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Estado de Minas

Fran�a inicia homenagens �s v�timas de atentados em Paris


postado em 05/01/2016 20:52

O presidente franc�s, Fran�ois Hollande, inaugurou, nesta ter�a-feira, tr�s placas em homenagem �s v�timas dos atentados de janeiro de 2015 em Paris, a primeira de uma s�rie de cerim�nias para relembrar os ataques que deixaram 17 mortos.

A primeira placa desvelada foi "em mem�ria das v�timas do atentado terrorista contra a liberdade de express�o" na antiga sede da revista sat�rica "Charlie Hebdo". Nesse ataque, cometido em 7 de janeiro de 2015 pelos irm�os extremistas Said e Cherif Kouachi, 11 pessoas morreram.

A placa tinha um erro de grafia no nome do cartunista Georges Wolinski (que se escreve com "i", e n�o com "y" no final), e a prefeitura de Paris anunciou que ser� corrigido ainda hoje, provisoriamente, � espera da nova vers�o.

A vi�va de Wolinski, Maryse, disse estar furiosa.

"Esta manh�, quando vi o 'Y', eu lhes garanto que fiquei furiosa", disse Maryse � TV francesa.

"Ele n�o gostava nem um pouco quando isso acontecia, posso assegurar", completou.

Ao lado da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e do primeiro-ministro Manuel Valls, Hollande inaugurou outra placa, em uma avenida perto de onde o policial Ahmed Merabet foi abatido pelos irm�os Kouachi.

Hollande desvelou uma terceira placa perto do supermercado kosher no leste de Paris, atacado em 9 de janeiro pelo radical Am�dy Coulibaly. O agressor executou tr�s clientes e um funcion�rio, todos judeus. O texto presta uma homenagem "�s v�timas do atentado antissemita de 9 de janeiro de 2015".

Lassana Bathily, o trabalhador mu�ulmano que salvou v�rios clientes, escondendo-os nas c�maras frigor�ficas, disse � AFP estar triste pela lembran�a das v�timas.

"Em nossos cora��es, estamos prestando uma homenagem �s v�timas", declarou esse imigrante origin�rio do Mali, que, em reconhecimento por seu ato, recebeu nacionalidade francesa.

As tr�s cerim�nias foram muito breves e, nelas, fez-se um minuto de sil�ncio na presen�a dos familiares das v�timas.

Os atentados de janeiro de 2015 deixaram 17 mortos ao todo. Al�m das v�timas do "Charlie Hebdo" e do supermercado kosher, uma agente policial foi assassinada por Coulibaly em 8 de janeiro em Montrouge, ao sul de Paris. No s�bado, ser� inaugurada uma placa no lugar onde ela morreu.

Entre as v�timas do ataque ao "Charlie Hebdo", estavam cartunistas bastante conhecidos, como Charb, o chefe de reda��o, e tamb�m o policial Franck Brinsolaro, seu seguran�a.

A vi�va do policial decidiu fazer uma den�ncia por "homic�dio culposo", e seu advogado explicou que houve "falhas" nos Servi�os de Intelig�ncia.

"Para mim, Franck foi sacrificado. N�o h� outras palavras para dizer isso. Via os erros, lamentava a falta de seguran�a nos locais, dizia que era uma peneira", apontou Ingrid Brinsolaro, em entrevista � imprensa francesa na segunda-feira.

Em resposta, o ministro franc�s do Interior, Bernard Cazeneuve, disse hoje "respeitar" a den�ncia, mas garantiu que a seguran�a das instala��es do "Charlie Hebdo" era adequada.

Inc�gnitas um ano depois

Um ano depois, ainda h� d�vidas sobre o arsenal � m�o dos assassinos e sobre sua vigil�ncia nos meses que antecederam os ataques.

Com ficha na Pol�cia e com radicaliza��o j� conhecida das autoridades, os irm�os Kouachi foram acompanhados por grampo telef�nico durante meses, mas depois seu monitoramento foi deixado de lado. J� Am�dy Coulibaly era considerado um criminoso comum pela Pol�cia, apesar de seu envolvimento em v�rios casos de islamismo, que estavam sendo julgados na Justi�a.

"Sim, deixamos passar", admitiu no ano passado um membro da Dire��o Geral de Seguran�a Interna (DGSI), que n�o quis se identificar.

As comemora��es terminam no domingo, na Pra�a da Rep�blica, com uma cerim�nia em homenagem aos mortos de janeiro e �s 130 v�timas letais dos atentados de 13 de novembro, os piores da hist�ria da Fran�a.

Nesse dia, est� prevista a instala��o de uma "�rvore da lembran�a", um carvalho de dez metros de altura, nessa pra�a transformada em local de homenagem �s v�timas.

Acompanhado de um guitarrista, o cantor Johnny Hallyday interpretar� a can��o "Un dimanche de janvier" (Um domingo de janeiro), que lembra as grandes manifesta��es de 11 de janeiro de 2015, das quais participaram cerca de quatro milh�es de franceses.

O "Charlie Hebdo" publica, nesta quarta-feira, uma edi��o comemorativa.

"Um ano depois, o assassino continua solto": um Deus barbudo, armado com uma kalashnikov e com a roupa ensanguentada, ilustra a capa da revista sat�rica.

O n�mero ter� uma tiragem de quase um milh�o de exemplares, e v�rios deles ser�o enviados para diferentes pa�ses.

O cartunista Riss, atual diretor do ve�culo, gravemente ferido em 7 de janeiro de 2015, assina um editoral com uma ferrenha defesa da laicidade. Ele tamb�m denuncia os "fan�ticos alienados pelo Alcor�o" e "devotos de outras religi�es" que queriam a morte da publica��o por "ousar rir do religioso".


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