
Um suspeito foi preso e ligeiramente ferido na perna durante uma grande opera��o policial realizada pelas autoridades belgas em Schaerbeek, informou nesta sexta-feira � AFP o prefeito, Bernard Clerfayt. A a��o antiterrorista foi realizada nesta sexta-feira, quando policiais entraram em um im�vel onde uma explos�o foi ouvida.
No endere�o onde um motorista de t�xi buscou os extremistas, a pol�cia encontrou 15 kg de explosivo tipo TATP, 150 litros de acetona, detonadores e uma mala cheia de pregos e parafusos, assim como v�rios ingredientes para o fabrico de explosivos.

Segundo as autoridades locais, a morte de cidad�os de oito nacionalidades puderam ser confirmadas � medida que s�o identificados os 31 corpos recuperados. De acordo com o minist�rio holand�s das Rela��es Exteriores, tr�s v�timas holandesas foram identificadas. Elas seriam um irm�o e uma irm� que viviam em Nova York e uma mulher de Deventer, no centro da Holanda.
De acordo com a emissora p�blica NOS, as v�timas s�o Alexander Pinczowski e sua irm� Sascha Pinczowski, ambos com 21 anos. Eles estavam prestes a embarcar em um voo para os Estados Unidos. A terceira v�tima � Elita Weah, de 41 anos, que ia para o funeral de seu padrasto em Boston, nos Estados Unidos.
O Foreign Office brit�nico confirmou nesta sexta-feira a morte de David Dixon, um t�cnico em inform�tica de 51 anos, residente na B�lgica e que estava desaparecido desde os ataques. Em Paris, a chancelaria tamb�m anunciou a morte de um cidad�o franc�s.
Um homem chin�s tamb�m est� entre as v�timas dos ataques, confirmou a embaixada chinesa na B�lgica, sem fornecer maiores detalhes. Al�m disso, o secret�rio de Estado americano, John Kerry, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel, confirmaram que americanos estavam entre os mortos, sem especificar o n�mero. Uma autoridade americana informou a jornalistas que ao menos dois americanos foram confirmados.
Longo processo de identifica��o
Uma cidad� marroquina, cujo nome n�o foi divulgado, tamb�m morreu. Ela estava no metr�.
Tamb�m foi confirmado que ao menos dois cidad�os belgas morreram no metr�. Trata-se de Olivier Delespesse, de 45 anos, um funcion�rio p�blico da Federa��o de Val�nia-Bruxelas, e Leopold Hecht, um estudante de direito de 20 anos da Universidade Saint-Louis de Bruxelas.
A fam�lia de Leopold Hecht decidiu doar seus �rg�os. "Sabemos que � uma decis�o que ele teria gostado, mesmo que nunca tenha manifestado", declarou a m�e do jovem ao jornal La Libre Belgique.
O trabalho de identifica��o pode ainda demorar, advertiu na quinta-feira Micha�l Jonniaux, porta-voz da pol�cia federal, porque trata-se de uma "cat�strofe aberta, n�o existe uma lista de pessoas que estavam no metr�, como pode haver uma lista de passageiros para um acidente de avi�o, por exemplo".
Outra dificuldade para os especialistas se deve � viol�ncia das explos�es, que danificou muitos corpos. Finalmente, as muitas nacionalidades envolvidas torna dif�cil a recupera��o de dados. Como nos ataques terroristas de Paris, em novembro, os apelos por not�cias se multiplicam nas redes sociais. No Facebook, parentes de Aline Bastin procuram esta belga de 29 anos que estava na esta��o de metr� no momento da explos�o. O mesmo � o caso da fam�lia de Loubna Lafquiri.
Para ajudar as fam�lias, o governo belga estabeleceu uma linha telef�nica de emerg�ncia, 1771.
Entre os desaparecidos, Bart Migom, um estudante de 21 anos que deveria voar para os Estados Unidos para encontrar sua namorada, Emily Eisenman. "Ele me mandou uma mensagem no trem para o aeroporto de Bruxelas. Ele deveria me enviar uma foto de seu cart�o de embarque, mas nunca o fez", declarou a um televis�o americana.
Se sua morte n�o foi anunciada oficialmente, o porta-voz da universidade de Bruges, onde o jovem estudava, confirmou a morte ao jornal flamengo De Standaard.
Al�m das 31 v�timas, os ataques no aeroporto e no metr� de Bruxelas fizeram 300 feridos, entre portugueses, franceses, brit�nicos e marroquinos.