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Estado de Minas

Desunida, Am�rica Latina vai a COP21 certa de quem deve pagar a conta


postado em 27/11/2015 17:46

A Am�rica Latina n�o tem uma proposta unificada antes da Confer�ncia do Clima de Paris, nem mesmo os mesmos n�veis de compromisso, mas coincidem num aspecto: os pa�ses ricos devem arcar com o custo econ�mico do aquecimento global.

Diferen�as pol�ticas, geogr�ficos e econ�micas impedem que o continente chegue com uma posi��o comum � confer�ncia internacional sobre o aquecimento global (COP21), que come�a na segunda-feira em Paris.

L�, mais de 195 membros da UE tentam chegar a um compromisso para limitar o aumento do aquecimento global a 2�C em rela��o aos n�veis pr�-industriais. Eles tamb�m v�o discutir o financiamento aos pa�ses pobres na luta contra as altera��es clim�ticas e tentar definir metas de redu��o das emiss�es de gases de efeito estufa.

Ao encontro, chegam reunidos sete pa�ses que formam a Alian�a Independente da Am�rica Latina e do Caribe (Ailac).

Este grupo, do qual fazem parte Chile, Col�mbia, Costa Rica, Guatemala, Panam�, Paraguai e Peru, est� empenhado em reduzir de 20% a 45% suas emiss�es de gases de efeito estufa at� 2030 e coloca o foco na adapta��o �s altera��es clim�ticas e na mitiga��o de seus efeitos.

O M�xico, com posicionamento semelhante ao da Ailac, embora sem pertencer ao grupo, foi o primeiro pa�s em desenvolvimento a apresentar seus objetivos, quando se comprometeu em reduzir 22% das emiss�es de gases de efeito estufa para 2030.

Al�m disso, o M�xico far� press�o para que "compromissos de adapta��o comecem a ser feitos", disse na semana passada Rafael Pacchiano, ministro do Meio Ambiente.

"Sobretudo estamos trabalhando para desenvolver sistemas de alerta precoce que nos permitam estar � frente dos fen�menos que v�o ocorrer", acrescentou.

- Brasil, compromisso ambicioso -

O Brasil prometeu desmatamento ilegal zero e redu��o de emiss�o de gases de efeito estufa em 43% para 2030. O pa�s, que det�m a maior parcela de floresta amaz�nica do mundo, desmatou 4.800 quil�metros quadrados em 2014.

"O Brasil assumiu muitos compromissos exemplares e ambiciosos e isso lhe d� credibilidade como parceiro hist�rico nas negocia��es sobre o clima, desde a C�pula da Terra de 1992, no Rio de Janeiro", disse no �ltimo domingo o ministro franc�s das Rela��es Exteriores, Laurent Fabius, quando afirmou que conta com o gigante sul-americano para chegar a um grande pacto mundial.

Os 'hermanos' argentinos estabeleceram uma redu��o das emiss�es em 14,4% para 2030, com um projeto baseado na constru��o de mais hidrel�tricas e o avan�o do plano de energia nuclear.

- Alto custo pol�tico -

A Bol�via vai ser porta-voz das conclus�es alcan�adas numa reuni�o de movimentos sociais sobre as altera��es clim�ticas realizada em outubro em Tiquipaya, no centro do pa�s, tamb�m com a participa��o de Venezuela e Equador.

A Bol�via vai exigir que a temperatura do planeta n�o ultrapasse os 1,5 �C a respeito da era pr�-industrial, diante dos 2�C pleiteados. Tamb�m pedir� �s na��es industrializadas que assumam o custo pelo dano causado.

Com esse argumento, a Bol�via se op�s ao acordo de Canc�n em 2010. Mas desta vez, � improv�vel que "os l�deres de algumas na��es se coloquem em posi��es que n�o facilitem um acordo global", disse � AFP Jorge Caillaux, presidente da ONG Sociedade Peruana de Direito Ambiental.

"O custo pol�tico de uma posi��o desse tipo seria muito alto", afirmou Caillaux, que ir� a Paris como observador. "Vamos exigir que existam mecanismos mais transparentes para a coopera��o, para a transfer�ncia de tecnologias, para o financiamento", detalhou.

Neste sentido, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou na ter�a-feira que levar� para a COP21 a ideia de "justi�a ambiental".

"Que os grandes contaminadores paguem por essa contamina��o, compensem o consumo de bens ambientais e compensem os pa�ses pobres que recebem os efeitos do aquecimento global produzidos pelos pa�ses ricos".

Em geral, os pa�ses em desenvolvimento esperam que seja o norte industrializado que aporte os recursos - 100 bilh�es de d�lares anuais a partir de 2020 - necess�rios n�o s� para reduzir as emiss�es, mas tamb�m enfrentar os estragos que o aquecimento global j� est� causando nas na��es do sul - provocando secas, furac�es e outros fen�menos extremos.

Nos �ltimos 50 anos, Am�rica Latina e Caribe contribu�ram com menos de 5% das emiss�es de di�xido de carbono.

Sua responsabilidade no aquecimento global �, ent�o, m�nima e os compromissos nacionais de redu��o apenas influenciariam no n�vel global de emiss�es.

Por isso, "o que � preciso negociar � quem vai aportar" os recursos, disse Caillaux. "N�o s�o nossos pa�ses que t�m que fazer isso, mas sim os pa�ses mais ricos e industrializados", enfatizou.


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