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Estado de Minas

Homenagens �s v�timas de Bruxelas perturbadas por manifestantes nacionalistas


postado em 27/03/2016 12:31

As homenagens �s v�timas dos atentados de Bruxelas foram perturbadas neste domingo por manifestantes nacionalistas que invadiram a pra�a transformada em memorial na capital belga, onde as opera��es antiterroristas continuam com novas buscas e interrogat�rios.

A pol�cia precisou fazer uso de canh�es de �gua para dispersar 200 manifestantes vestidos de preto que gritavam "somos hooligans", "estamos em casa", repetindo slogans violentos contra o grupo extremista Estado Isl�mico, que reivindicou os ataques de ter�a-feira.

"Estado c�mplice do Daesh", gritaram ainda alguns nacionalistas, que lan�aram objetos incendi�rios contra as for�as de ordem.

Uma dezena de nacionalistas foi detida, segundo a pol�cia, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel, "condenou firmemente os dist�rbios"

Neste clima de tens�o, uma "marcha contra o medo" prevista para este domingo precisou ser anulada, com as autoridades justificando que a pol�cia devia dar prioridade � luta antiterrorista.

Novas opera��es

Quatro pessoas foram colocadas sob cust�dia neste domingo ap�s treze novas opera��es antiterroristas em v�rias cidades da B�lgica, cinco dias ap�s os atentados de Bruxelas, anunciou a procuradoria federal.

Quatro opera��es de busca foram realizadas em Mechelen e uma em Duffel, duas cidades na regi�o de Flandres, no norte.

Outras oito foram realizadas em v�rios distritos de Bruxelas.

"No total, nove pessoas foram encaminhadas para interrogat�rio" como parte da investiga��o terrorista, mas "cinco entre elas foram liberadas", de acordo com a procuradoria, que n�o indicou se essas opera��es estavam ligadas aos atentados de ter�a-feira, que fizeram 28 mortos na capital belga.

Os investigadores ainda tentam confirmar se o �nico suspeito indiciado em conex�o direta com os ataques jihadistas de ter�a-feira, Faisal Cheffou, �, como acreditam, "o homem de chap�u" que plantou uma bomba no aeroporto de Bruxelas-Zaventem ao lado de dois homens-bomba, Ibrahim El Bakraoui e Najim Laachraoui.

Esses dois homens, bem como o suicida do metr� de Bruxelas, Khalid El Bakraoui, est�o intimamente relacionados com os autores dos ataques de Paris em 13 de novembro.

Uma pris�o na It�lia e uma nova acusa��o na B�lgica ilustraram, mais uma vez, a estreita liga��o entre as redes jihadistas francesa e belga, que veio � tona com os ataques que mataram 130 pessoas em 13 de novembro em Paris e 28 em Bruxelas na ter�a-feira, de acordo com um balan�o revisado.

Um argelino de 40 anos, Jamal Eddin Wali, foi preso no s�bado na It�lia, a pedido dos tribunais belgas. Ele � suspeito, segundo a imprensa italiana, de envolvimento na falsifica��o de documentos usados por membros dos comandos de Paris e Bruxelas.

Novo caso franco-belga

Enquanto isso, um segundo suspeito foi acusado na B�lgica no �mbito de uma outra investiga��o, sobre o plano frustrado de ataque na Fran�a, segundo informou neste domingo a procuradoria federal belga.

O indiciamento de Abderamane A. por "participa��o num grupo terrorista", soma-se, neste novo caso franco-belga, ao de Rabah N.

Preso na quinta-feira perto de Paris, o principal suspeito deste plano de ataque, o ex-ladr�o franc�s Reda Kriket, de 34 anos, segue em pris�o preventiva na Fran�a. Armas e explosivos foram encontrados em um apartamento nos sub�rbios de Paris depois de sua pris�o.

Em Bruxelas, dezenas de pessoas continuam a se revezar neste domingo de P�scoa na Place de la Bourse, transformada em memorial desde os atentados suicidas de ter�a-feira.

Em pequenos grupos, acendiam velas, cantavam can��es e prestavam homenagem em sil�ncio �s v�timas, sob os olhares atentos da pol�cia.

"Toda noite eu venho aqui e permanecerei aqui at� que a meia-noite em solidariedade. Temos de nos mostrar, e n�o nos esconder", disse Mohamed Said Si Ahmed Haddi, um belga de 50 anos de origem argelina. Para Yves Susanne, de 54 anos, "� preciso mostrar �s crian�as que n�o temos medo...".

Mas a grande marcha "cidad�" programada para este domingo de P�scoa para "mostrar para aqueles que querem nos dobrar que permaneceremos de p�" teve de ser cancelada a pedido das autoridades, que citaram o alto n�vel de alerta.

'Contra a parede'

A medida que a dif�cil tarefa de identifica��o das v�timas progride, o perfil dos mortos come�a a ser esbo�ado. Jovens belgas, como o estudante de marketing Bart Migom, de 21 anos, que visitaria sua namorada nos Estados Unidos, ou Leopold Hecht, de 20 anos, cuja fam�lia doou seus �rg�os na esperan�a de que possa "salvar uma vida".

Mas tamb�m, nesta cidade cosmopolita, expatriados, como os americanos Justin e Stephanie Shults, um jovem casal de 30 anos que se estabeleceu na capital europeia, assim como a italiana Patricia Rizzo, de 48 anos, que trabalhava em uma ag�ncia do Conselho Europeu de investiga��o.

Tamb�m h� entre as v�timas passageiros em tr�nsito, como Elita Weah, de 41 anos, uma refugiada da Lib�ria que adquiriu a nacionalidade do seu pa�s de ado��o, a Holanda, onde era volunt�ria em um lar de idosos, e que ia para o funeral de seu padrasto nos Estados Unidos.

"� uma dor que n�o se pode descrever. Eu compartilho com todas as fam�lias das v�timas em Paris, T�nis e em outros lugares", declarou o jornalista belga Michel Visart, que perdeu sua filha Lauriane na explos�o no metr�, � televis�o RTBF para a qual trabalha.

"Eu acredito que a constru��o de muros, a exclus�o ou o �dio significam ir contra a parede", declarou, lan�ando um apelo ao "respeito", � "toler�ncia" e ao "amor".


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