
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, informou neste domingo que ser� mantido na segunda-feira em Bruxelas o alerta m�ximo antiterrorista. O metr� e as escolas n�o ir�o funcionar diante do risco de amea�as "s�rias e iminentes" de atentados. "A amea�a � considerada s�ria e iminente", disse Michel, ao explicar as causas do prolongamento do estado m�ximo de alerta antiterrorista, vigente desde s�bado.
A decis�o de manter o n�vel 4 de alerta m�ximo na regi�o de Bruxelas foi adotada em uma reuni�o ministerial. No resto do pa�s ser� mantido o n�vel 3 (amea�a "poss�vel e veross�mil"). "Tememos ataques similares aos de Paris, de v�rios indiv�duos, com ofensivas em v�rios lugares ao mesmo tempo, contra lugares muito frequentados", disse Michel, retomando as mesmas explica��es da v�spera.
As autoridades voltar�o a avaliar a situa��o na segunda-feira � tarde. Neste domingo, al�m do metr� paralisado, as pra�as e os mercados estavam vazios. Museus e salas de espet�culo fecharam suas portas. "Um grupo de 140 pessoas pediu ontem o cancelamento de um jantar. O mercado natalino (que come�aria na sexta-feira) tamb�m ser� cancelado", lamenta o gar�om do "Roy d'Espagne", uma cervejaria muito conhecida da Grand Place de Bruxelas.
O ministro belga do Interior, Jan Jambon, teve que justificar a in�dita decis�o de fechar todas as esta��es de metr� da cidade, o com�rcio, os estabelecimentos culturais, assim como o cancelamento de shows e competi��es esportivas. "H� v�rios suspeitos", afirmou no s�bado � noite � televis�o belga. "N�o faz sentido esconder isso: h� uma amea�a real, mas estamos fazendo todo o poss�vel, dia e noite, para enfrent�-la", esclareceu Jambon.
A decis�o de paralisar desde o s�bado a regi�o de Bruxelas, com seus 19 munic�pios, foi adotada devido a um "risco de atentado similar ao de Paris", segundo o primeiro ministro belga, com "ruas comerciais, eventos, lugares p�blicos e transportes" como potenciais objetivos.
Busca por suspeitos
As for�as de seguran�a procuram v�rios suspeitos, mas em particular Salah Abdeslam, que teve pelo menos um papel log�stico nos atentados de Paris, reivindicado pelo grupo Estado Isl�mico (EI). O suspeito, chamado de "inimigo p�blico n�mero um", continua foragido, nove dias ap�s os atentados na capital francesa, que deixou 130 mortos. Teria fugido para a B�lgica, segundo dois homens que garantem t�-lo ajudado.
Segundo a advogada de um deles, durante o trajeto, Salah Abdeslam parecia "muito nervoso" e "talvez disposto a se explodir". Mas, segundo seu irm�o, Mohammed Abdeslam, "Salah � muito inteligente". "Acho que no �ltimo momento decidiu voltar atr�s", disse em entrevista � televis�o belga. Outro dos irm�os Abdeslam, Brahim, se explodiu em um restaurante parisiense no dia 13 de novembro.
Avi�o turco desviado para o Canad�
O medo de mais ataques continua. Na madrugada de domingo, um avi�o da companhia turca Turkish Airlines que voava com 256 pessoas a bordo entre Nova York e Istambul foi desviado para o Canad� devido a uma amea�a de bomba. Na ter�a-feira, outros dois voos da Air France foram desviados ap�s decolarem dos Estados Unidos devido a falsas amea�as an�nimas de bomba.
O presidente americano Barack Obama reafirmou neste domingo que estar� presente na c�pula sobre o clima de Paris, que come�a no dia 30 de novembro e pediu aos demais l�deres mundiais que fa�am o mesmo, a fim de mostrarem aos terroristas que n�o t�m medo.
A confer�ncia sobre o clima reunir� a partir de 30 de novembro em Paris 140 chefes de Estado e de governo do mundo todo. O porta-avi�o franc�s Charles de Gaulle realizou neste domingo seus �ltimos exerc�cios na zona do Mediterr�neo Oriental, antes de reunir seus avi�es de combate na luta contra o grupo EI na S�ria e no Iraque.
No plano diplom�tico, o presidente franc�s Fran�ois Hollande est� em campanha para convencer as grandes pot�ncias a participarem do combate da Fran�a para "destruir" o EI na S�ria.
Hollande se reunir� na segunda-feira com o primeiro-ministro brit�nico David Cameron, na ter�a-feira em Washington com Obama, na quarta-feira em Paris com a chanceler alem� Angela Merkel, e depois com o presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira em Moscou.
Nessa semana uma Fran�a ainda traumatizada prestar� homenagem a seus mortos. Os primeiros enterros acontecer�o na segunda-feira, ap�s aut�psias. Na sexta-feira haver� uma cerim�nia de homenagem nacional.