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Estado de Minas

Atentados que deixaram 130 mortos e v�rios feridos em Paris completam um m�s

A vida em Paris parece condenada a n�o ser mais a mesma, com seus habitantes tendo de lidar com uma amea�a cotidiana.


postado em 13/12/2015 18:08 / atualizado em 13/12/2015 18:17

(foto: AFP/FRANCOIS GUILLOT )
(foto: AFP/FRANCOIS GUILLOT )

Paris, Fran�a - Dos caf�s t�picos, passando pelo est�dio mais famoso do pa�s, a uma casa de espet�culos tradicional... os jihadistas que atacaram esses s�mbolos em 13 novembro, h� um m�s, fizeram com que os parisienses olhassem diferente para o futuro.

Cento e trinta mortes, centenas de feridos: a segunda onda de ataques na Fran�a em dez meses visou a juventude. Em janeiro, a primeira, jornalistas (Charlie Hebdo), policiais e judeus (loja kosher) foram o alvo.

"Um 11 de Setembro � la francesa", foi dito no in�cio deste ano. A refer�ncia aos atentados de 2001 em Nova York voltou em novembro, mas em raz�o de suas consequ�ncias: estado de emerg�ncia, bombardeios na S�ria contra o grupo Estado Isl�mico que, como em janeiro, reivindicou este segundo ato terrorista.

"A Fran�a est� em guerra", decretou o presidente Fran�ois Hollande, como George W. Bush que engajou seu pa�s no Afeganist�o.

Demorou dez anos para os Estados Unidos acabarem com Osama bin Laden, o chefe da Al-Qaeda e inimigo p�blico n�mero um do mundo. Levar� tanto tempo para a Fran�a derrotar Abu Bakr al-Baghdadi, l�der de um "ex�rcito terrorista" segundo o presidente franc�s?

Paris em alerta

Enquanto isso, a vida em Paris parece condenada a n�o ser mais a mesma, com seus habitantes tendo de lidar com uma amea�a cotidiana. "Fugir, se esconder e estar alerta", o governo lan�ou estas palavras de ordem aos parisienses em caso de novos ataques, inevit�veis segundo os especialistas.

No entanto, a vida "deve ser retomada", reage David, de 45 anos, que prefere n�o revelar seu sobrenome. "N�o devemos ceder ao medo, temos de lutar" e n�o "viver uma meia vida", defende este vizinho de um dos caf�s atacados pelos jihadistas.

"Queremos mostrar que somos mais fortes do que eles", resume Audrey Bily, gerente do restaurante A la Bonne Bi�re, um dos primeiros bares alvo dos atentados reaberto no in�cio de dezembro. Militares patrulham as ruas, guardas montam guarda na entrada de lojas, enquanto turistas se tornam suspeitos aos olhos dos outros.

"Eu presto mais aten��o �s pessoas que entram no metr� com as malas", relata Pierre Breard, de 24 anos, um engenheiro em uma start-up na regi�o de Paris e que enfrenta tr�s horas no transporte p�blico diariamente. "Eu olho para a barriga das pessoas", acrescenta Aur�lie Martin, uma professora de 24 anos, que saiu do Stade de France em 13 de novembro com as m�os para o ar, a pedido da pol�cia, ap�s as explos�es de homens-bomba nos arredores.

Uma vez passado o choque, as atividades profissionais foram retomadas, lazer e vida cultural tamb�m. Mas a imprud�ncia se foi e a atmosfera continua pesada. Os jovens parecem marcados, os psic�logos s�o mais do que nunca procurados, enquanto os turistas est�o deixam a 'Cidade Luz', at� ent�o privilegiada pelo clima de romance e beleza do seu patrim�nio.

O estado de emerg�ncia, em vigor at� ao final de fevereiro, poder� ser estendido. Ele permite que a pol�cia realize buscas e deten��es sem mandato judicial.

'Reparar os vivos'

A revolta de janeiro, ilustrada por uma marcha gigantesca pela liberdade, parece ter dado lugar � fatalidade. A oposi��o de direita e de extrema-direita acusam o governo socialista de n�o ter feito nada desde janeiro. Postos de trabalho no setor de constru��o, educa��o, intelig�ncia foram abertos, al�m de uma aten��o aos sub�rbios dif�ceis, para melhor "viver juntos". Mas a "revolu��o" n�o veio.

Os ataques de novembro parecem ter feito com que os franceses se rendessem. Sem sa�da, eles elogiaram a resposta organizada pelo seu presidente impopular. Ao mesmo tempo que parecem impulsionar a extrema-direita, que navega no medo de desemprego, na inseguran�a sobre o futuro.

"Sem medo", proclama um cartaz afixado na est�tua da Pra�a da Rep�blica, que se tornou, com suas velas e flores, uma estela em mem�ria das v�timas dos ataques. "Depois de enterrar nossos mortos, devemos reparar os vivos", declarou recentemente Fran�ois Hollande. "A vida continua e n�o estamos a salvo de qualquer coisa, o perigo pode estar em qualquer lugar", resume Aurelie Martin.


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