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Estado de Minas

Fran�a declara guerra ao Estado Isl�mico e investiga��o se estende � B�lgica

O EI reivindicou a carnificina sem precedentes ocorrida em Paris, que deixou 129 mortos e 352 feridos


postado em 14/11/2015 20:10 / atualizado em 14/11/2015 21:18

(foto: AFP PHOTO / ANTHONY DORFMANN )
(foto: AFP PHOTO / ANTHONY DORFMANN )

A Fran�a est� em guerra e atacar� o Estado Isl�mico at� destru�-lo, afirmou neste s�bado o governo franc�s depois que o grupo jihadista radical assumiu os atentados que na noite de sexta-feira deixaram 129 mortos e 352 feridos, sendo que 99 em estado grave.

"Quero dizer aos franceses que estamos em guerra. Sim, estamos em guerra e vamos atuar e atingir esse inimigo jihadista para destru�-lo na Fran�a, na Europa, na S�ria e no Iraque", afirmou primeiro-ministro franc�s Manuel Valls.

O EI reivindicou a carnificina sem precedentes ocorrida em Paris e qualificada de "ato de guerra" pelo presidente Fran�ois Hollande, que provocou um grande choque em um pa�s j� atingido por atentados jihadistas h� 10 meses."Oito irm�os usando cintos explosivos e armados com fuzis atacaram locais cuidadosamente escolhidos, no cora��o de Paris", afirma o comunicado, publicado em duas vers�es, em �rabe e em franc�s.

"O que aconteceu ontem foi um ato de guerra cometido pelo Daesh (acr�nimo em �rabe de EI). Ele foi preparado, organizado, planejado no exterior, com c�mplices internos que a investiga��o dever� estabelecer", declarou Hollande durante uma breve alocu��o no pal�cio do Eliseu. "Que a Fran�a e aqueles que seguem seu rumo saibam que ser�o os alvos principais do Estado Isl�mico", advertiu ainda a organiza��o jihadista. Membro coaliz�o internacional contra o EI, a Fran�a bombardeia alvos no Iraque h� mais de um ano e na S�ria desde setembro.

Ramifica��o belga

As investiga��es da bem coordenada s�rie de atentados tiveram alguns elementos revelados neste s�bado pelo procurador-geral Fran�ois Molins. "Sete terroristas morreram no curso de suas a��es criminosas", afirmou, em uma coletiva de imprensa. Os locais dos ataques foram a casa de shows Le Bataclan, outros quatro pontos do leste da capital e as imedia��es do Stade de France, onde Hollande assistia uma partida amistosa entre as sele��es da Fran�a e da Alemanha.

Molins fez um relato cronol�gico dos seis atentados que come�aram �s 21H20 local (18H20 de Bras�lia) com a explos�o de um primeiro camicase perto do Stade de France e conclu�ram depois da meia-noite, com o a resposta das for�as de seguran�a francesas � tomada de ref�ns realizada por tr�s indiv�duos no Bataclan. A agress�o resultou em 89 mortos, inclusive a dos dois camicases que detonaram seus cintur�es de explosivos. O terceiro foi abatido pela pol�cia. Os extremistas atuaram em tr�s grupos e usaram ao menos dois ve�culos de cor negra, um Seat e um VW Polo, este �ltimo com matr�cula belga.

O Polo foi alugado na B�lgica por um franc�s interpelado neste s�bado pelas autoridades belgas junto a outras duas pessoas, todas residentes neste pa�s e desconhecidas dos servi�os antiterroristas francese. Segundo o procurador, os atacantes evocaram a situa��o na S�ria e no Iraque ao se dirigir aos ref�ns no Bataclan. Usaram fuzis de guerra Kalashnikov com balas de 7,62 mm e explosivos TATP de per�xido de nitrog�neo em seus coletes.

Um dos atacantes do Bataclan foi formalmente identificado gra�as �s impress�es digitais de um dedo cortado pela explos�o autoinfligida pelo terrorista. Trata-se de um homem de nacionalidade francesa, nascido em 1985 no departamento de Essonne, perto de Paris, condenado em oito oportunidades por delitos menores, apesar de nunca ter cumprido penas de pris�o. Em 2010, foi fichado como "radicalizado" pelos servi�os de intelig�ncia.

O procurador confirmou que um dos terroristas possu�a passaporte s�rioi com ano de nascimento 1990, pertencente a um indiv�duo desconhecido pelos servi�os de intelig�ncia. As autoridades gregas tamb�m indicaram que o passaporte correspondia ao de um migrante s�rio chegado no m�s passado a uma ilha grega, onde se cadastrou como candidato a estatuto de refugiado.  "Confirmamos que o dono do passaporte chegou � Ilha de Leros em 3 de outubro e foi cadastrado sob regras europeias", indicou em um comunicado o ministro para a Prote��o Cidad� grego, Nikos Toskas.

A pol�cia grega igualmente informou que as autoridades francesas verifiquem tamb�m a proced�ncia de um segundo suspeito. A procuradoria federal belga, por sua vez, abriu uma investiga��o antiterrorista vinculada aos atentados de Paris. A instru��o foi iniciada depois do pedido da procuradoria de Paris em fun��o do ve�culo matriculado e alugado na B�lgica.

A pol�cia belga tamb�m procedeu a v�rias deten��es em Bruxelas, segundo o minist�rio da Justi�a belga. Um Conselho de Defesa realizado no Pal�cio do Eliseu decidiu pela mobiliza��o de 1.500 militares adicionais e o refor�o dos controles nas fronteiras.

Uni�o

Paris amanheceu em estado de choque e completamente descaracterizada pela falta de agita��o t�o comum da cidade.

Lojas de departamentos, grifes tradicionais, museus, torre Eiffel, avenida Champs Elys�es, estes emblem�ticos s�mbolos parisienses, disputados por turistas do mundo inteiro, estavam praticamente desertos, com os parisienses e turistas atendendo aos pedidos das autoridades para ficar em casa.

Na regi�o de Paris, as escolas e universidades ficaram fechadas e os eventos esportivos suspensos neste fim de semana. Em um movimento de uni�o nacional, os principais partidos franceses j� anunciaram a suspens�o de sua campanha para as elei��es regionais marcadas para dezembro.

V�rias foram as demonstra��o de solidariedade para com o povo franc�s, a come�ar pelo presidente Barack Obama, o primeiro a se pronunciar e assegurar sua alian�a com Paris. A equipe de reda��o da revista sat�rica Charlie Hebdo expressou sua revolta dez meses de sofrer um epis�dio tamb�m traum�tico.

"Toda a equipe do Charlie Hebdo compatilha de seu terror e revolta", declarou a equipe em um comunicado. "Charlie Hebdo se solidariza com ador das v�timas e expressa seu apoio a suas fam�lias". Doze jornalistas, entre os quais cinco chargistas, foram mortos em 7 de janeiro na reda��o da revista por dois jihadistas franceses que reivindicaram ser da fac��o da Al-Qaeda da Pen�nsula Ar�bica.


Brasileiros

Centenas de pessoas prestaram homenagens �s v�timas comparecendo aos locais dos ataques para deixar floretes e velas acesas. Pelo menos 15 estrangeiros morreram nos atentados, entre eles uma estudante americana, dois chilenos, um espanhol, um portugu�s, dois belgas, dois romenos, um brit�nico, duas tunisianas, dois argelinos e um marroquino.

V�rios americanos se encontram entre os feridos, cujo n�mero n�o foi divulgado. O Minist�rio brasileiro das Rela��es Exteriores confirmou dois brasileiros entre os feridos nos ataques.


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