O FBI confirmou nesta sexta-feira que est� investigando como "um ato terrorista" o tiroteio cometido pelo casal mu�ulmano que deixou 14 mortos e 21 feridos na cidade californiana de San Bernardino.
"Estamos investigando estas a��es terr�veis como um ato terrorista", explicou o diretor-adjunto do FBI de Los Angeles, David Bowdich, durante uma coletiva de imprensa. "Temos provas que nos levaram a crer que havia um plano mais extenso".
Tashfeen Malik e Syed Farook, de 27 e 28 anos, abriram fogo na quarta-feira contra um centro de atendimento de deficientes em San Bernardino durante uma festa natalina, antes de serem mortos em uma persegui��o policial.
"Esperamos que as impress�es digitais destes indiv�duos nos levem ao motivo" do ataque, afirmou Bowdich. "Esta prova � incrivelmente importante".
Os agentes encontraram na casa do casal um grande arsenal de armas, muni��o e explosivos, al�m de dois telefones celulares destru�dos em uma lixeira. Os dois tamb�m tentaram eliminar seu hist�rico de navega��o na internet.
Bowdich citou a publica��o no Facebook de um texto que indica que Tashfeen Malik - que participou do massacre ao lado do marido, Syed Farookk - jurou lealdade ao "califa" do grupo Estado Isl�mico (EI), Abu Bakr al Badgadi.
"Tenho conhecimento desta publica��o no Facebook e sim; houve um juramento de lealdade. Estamos investigando isto.
Segundo o diretor do FBI, James Comey, as investiga��es em andamento n�o trazem ind�cios de que os dois atiradores integravam um grupo maior.
"Nossa investiga��o, que tem apenas dois dias, at� agora n�o apresentou ind�cios de que estes assassinos integravam um grupo maior organizado ou faziam parte de uma c�lula. N�o h� indica��es de que eram membros de uma rede", destacou Comey em entrevista coletiva.
O diretor se referiu a informa��es que indicariam contatos entre o casal de atiradores e "pessoas que haviam sido alvo de investiga��es do FBI", e pediu ao p�blico que "n�o d� muita import�ncia a isto".
"N�o houve contato entre os atiradores e pessoas alvo de investiga��es que tenham representado algo t�o significativo que exigisse o monitoramento destes assassinos", destacou Comey.
Os investigadores, salientou o diretor do FBI, est�o "analisando detidamente os contatos" do casal de assassinos, "mas n�o me concentraria muito nisto".
Segundo o jornal New York Times, que cita parlamentares, Farook esteve em contato "com extremistas nos Estados Unidos e no exterior h� v�rios anos, mas n�o recentemente".
O Los Angeles Times informou, citando um funcion�rio do governo, que Farook manteve contato com v�rios extremistas suspeitos.
Doze artefatos explosivos foram encontrados na resid�ncia do casal, al�m de uma impressionante quantidade de muni��o: 1.600 balas de fuzil em um carro e outras 5 mil na casa.
Os dois tamb�m teriam deixado tr�s bombas artesanais no local do ataque, dispositivos que foram desativados por peritos.
"Eu n�o acredito que eles tenham simplesmente pegado seu equipamento paramilitar e suas armas por um momento de raiva", considerou o chefe da pol�cia de San Bernardino, Jarrod Burguan.
A ag�ncia de not�cias Aamaq, ligada ao Estado Isl�mico, revelou nesta sexta-feira que os autores do massacre na Calif�rnia eram "partid�rios" da organiza��o jihadista.
"Dois partid�rios do Estado Isl�mico atacaram um local em San Bernardino, Calif�rnia, atirando no interior do local, matando 14 pessoas e ferindo outras 17 antes de fugir".
Segundo a ag�ncia de l�ngua �rabe, o ataque na Calif�rnia "ocorre ap�s os sangrentos atentados de Paris (130 mortos) realizados pelo EI e ap�s uma opera��o m�rtir contra a guarda presidencial na Tun�sia" (12 mortos), tamb�m reivindicada pelo grupo jihadista.
Sied Farook, um cidad�o americano mas de origem paquistanesa, era um mu�ulmano que rezava de duas a tr�s vezes por semana na mesquita, at� parar h� algumas semanas, segundo fieis que o conheciam entrevistados pela AFP.
Nenhum deles percebeu qualquer sinal de extremismo religioso, e o descreveram como educado e discreto. Malik, de nacionalidade paquistanesa, vestia o v�u integral, segundo testemunhas.