O presidente da G�mbia, Yahya Jammeh, decretou a proibi��o da mutila��o genital, com efeito imediato, observando que esta pr�tica generalizada no pa�s n�o foi ditada pelo Isl� e deve, portanto, ser abolida - anunciou nesta ter�a-feira o ministro da Informa��o.
O presidente Jammeh "declarou h� alguns minutos que a mutila��o sexual feminina (excis�o) est� proibida com efeito imediato", escreveu o ministro Sherrif Bojang em sua p�gina no Facebook.
"O presidente fez a declara��o durante uma reuni�o em Kanilai", sua regi�o natal, sob os aplausos das mulheres na plateia, contou o ministro, entrevistado pela AFP.
A medida visa a "prote��o das meninas", garantiu Bojang, ressaltando que o chefe de estado tomou a decis�o pela aus�ncia de justificativa religiosa desta pr�tica no Isl�.
Jammeh alertou que os pais e as autoridades locais que n�o respeitarem a interdi��o sofrer�o san��es.
Segundo os comentaristas, as penas devem ser alinhadas �quelas previstas pela lei em casos de les�o intencional.
O cotidiano brit�nico The Guardian, que lan�ou em 2014 uma campanha mundial contra a mutila��o genital em coopera��o com o Fundo das Na��es Unidas para a Popula��o (FNUAP) e um pr�mio de reportagens sobre a excis�o na �frica em 2015, citou nesta ter�a-feira a rea��o entusiasta de uma militante pelo fim desta pr�tica na G�mbia.
"Estou realmente impressionada que o presidente tenha feito isso. N�o esperava por essa medida nem em um milh�o de anos", declarou Jaha Dukureh ao jornal, dizendo-se "orgulhosa de seu pa�s".
Segundo o Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef), a G�mbia � um dos dez pa�ses, todos africanos, onde a mutila��o genital � mais praticada, atingindo cerca de tr�s quartos da popula��o feminina.
Al�ado ao poder atrav�s de um golpe de estado sem derramamento de sangue em 1994 e constantemente re- eleito desde 1996, Yahya Jammeh conduz com m�o de ferro a G�mbia, um pequeno pa�s angl�fono do Oeste Africano encravado no territ�rio do Senegal, para al�m da sua costa atl�ntica.