deixar de viajar, � o que os terroristas querem, que a gente n�o saia de casa", disse Jeanine, uma das mulheres.

O premi� belga, Charles Michel, pediu neste s�bado que seus compatriotas evitem viajar a Paris "se n�o for estritamente necess�rio".

Na sofisticada avenida Montaigne, assim como a maioria das grifes, a 'maison' Gucci anuncia em um cartaz que permanecer� fechada. E na Champs Elys�es, os terra�os dos caf�s da chamada "mais bela avenida do mundo" est�o vazios. Na mesma avenida, as principais lojas de moda, como a Zara, est�o fechadas.

Na pra�a da Rep�blica, onde uma grande manifesta��o se seguiu aos atentados de janeiro em Paris, pedestres acendem velas e colocam pap�is com poemas em homenagens aos mortos e feridos de sexta-feira. Policiais permitem que fiquem ali por alguns segundos para depois pedir que evitem permanecer agrupados. Por raz�es de seguran�a, o governo proibiu as aglomera��es.


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