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Estado de Minas

Talib�s reivindicam atentado que matou 72 pessoas no Paquist�o


postado em 28/03/2016 05:55

Ao menos 72 pessoas, incluindo v�rias crian�as, morreram em um atentado suicida cometido no domingo � noite por um grupo talib� em um parque da cidade de Lahore, leste do Paquist�o, onde crist�o celebravam a P�scoa.

"Executamos o ataque de Lahore e os crist�os eram o nosso alvo", afirmou Ehsanullah Ehsan, porta-voz da fac��o Jamaat-ul-Ahrar, antes de prometer mais ataques contra escolas e universidades.

O balan�o atualizado do ataque registra 72 mortes, anunciou nesta segunda-feira o chefe adjunto de pol�cia, Haider Ashraf.

"O homem-bomba detonou os explosivos perto da �rea das crian�as, onde elas brincavam nos balan�os", afirmou � AFP Mohammad Usman, alto funcion�rio do governo de Lahore, Mohammad Usman, que tamb�m mencionou mais de 200 pessoa feridas.

Ashraf disse que muitas v�timas s�o mu�ulmanas.

A explos�o aconteceu no parque Gulshan-e-Iqbal, perto do centro da cidade.

"Foi uma explos�o muito forte, utilizaram explosivos muito potentes", declarou Ashraf, que tamb�m citou bolas met�licas usadas no ataque.

Em meio ao caos, equipes de emerg�ncia e volunt�rios tentavam auxiliar os feridos.

"N�o encontro minha irm�. Meu filho voltou para casa, mas n�o consigo encontrar minha irm�, nem a minha sobrinha", afirmou, desesperada, Amina Bibi.

Um m�dico que se identificou apenas como Ashraf descreveu cenas de horror no hospital Jinnah.

"Estamos atendendo os feridos no ch�o e nos corredores. E continuam chegando", disse.

As autoridades fizeram pedidos de doa��o de sangue � popula��o.

O primeiro-ministro Nawaz Sharif condenou o atentado. Tr�s dias de luto foram decretados na prov�ncia de Punjab, que tem Lahore como capital.

A jovem paquistanesa Malala Yousafza�, vencedora do Nobel da Paz, afirmou estar "abatida com a matan�a sem sentido".

O governo dos Estados Unidos tamb�m condenou o ataque "covarde" e a Fran�a reiterou a ambi��o de "seguir combatendo o terrorismo em todo o mundo".

O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que "os autores deste espantoso ato de terrorismo sejam levados rapidamente � justi�a".

"Este massacre horr�vel de dezenas de inocentes projeta uma sombra de tristeza e ang�stia sobre a festa de P�scoa", afirmou o Vaticano.

- "Muitos crist�os" -

O parque Gulshan-e-Iqbal de Lahore, uma cidade de 10 milh�es de habitantes, estava especialmente lotado no domingo, quando a comunidade crist� celebrava o domingo de P�scoa.

Javed Ali, residente de Lahore, 35 anos, cuja casa est� situada diante da entrada do parque, disse � AFP que escutou "uma enorme explos�o que destruiu as vidra�as" de sua resid�ncia. "Tudo tremeu, as pessoas gritavam e havia poeira e fuma�a por todas as partes".

"Sa� 10 minutos depois. Havia peda�os de corpos nos muros da nossa casa. As pessoas choravam e escut�vamos as sirenes".

Segundo Ali, o parque "estava repleto de gente devido � P�scoa, muitos crist�os, tinha tanta gente que falei para minha fam�lia n�o ir at� l�".

No Paquist�o, grupos islamitas armados atacam com frequ�ncia a minoria crist�, que representa cerca de 2% da popula��o deste pa�s mu�ulmano, predominantemente sunita, de 200 milh�es de habitantes.

Dois atentados suicidas cometidos pelos talib�s contra uma igreja em Lahore deixaram 17 mortos em mar�o de 2015.

- Caos em Islamabad -

Mais cedo foram registrados confrontos na capital Islamabad e na cidade de Rawalpindi.

A pol�cia disparou g�s lacrimog�neo para dispersar quase 25.000 partid�rios de Mumtaz Qadri, um islamita executado no m�s passado por matar em 2011 o governador de Punjab, Salman Taseer, que protestavam em Rawalpindi.

O ex�rcito foi mobilizado na capital para "controlar" a situa��o e garantir a seguran�a na �rea ao redor do Parlamento, onde os manifestantes se reuniram durante � noite.

A execu��o em 29 de fevereiro de Mumtaz Qadri, policial que matou em 2011 o governador Salman Taseer, foi considerado um momento chave na luta contra o extremismo religioso, mas a morte irritou muitas correntes isl�micas, que protestaram durante o sepultamento de Qadri.


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