
Segundo comunicado oficial lan�ado por Freetown, "Tia M." foi colocada em quarentena em Magburaka em 17 de janeiro, com quatro pessoas consideradas como "de alto risco". Ela come�ou a apresentar uma febre com diarreia na manh� de quarta-feira e logo foi transferida para uma unidade de isolamento, at� que os exames confirmem a presen�a do v�rus ebola. Ela foi transferida para Freetown, num centro de tratamento adaptado dentro de um hospital militar.
Estes novos casos s�o um golpe para o pa�s, onde o fim da transmiss�o do v�rus tinha sido declarado em 7 de novembro no ano passado. Em entrevista � AFP, o porta-voz do minist�rio da Sa�de serra-leon�s, Sidi Yahya Tunis, estimou "que � muito prov�vel que mais casos sejam registrados, j� que muitas pessoas foram expostas" � primeira v�tima. "Ainda n�o conseguimos determinar qual foi a fonte de infec��o ou de transmiss�o do v�rus" para estes novos casos confirmados, disse.
Segundo outra fonte do governo, "Tia M. fez parte das mulheres que realizaram o ritual de lavagem do corpo de Marie Jalloh antes que ela fosse enterrada em Magburaka". Os corpos das v�timas de ebola s�o altamente contagiosos e a orienta��o � que sejam enterrados de maneira segura, o que para certas comunidades significa abrir m�o de certos rituais tradicionais com lavagem e toques nos restos mortais, especialmente importantes em Serra Leoa, Guin� e Lib�ria, os pa�ses mais atingidos.
Estes tr�s pa�ses concentram mais de 99% dos 11.300 mortos, sobre mais de 28.000 casos registrados desde o in�cio da epidemia em dezembro de 2013 no sul da Guin�, um balan�o considerado subestimado pela OMS.
EM BUSCA DE CONTATOS
Al�m disso, uma campanha de vacina��o das pessoas que tiveram contato foi lan�ada na ter�a-feira em v�rias comunidades do norte, de acordo com o chefe de servi�os m�dicos de Serra Leoa, Brima Kargbo, explicando � AFP que a opera��o iria durar "at� que todos os contatos sejam vacinados". Segundo ele, o produto utilizado � a vacina candidata VSV-EBOV, j� testada na Guin� e numa cidade do norte de Serra Leoa sob quarentena.
Segundo a OMS, "150 contatos do primeiro caso foram identificadas, dos quais 42 s�o de alto risco", e este n�mero pode aumentar "j� que h� um segundo caso e n�o sabemos exatamente quantas pessoas entraram em contato com a tia".
Oficialmente, todos os "contatos" registrados estavam em quarentena no norte de Serra Leoa, com exce��o do pai de Marie Jalloh, isolado em Freetown, onde foi encontrado.
Al�m do hospital militar onde a mulher contaminada por admitida, "n�s estamos retomando o funcionamento de outros centros" de tratamento de ebola que ainda n�o tinham sido desmontados, afirmou ainda Sidi Yahya Tunis.
"N�s restabelecemos a checagem de temperaturas e outras medidas sanit�rias" de detec��o e preven��o de ebola "nos principais pontos de controle rodovi�rios e regi�es do pa�s", explicou.
Segundo as autoridades sanit�rias, Marie Jalloh, que morava em Lunsar (norte), adoeceu no in�cio do ano durante as f�rias e foi transportada em 7 de janeiro para Magburaka.
A revela��o deste novo caso colocou novamente a popula��o em estado de preocupa��o e medo, como a dona de casa Tity Kamara, 36 anos.
"Est�vamos nos recuperando do choque causado pela morte de Marie Jalloh, e n�o sabemos se estamos a salvo", desabafou � AFP. Os testes sobre o corpo de Marie Jalloh deram positivo em 14 de janeiro, horas ap�s a declara��o da OMS do fim de "todas as redes de transmiss�o conhecidas" do v�rus na �frica Ocidental.