A poucos dias da visita do presidente Barack Obama a Cuba, Havana libertou e facilitou nesta semana a viagem para os Estados Unidos de quatro dissidentes que haviam voltado para a pris�o depois de serem libertados em 2014, segundo opositores.
Os dissidentes Niorvis Rivera, Aracelio Riviaux, Vladimir Morera e Jorge Ram�rez "foram tirados de suas pris�es na ter�a-feira e levados para a cadeia do Combinado del Este (em Havana), onde foram realizados os tr�mites migrat�rios, e viajaram neste mesmo dia aos Estados Unidos", declarou � AFP o opositor Jos� Daniel Ferrer.
Ferrer, um dos dissidentes cubanos que foram convidados a participar na pr�xima ter�a de uma reuni�o com Obama, disse que a Igreja cat�lica cubana atuou como mediadora nessas liberta��es, que classificou como "um presente para Obama", e destacou que um quinto dissidente, Yohannes Arce, esperava nesta quinta-feira em Havana para viajar para os Estados Unidos.
"Isso � um presente, um obs�quio muito controvertido moralmente para o presidente americano. O regime cubano sente que o melhor para negociar s�o os prisioneiros pol�ticos", enfatizou Ferrer, que dirige a Uni�o Patri�tica de Cuba (Unpacu, ilegal).
"Niorvis n�o queria ir sem sua fam�lia e prometeram que sua fam�lia viajar� num prazo de dez a 15 dias", afirmou, acrescentando que assim aceitou as condi��es.
Os quatro dissidentes libertados fazem parte de um grupo de 53 presos libertados em dezembro de 2014 dentro do hist�rico degelo que levou Havana e Washington a retomar suas rela��es em julho passado, depois de meio s�culo de inimizade.
No entanto, um ano depois, foram presos novamente.
O filho de Morera, Vladier, explicou que seu pai realizou uma greve de fome de mais de 80 dias, est� bem e satisfeito, mas "continua padecendo das sequelas de seu prolongado jejum".
Cuba nega ter presos pol�ticos e atribui as deten��es de dissidentes a viola��es do c�digo penal.