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Estado de Minas

COP21: 600 mil mortos em cat�strofes clim�ticas ressaltam urg�ncia de acordo


postado em 23/11/2015 15:31

Mais de 600.000 mortes nos �ltimos 20 anos em raz�o das cat�strofes clim�ticas: um novo relat�rio da ONU ilustra a urg�ncia de agir contra o aquecimento global, uma semana antes da abertura da COP21, a confer�ncia internacional sobre o clima, em Paris.

Desde 1995, data da primeira confer�ncia das partes sobre mudan�as clim�ticas da ONU (COP1), os desastres causados por eventos meteorol�gicos, como inunda��es, tempestades, ondas de calor, secas, "provocaram 606.0000 mortes", indicou nesta segunda-feira o Escrit�rio das Na��es Unidas para a redu��o do risco de cat�strofes (UNISDR) em um relat�rio.

Isto representa "uma m�dia de 30.000 vidas por ano, al�m de 4,1 bilh�es de pessoas feridas, sem-teto ou que necessitaram de ajuda de emerg�ncia", afirma a ONU.

A grande maioria das v�timas (89%) viviam em pa�ses pobres.

China e Estados Unidos, os dois maiores emissores de gases do efeito estufa (GEE), respons�veis p elo aquecimento global, sofreram o maior n�mero de desastres, principalmente por causa da extens�o de seus territ�rios.

Mas foram as popula��es da China e da �ndia (terceiro maior pa�s emissor) as mais afetadas, seguidas daquelas de Bangladesh, Filipinas e Tail�ndia. Nas Am�ricas, o Brasil foi o pa�s com a popula��o mais afetada. Na �frica, Qu�nia e Eti�pia lideram a lista.

As inunda��es responderam por 47% das cat�strofes. Elas afetaram 2,3 bilh�es de pessoas, a grande maioria (95%) na �sia, e provocaram 157.000 mortes.

Embora menos frequentes, as tempestades foram os desastres mais mortais, com 242.000 mortes. J� as temperaturas extremas causaram 164.000 mortes.

Estes desastres, "cada vez mais frequentes", resultaram em perdas financeiras estimadas em 1,9 bilh�o de d�lares, de acordo com a ONU.

"Embora os cientistas n�o sejam capazes de determinar o quanto desse aumento � devido �s altera��es clim�ticas (...), � quase certo que veremos um aumento de cat�strofes meteorol�gicas nas pr�ximas d�cadas", afirma o relat�rio.

E � por isso que "� t�o importante que um novo acordo sobre as mudan�as clim�ticas seja conclu�do na COP21 de Paris em dezembro", ressalta a diretora da UNISDR, Margareta Wahlstrom, no relat�rio.

Entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro, 195 pa�ses se re�nem em Le Bourget, perto de Paris, para tentar limitar o aumento do term�metro a 2� C em compara��o � era pr�-industrial.

"Justi�a clim�tica"

Al�m deste limite, as altera��es clim�ticas tornariam v�rias regi�es do globo inabit�veis, provocando ciclones cada vez mais destrutivos, secas, aumento no n�vel dos oceanos, queda no rendimento agr�cola, extin��o das esp�cies...

Mas, a uma semana da abertura da COP21, o consenso est� longe de ser alcan�ado em muitos pontos, como a forma jur�dica do acordo, o seu car�cter vinculante, a meta de conter o aquecimento global a 2� C - os pa�ses mais amea�ados, em especial as pequenas ilhas, defendem limit�-lo a 1,5� C.

A assist�ncia financeira prometida pelos pa�ses ricos aos pa�ses em desenvolvimento para a sua pol�tica clim�tica tamb�m ser� um dos pontos de atrito nas discuss�es.

Em 2009, os pa�ses ricos, historicamente respons�veis pelo aquecimento global, se comprometeram a investir 100 bilh�es de d�lares por ano a partir de 2020 nos pa�ses em desenvolvimento.

Mas os destinat�rios pedem que esse montante seja revisto em alta a partir de 2020, data de entrada em vigor do acordo, e exigem a transfer�ncia de tecnologias.

"Queremos justi�a clim�tica para os bilh�es de pobres do mundo", alertou o ministro do Meio Ambiente indiano, Prakash Javadekar, em entrevista � AFP em Nova D�li.

Um acordo em Paris seria "uma contribui��o significativa para reduzir os danos e preju�zos causados pelos desastres", ressalta a ONU em seu relat�rio.

Cerca de 140 chefes de Estado e de Governo s�o esperados no primeiro dia da COP21 para dar impulso �s negocia��es sob alta vigil�ncia depois dos ataques mortais em Paris, que deixaram 130 mortos.


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