
As autoridades temem que o n�mero de mortos seja ainda maior, j� que n�o se sabe quantas pessoas continuam sob os escombros. As equipes de resgate trabalhavam no local com ferramentas, detectores de vida e c�es treinados.
A princ�pio, as pessoas come�aram a retirar os escombros com as m�os, enquanto o ex�rcito chegava ao local para coordenar o resgate. Depois, os moradores seguiam trabalhando junto �s equipes de socorro, utilizando paus de bambu, com o objetivo de encontrar sobreviventes. Os parentes das pessoas desaparecidas tamb�m se dirigiram em desespero ao local. "Tudo acabou", gritava Parbati Mondal, cujo marido, um vendedor de frutas, est� desaparecido.
Os funcion�rios estavam trabalhando quando um trecho de 100 metros do viaduto desabou sobre uma rua lotada de pedestres e ve�culos. No local havia uma grua erguendo um carro dos escombros e era poss�vel observar um �nibus que havia sido atingido pelo desabamento, mas n�o estava claro se transportava passageiros.
Um trabalhador da obra que ficou ferido disse � AFP que durante a manh� os parafusos da estrutura come�aram a se afrouxar. "Est�vamos pegando duas vigas de a�o para os pilares, mas as vigas n�o suportaram o peso do cimento", disse Milan Sheij, de 30 anos, que depois foi levado ao hospital para ser atendido. A constru��o do viaduto de dois quil�metros de comprimento come�ou em 2009 e deveria ter terminado em 18 meses, mas sofreu uma s�rie de atrasos.
Os acidentes durante as constru��es s�o frequentes na �ndia, onde as leis de seguran�a trabalhista s�o fr�geis e muitas vezes s�o utilizados materiais de m� qualidade. Muitos moradores da zona abandonaram o lugar por medo de que o resto da estrutura desabasse.
"Pensamos que era um terremoto"
Uma testemunha disse que ouviu um forte ru�do e que "parecia que uma bomba tinha explodido no local e havia fuma�a e poeira". "Ouvimos um estrondo enorme e nossa casa sofreu um forte abalo. Pensamos que era um terremoto", disse Sunita Agarwal, moradora da regi�o de 45 anos. "Fomos embora. N�o sabemos o que vai acontecer", contou.
Mamata Banerjee, a autoridade regional de Bengala Ocidental, disse que os respons�veis pela trag�dia n�o sair�o impunes. P Rao, representante da empresa de constru��o indiana IVRCL, que recebeu a concess�o, descreveu o desastre como "um ato de Deus".
A empresa recebeu em 2009 um prazo de 18 meses para termin�-la, com um or�amento de 25 milh�es de d�lares, mas sete anos depois 55% da obra ainda n�o foi finalizada. O desastre ocorre poucos dias antes do in�cio da final do Mundial de Cr�quete T20, que atrair� milhares de f�s no domingo � cidade.