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Estado de Minas

Papa denuncia no Qu�nia desprezo �s mulheres e extremismo


postado em 26/11/2015 18:10

O papa Francisco advertiu nesta quinta-feira, no Qu�nia, sobre as consequ�ncias "catastr�ficas" de um fracasso das negocia��es sobre o clima e apontou o di�logo ecum�nico como ant�doto para a intoler�ncia, em um pa�s duramente atingido pelos atentados extremistas.

O papa, que iniciou na quarta-feira sua primeira visita � �frica, reuniu-se pela manh� com representantes de outros credos, entre eles v�rios l�deres mu�ulmanos.

"Com muita frequ�ncia, os jovens se radicalizam em nome da religi�o para semear a disc�rdia e o medo e para desgarrar o tecido de nossas sociedades", advertiu.

Por este motivo, completou, "o di�logo ecum�nico e inter-religioso (...) n�o � algo acrescentado, ou opcional, e sim fundamental em um mundo ferido por conflitos e divis�es".

Pelo menos 400 pessoas morreram no Qu�nia nos dois �ltimos anos em atentados dos islamitas somalis shebab, vinculados � rede Al-Qaeda. Os atentados foram particularmente sangrentos na Universidade de Garissa, em abril passado (148 mortos), no shopping Westgate de Nair�bi (67 mortos, em 2013) e em v�rias localidades costeiras em 2014, que deixaram cerca de 100 mortos.

Cantos e dan�as

Depois desse encontro, o papa Francisco celebrou uma missa diante de 200.000 a 300.000 pessoas (segundo estimativas da imprensa local), no campus da Universidade de Nair�bi.

Os fi�is receberam com cantos e dan�as o pont�fice argentino, de 78 anos, que chegou de papam�vel. "Dan�am com todos os m�sculos de seus corpos", comentou, admirado, com seus assessores.

Alguns fi�is chegaram ao campus �s duas da manh�, hor�rio local, apesar da chuva torrencial durante durante a madrugada.

Dezenas de milhares de pessoas tamb�m acompanharam a missa por tel�es no parque de Uhuru, onde Jo�o Paulo II havia reunido imponentes multid�es em suas visitas ao Qu�nia de 1980, 1985 e 1995.

Francisco, que parecia cansado, vestia uma casula com motivos massai bordada por freiras da vila carente de Kangemi.

Em sua homilia, convocou que se resista "�s pr�ticas que favorecem a arrog�ncia dos homens, que ferem ou desprezam as mulheres, que n�o cuidam dos idosos e amea�am as vidas dos inocentes que ainda n�o nasceram".

Ele ressaltou o papel da fam�lia, "especialmente importante hoje em dia, quando assistimos ao avan�o de novos desertos criados por uma cultura de materialismo, ego�smo e indiferen�a".

Em sua missa, tamb�m pediu aos jovens quenianos que "resistam a tudo o que leva ao preconceito e � discrimina��o, porque essas coisas j� sabemos que n�o s�o de Deus".

Em seguida, o papa se dirigiu ao escrit�rio da ONU em Nair�bi, onde pronunciou um vibrante discurso a favor da luta contra o aquecimento global, a menos de tr�s dias do in�cio da confer�ncia internacional sobre o clima (COP21), em Paris.

"Espero que a COP21 consiga concluir um acordo global e transformador, baseado nos princ�pios de solidariedade, justi�a, igualdade e participa��o", declarou o sumo pont�fice diante dos funcion�rios dos programas das Na��es Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e habitat (UN-Habitat).

Tr�ficos que alimentam 'o terrorismo'

O papa tamb�m fez um alerta sobre o tr�fico de diamantes, de produtos naturais, ou animais, que alimentam "a instabilidade pol�tica, o crime organizado e o terrorismo".

"No contexto das rela��es econ�micas entre os Estados e os povos, n�o se pode deixar de falar sobre os tr�ficos ilegais que crescem em um ambiente de pobreza, que, por sua vez, alimentam a mis�ria e a exclus�o", afirmou.

Francisco defendeu ainda rela��es internacionais mais equilibradas, a poucos dias da inaugura��o em Nair�bi da 10� Confer�ncia Ministerial da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC).

"A interdepend�ncia e a integra��o das economias n�o deve sobrepor os sistemas de sa�de e de prote��o social existentes. Ao contr�rio, devem favorecer sua cria��o e funcionamento", defendeu.

Na sexta-feira, o papa ir� a Uganda e segue para a Rep�blica Centro-Africana, um pa�s devastado pelos confrontos entre mil�cias crist�s e mu�ulmanas.


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