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Estado de Minas

Negociadores da COP21 abrem trabalhos com homenagem �s v�timas de Paris


postado em 29/11/2015 20:10

Os delegados dos 195 pa�ses encarregados de negociar um projeto de acordo sobre o clima iniciaram seus trabalhos neste domingo, no centro de conven��es Le Bourget, com um minuto de sil�ncio em mem�ria �s v�timas dos atentados de 13 de novembro em Paris.

"Est� em suas m�os ter sucesso, e tenho certeza de que conseguir�o", disse o presidente da confer�ncia clim�tica anterior, o ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal, na abertura da sess�o.

"A melhor forma de honrar a mem�ria dos que morreram, v�timas de b�rbaros ataques, � levar adiante aquilo com o que estamos comprometidos", completou o copresidente das negocia��es, o argelino Ahmed Djoghlaf.

A Fran�a decidiu manter a c�pula, apesar da tens�o no pa�s, que se encontra sob estado de emerg�ncia. Desde os atentados do 13 de novembro, o governo franc�s proibiu todas as manifesta��es e imp�s deten��o domiciliar a centenas de suspeitos de radicaliza��o.

Reflexo desse clima, a embaixadora da Venezuela na Uni�o Europeia, Claudia Salerno, que lidera a delega��o de seu pa�s na COP21, pediu a palavra para denunciar a dificuldade dos delegados para chegar � sala.

"H� muita gente l� fora", disse Salerno, que reclamou por ter esperado "20 minutos" at� poder entrar, porque os servi�os de seguran�a "n�o est�o deixando as delega��es passarem".

Ap�s a homenagem �s v�timas dos atentados, o ministro franc�s das Rela��es Exteriores e presidente da COP21, Laurent Fabius, declarou que "a gest�o do nosso tempo ser� essencial" e "ser� necess�rio que nos permitamos avan�ar a cada dia".

"Eu me permito contar com voc�s para negociar e construir compromissos a partir das pr�ximas horas", disse ele aos chefes das 195 delega��es reunidas no Bourget para uma breve sess�o de trabalho.

"Se quisermos invocar o pseudo milagre da �ltima noite, temo que esta n�o seja uma boa solu��o", advertiu Fabius, referindo-se �s confer�ncias precedentes sobre o clima, que, em geral, prolongaram-se al�m do tempo estabelecido para as discuss�es.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, j� partiu de Washington rumo a Paris para participar da confer�ncia, com a esperan�a de obter um acordo para deter o aquecimento global.

"Sou otimista sobre o que podemos realizar porque tenho visto os Estados Unidos fazer progressos incr�veis nestes �ltimos sete anos", escreveu Obama em seu Facebook antes de tomar o avi�o.

Esta c�pula � "a oportunidade de ser solid�rio com nosso aliado mais antigo, apenas duas semanas ap�s os ataques selvagens cometidos l�".

Ap�s os atentados de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos na regi�o de Paris, Obama foi o primeiro l�der a confirmar sua participa��o na confer�ncia sobre o clima.

"Tamb�m � uma oportunidade para o mundo de mostrar uni�o e que n�o renunciaremos a constru��o de um futuro melhor para nossos filhos".

- Dist�rbios em Paris -

Durante o dia, as for�as de seguran�a francesas usaram g�s lacrimog�neo para conter centenas de manifestantes violentos em Paris, que atiraram objetos contra agentes em um protesto ligado � COP21.

O protesto foi convocado contra a proibi��o de se manifestar durante a confer�ncia sobre o clima.

Ap�s v�rias horas de tens�o, a pol�cia anunciou a deten��o de 289 pessoas, incluindo 174 colocadas em pris�o provis�ria.

A manifesta��o "foi um pouco violenta em alguns momentos, mas a controlamos perfeitamente", declarou o chefe de pol�cia Michel Cadot, acrescentando que n�o h� feridos.

Cadot atribuiu os incidentes a "pequenos grupos violentos que enfrentaram as for�as da ordem com proj�teis, velas e at� uma bola de bocha".

Segundo o ministro do Interior franc�s, Bernard Cazeneuve, os atos violentos, em particular o lan�amento de proj�teis cometidos por alguns manifestantes, devem ser denunciados "com a maior firmeza" e, de modo algum, podem ser confundidos com "manifesta��es de boa f�".

Com base no estado de emerg�ncia decretado ap�s os atentados em Paris, "as reuni�es est�ticas e as correntes humanas est�o autorizadas, mas n�o as manifesta��es", recordou Cazeneuve.

Os manifestantes se reuniram perto da Pra�a da Rep�blica, convocados por pequenos grupos "AntiCop21", contr�rios � confer�ncia do clima da ONU em Paris.

Aos gritos de "Ou�am nossas vozes! Estamos aqui!" e "Estado de emerg�ncia, Estado policial, n�o v�o tirar nosso direito de manifesta��o", os ativistas "AntiCOP21" seguiram para a Pra�a da Rep�blica, centro da capital.

O presidente franc�s, Fran�ois Hollande, criticou a a��o "escandalosa" de "elementos perturbadores" que provocaram os incidentes em Paris.

"Sab�amos que havia elementos perturbadores, que n�o t�m nada a ver com os defensores do meio ambiente", denunciou Hollande, que est� em Bruxelas para a c�pula entre Uni�o Europeia e Turquia.

Com cerca de 150 chefes de Estado e de Governo, a XXI Confer�ncia do Clima da ONU inaugura, oficialmente, nesta segunda-feira. Os representantes dos 195 pa�ses que participam da COP21 devem anunciar, em 11 de novembro, a formaliza��o de um acordo mundial para limitar o aquecimento global a 2�C em rela��o � era pr�-industrial.


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